18 de agosto de 2006

 

Pastoral da Criança, revolução silenciosa

Por iniciativa conjunta dos deputados Emiliano José e Yulo Oiticica, ambos do PT, os 20 anos da Pastoral da Criança na Bahia foram celebrados (17/08/06) na Assembléia Legislativa, em concorrida Sessão Especial. Há 23 anos, a Pastoral da Criança foi criada pela CNBB, no Paraná, sob direção da Dra Zilda Arns, com acompanhamento do hoje arcebispo da Bahia, d. Geraldo Majela Agnelo. Atualmente, são mais de 1 milhão e 800 mil crianças e 100 mil gestantes assistidas no Brasil. Na Bahia, a Pastoral da Criança é coordenada por Zofia Kuzy, que agradeceu a homenagem dos parlamentares.

D. Geraldo Majela não gosta de politizar a questão. Mas trata-se de uma silenciosa revolução social. E a Bahia ocupa o segundo lugar em atendimento. Por que? Porque os sucessivos governos das oligarquias regionais não adotam políticas públicas para dar melhores condições de vida à população pobre. Por oligarquia local leia-se: governo Paulo Souto e seus antecessores carlistas que dominam a máquina governamental há 40 anos.

Nestes 20 anos de Bahia, a Pastoral da Criança implantou suas bases em 386 dos nossos 417 municípios. Os números são espantosos. São 229.750 crianças pertencentes a 172.500 famílias e perto de 15 mil gestantes acompanhadas, mensalmente, pelos 30 mil líderes comunitários voluntários. Elas estão nos bolsões de pobreza das 5.853 comunidades rurais e urbanas onde a Pastoral da Criança conseguiu se implantar.

O índice nacional de mortalidade infantil é de 29,6 por mil nascidos vivos. O da Pastoral é de 13,7 por mil nascidos vivos. Trata-se, portanto, de uma verdadeira revolução social silenciosa, que provoca a mudança com a mobilização da própria comunidade. São ações de apoio às gestantes, incentivo ao aleitamento materno, vigilância nutricional, alimentação enriquecida, controle das doenças diarréicas e respiratórias, aplicação de remédios caseiros, estímulo à vacinação das crianças e gestantes, educação essencial e até mesmo prevenção de acidentes domésticos.

A Bahia é o segundo Estado em número de atendimentos residenciais mensais. Isso é muito triste. Revela o abandono. É verdade que nestes 20 anos houve grande avanço, mas a situação ainda é grave. Há 20 anos a mortalidade infantil na Bahia era de 70/80 mortos em cada mil nascidos vivos. Com o trabalho da Pastoral da Criança, a mortalidade infantil baixou para 14/15 mortos em cada mil nascidos vivos. É um milagre, principalmente com os governantes que temos.

Comments:
Meu nome é Maria da Conceição, sou coordenaddora Paroquial da Pastoral da Criança. Aqui em nosso Município estams acompanhando 20/% das familhias carentes. Sinto que aide há muito o que se fazer com relação as puliticas publica, principalmente com reforma nos PSF`S. O que mais tem me entrigado é como as mães parem sem nhum senso de responsabilidade. Não sou contra a Bolsa escola só não concordo com a maneira como é usado esse dinheiro acho que o governo devia colocar uma fiscalização rigida. Não proibindo dar o dinheiro mais obrigando a usar de maneira correta. Acho que o governo só intimulou a mioria das mulheres a ter filhos sem se importar de quem afinal elas só querem o dinheiro que seria pra melhrar a vida da criana na Escola pra usar com luxo,bebida e ETC.
 
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