6 de outubro de 2006

 

Deputados da Bahia que tentaram a reeleição e perderam...

O site Congresso em Foco, ao informar quem tentou se reeleger para a Câmara Federal e não conseguiu, não escapa à superficialidade com que a mídia, em geral, vem tratando as denúncias, falsas denúncias, escândalos e falsos escândalos. A matéria “Quem tentou a reeleição e perdeu” é um bom exemplo. Dos 417 deputados que disputaram novo mandato 150 deles perderam. Muitos dos que perderam estavam envolvidos em denúncias, mas não condenados, outros perderam porque perderam as bases eleitorais, sabotados pelo mandonismo de chefes políticos, como é o caso de três baianos: Aroldo Cedraz (PFL), Jairo Carneiro (PFL) e Milton Barbosa (PSC.

Entre os reeleitos, há 55 parlamentares que respondem a acusações por supostas práticas ilegais. Os jornalistas chegam a dizer que “serve de consolo que entre os que não conseguiram se reeleger há 58 deputados envolvidos em escândalos ou respondendo a processos”. Ou seja, os jornalistas-juízes do site Congresso em Foco já julgaram e condenaram os acusados. Saiu no jornal, transitado em julgado. Uau.

O julgamento dos jornalistas é muito apressado, pelo menos no caso da Bahia. Aqui, de fato, os deputados Reginaldo Germano (PP) e Jonival Lucas (PSC) respondem respectivamente a acusações de envolvimento nas denúncias de mensalão e na máfia das sanguessugas. Mas, Josias Gomes (PT), acusado e não condenado a nada, obteve mais de 42 mil votos. Não perdeu por denúncia de mensalão coisa nenhuma. Perdeu porque Geraldo Simões (PT), ex-deputado e ex-prefeito de Itabuna tirou seu apoio, se lançou e se elegeu, legitimamente.

Mas como a “pauta” já está contaminada, os jornalistas nem sequer tentam apurar porque Aroldo Cedraz (PFL), Jairo Carneiro (PFL) e Milton Barbosa (PSC) também perderam, embora não estivessem envolvidos em nenhum escândalo.

Se os jornalistas não estivessem com a “pauta” tão dirigida, descobririam que estes três foram atropelados por outro tipo de escândalo, patrocinado pelo autoritarismo e mandonismo doentio do senador ACM, que “minou” as bases daqueles parlamentares para favorecer a votação do ACM Neto.

Aliás, muitos outros candidatos do carlismo foram atropelados pelo, como diz a revista Carta Capital, “pequeno e iracundo parlamentar neto de ACM”. Estes 400 e tantos mil votos vão custar caro ao moribundo carlismo.

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