10 de outubro de 2006
Analisando o debate...Lula venceu
De posse das repercussões do debate, é válido agora fazermos uma pós-análise do debate, projetando luz dessa vez não apenas na perfomance dos oponentes, mas na maneira como as pessoas reagiram.Essa minha pós-análise é favorável a Lula.
Eu tinha imaginado que a agressividade e a boa dicção de Alckmin, em oposição a uma atitude mais suave de Lula, poderiam reverter em favor do candidato do PSDB.Entretanto, o que se viu foi uma reação bastante negativa aos canhestros ataques de Alckmin, uns óbvios e oportunistas - como no caso do dossiê - e outros apenas inócuos e vazios, como no caso do Aerolula.
Lula respondeu com suavidade, mas respondeu bem. O caso do dossiê apenas prejudicou a candidatura dele, e beneficiou a de Alckmin.
É ponto quase consensual também que Lula foi crescendo no debate. Esse crescer deverá prosseguir nos próximos encontros, com o presidente mais preparado para o que virá.
Alckmin conseguiu seu apogeu logo no início, falando grosso e alto e usando o tema do dossiê, hiper-requentado pela mídia, para debilitar o adversário. Lula é um sujeito bem sensível à questão ética. Está sempre preocupado em não falar leviandades nesse tema, à diferença do adversário, para quem seu governo nunca cometeu e nunca cometerá erros.
A arrogância de Alckmin foi notada por todos. Arrogância, prepotência e grosseria daqueles que estavam acostumados a mandar no país. Lula demonstrou humildade do sertanejo, que sabe falar com modéstia, mas está seguro de sua peixeira pendurada na cintura.
Em certos momentos, soube usar argumentar com muita propriedade, comparando a situação do país em 2002 e a de hoje.Enfim, acho que, em face dessa repercussão, a perfomance de Lula se mostrou convincente, autêntica, humilde e carismática, enquanto a Alckmin desfiou clichês, grosserias e empáfia.
WAGNER INTREPRETA
Jacques Wagner, governador eleito da Bahia, deu uma dica sobre a razão do nervosismo de Lula. É uma coisa que eu também tinha imaginado quando o vi tão tenso. Lula não é frio, não é de gelo, é feito da mesma têmpera de um Getúlio Vargas, que se suicidou em 1954 devido às fortes pressões emocionais que sofreu na mídia. Lula não se mataria, mas continua abatido com os ataques que sofre diariamente.
Mais uma razão para o povo brasileiro vingar Lula e impor uma derrota acachapante a essa direita retrógrada, pedófila, corrupta, hipócrita e genocida.
***
Resolvi rever a entrevista, que está disponível na internet (aqui), e fiquei mais seguro de que Lula foi mais substantivo, respondeu cabalmente todas as questões, mesmo as mais difíceis, e soube apontar, também, muito bem os problemas causados ao país pelo PSDB.
Escrito por Miguel do Rosário Segunda-feira, Outubro 09, 2006
http://oleododiabo.blogspot.com/
Eu tinha imaginado que a agressividade e a boa dicção de Alckmin, em oposição a uma atitude mais suave de Lula, poderiam reverter em favor do candidato do PSDB.Entretanto, o que se viu foi uma reação bastante negativa aos canhestros ataques de Alckmin, uns óbvios e oportunistas - como no caso do dossiê - e outros apenas inócuos e vazios, como no caso do Aerolula.
Lula respondeu com suavidade, mas respondeu bem. O caso do dossiê apenas prejudicou a candidatura dele, e beneficiou a de Alckmin.
É ponto quase consensual também que Lula foi crescendo no debate. Esse crescer deverá prosseguir nos próximos encontros, com o presidente mais preparado para o que virá.
Alckmin conseguiu seu apogeu logo no início, falando grosso e alto e usando o tema do dossiê, hiper-requentado pela mídia, para debilitar o adversário. Lula é um sujeito bem sensível à questão ética. Está sempre preocupado em não falar leviandades nesse tema, à diferença do adversário, para quem seu governo nunca cometeu e nunca cometerá erros.
A arrogância de Alckmin foi notada por todos. Arrogância, prepotência e grosseria daqueles que estavam acostumados a mandar no país. Lula demonstrou humildade do sertanejo, que sabe falar com modéstia, mas está seguro de sua peixeira pendurada na cintura.
Em certos momentos, soube usar argumentar com muita propriedade, comparando a situação do país em 2002 e a de hoje.Enfim, acho que, em face dessa repercussão, a perfomance de Lula se mostrou convincente, autêntica, humilde e carismática, enquanto a Alckmin desfiou clichês, grosserias e empáfia.
WAGNER INTREPRETA
Jacques Wagner, governador eleito da Bahia, deu uma dica sobre a razão do nervosismo de Lula. É uma coisa que eu também tinha imaginado quando o vi tão tenso. Lula não é frio, não é de gelo, é feito da mesma têmpera de um Getúlio Vargas, que se suicidou em 1954 devido às fortes pressões emocionais que sofreu na mídia. Lula não se mataria, mas continua abatido com os ataques que sofre diariamente.
Mais uma razão para o povo brasileiro vingar Lula e impor uma derrota acachapante a essa direita retrógrada, pedófila, corrupta, hipócrita e genocida.
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Resolvi rever a entrevista, que está disponível na internet (aqui), e fiquei mais seguro de que Lula foi mais substantivo, respondeu cabalmente todas as questões, mesmo as mais difíceis, e soube apontar, também, muito bem os problemas causados ao país pelo PSDB.
Escrito por Miguel do Rosário Segunda-feira, Outubro 09, 2006
http://oleododiabo.blogspot.com/