28 de junho de 2006
Campanha de Wagner ganha corpo com PMDB e rachas do carlismo
A Convenção Estadual do PMDB da Bahia, que acaba de se encerrar (14h de 28 de junho), me convenceu que Jaques Wagner vai ser o futuro governador da Bahia. A disputa vai ser dura, ao contrário do que tentam passar à opinião pública algumas penas de aluguel da grande mídia. Em 2002, contando apenas com o PT e o PCdoB, Wagner saiu de 2% e chegou a 38%. Agora, com o apoio do PT, PMDB, PMN, PTB, PV, PCdoB, PSB e PPS, muitos rachas do carlismo e de lideranças fortes como o prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, a disputa fica mais equilibrada e Wagner passa a contar com mais tempo na horário eleitoral.
Com a coligação com o PMDB, Wagner ganha o apoio de mais dois deputados federais, Geddel Vieira Lima e Pedro Irujo, 32 prefeitos e 322 diretórios municipais do partido. Em 2002, Wagner tinha apoio de sete prefeitos, agora dá a partida com 70 prefeitos. Compareceram à Convenção do PMDB os ex-governadores Leur Lomanto e João Durval Carneiro e ex-liderados do senador ACM, como os ex-deputados do PFL, Ariston Andrade e Horário Matos, além de lideranças importantes como Jonival Lucas (PTB) e Luciano Simões (PMDB). A disputa no semi-árido muda completamente de perfil.
Em 2002, o presidente Lula chegou para Wagner e perguntou: Galego (como Lula chama Wagner na intimidade), como é que você vai trocar um garantido quarto mandato de deputado federal por uma disputa tão desigual? E Wagner respondeu: Lula, é preciso, para plantar as bases da mudança na Bahia. Wagner tornou-se ministro, prestou relevantes serviços à Nação, cresceu, e a disputa deixou de ser uma aventura.
Na Bahia, existe uma resistente herança da ditadura. Naquela época havia Arena 1 e Arena 2, os dois lados apoiavam os militares e o senador ACM. Com a democratização, a Banda A foi para o PFL e a Banda B se espalhou por legendas menores. Agora, a Banda B nos municípios baianos apóia Jaques Wagner. Não há município do interior que não tenha uma banda apoiando a oposição. Então, as coisas mudaram. Até prefeitos do PFL, insatisfeitos com Paulo Souto, apóiam Wagner e Lula, ou amolecem o corpo e deixam rolar.
Desta vez o PMDB não trouxe claque dos bairros para encher convenção. O auditório do Hotel da Bahia superlotou e um telão armado no hall permitiu o acompanhamento dos discursos pelas lideranças do interior e cabos eleitorais de Salvador. Foi uma convenção política por excelência e não um circo eleitoreiro. O vice de Wagner será Edmundo Pereira, militante peemedebista histórico e prefeito três vezes de Brumado. Abriu mão de uma eleição certa para deputado estadual e aceitou a missão. Com ele, tudo muda na região de Brumado.
O pronunciamento de Jaques Wagner foi tranqüilo. Falou das conquistas do Governo Lula, e do atraso de 16 anos de governos do PFL na Bahia. Citou um exemplo concreto: o Bolsa-Família beneficia 1 milhão e 20O mil pessoas na Bahia, proporcionalmente mais que na maioria dos estados. E isso se deve à extrema miséria de boa parte da população baiana. A Bahia cresceu para uns poucos privilegiados. Como explicar que em 20 anos tenham sido feitas apenas 60 mil ligações de energia elétrica na Bahia e 100 mil em apenas três anos e meio de governo Lula? Há ainda um dado importante. O TRE com o desembargador Dultra Cinta deixou de ser um joguete nas mãos de ACM. Não mais haverá fraude, como a que tirou o mandato de senador de Waldir Pires.
Com a coligação com o PMDB, Wagner ganha o apoio de mais dois deputados federais, Geddel Vieira Lima e Pedro Irujo, 32 prefeitos e 322 diretórios municipais do partido. Em 2002, Wagner tinha apoio de sete prefeitos, agora dá a partida com 70 prefeitos. Compareceram à Convenção do PMDB os ex-governadores Leur Lomanto e João Durval Carneiro e ex-liderados do senador ACM, como os ex-deputados do PFL, Ariston Andrade e Horário Matos, além de lideranças importantes como Jonival Lucas (PTB) e Luciano Simões (PMDB). A disputa no semi-árido muda completamente de perfil.
Em 2002, o presidente Lula chegou para Wagner e perguntou: Galego (como Lula chama Wagner na intimidade), como é que você vai trocar um garantido quarto mandato de deputado federal por uma disputa tão desigual? E Wagner respondeu: Lula, é preciso, para plantar as bases da mudança na Bahia. Wagner tornou-se ministro, prestou relevantes serviços à Nação, cresceu, e a disputa deixou de ser uma aventura.
Na Bahia, existe uma resistente herança da ditadura. Naquela época havia Arena 1 e Arena 2, os dois lados apoiavam os militares e o senador ACM. Com a democratização, a Banda A foi para o PFL e a Banda B se espalhou por legendas menores. Agora, a Banda B nos municípios baianos apóia Jaques Wagner. Não há município do interior que não tenha uma banda apoiando a oposição. Então, as coisas mudaram. Até prefeitos do PFL, insatisfeitos com Paulo Souto, apóiam Wagner e Lula, ou amolecem o corpo e deixam rolar.
Desta vez o PMDB não trouxe claque dos bairros para encher convenção. O auditório do Hotel da Bahia superlotou e um telão armado no hall permitiu o acompanhamento dos discursos pelas lideranças do interior e cabos eleitorais de Salvador. Foi uma convenção política por excelência e não um circo eleitoreiro. O vice de Wagner será Edmundo Pereira, militante peemedebista histórico e prefeito três vezes de Brumado. Abriu mão de uma eleição certa para deputado estadual e aceitou a missão. Com ele, tudo muda na região de Brumado.
O pronunciamento de Jaques Wagner foi tranqüilo. Falou das conquistas do Governo Lula, e do atraso de 16 anos de governos do PFL na Bahia. Citou um exemplo concreto: o Bolsa-Família beneficia 1 milhão e 20O mil pessoas na Bahia, proporcionalmente mais que na maioria dos estados. E isso se deve à extrema miséria de boa parte da população baiana. A Bahia cresceu para uns poucos privilegiados. Como explicar que em 20 anos tenham sido feitas apenas 60 mil ligações de energia elétrica na Bahia e 100 mil em apenas três anos e meio de governo Lula? Há ainda um dado importante. O TRE com o desembargador Dultra Cinta deixou de ser um joguete nas mãos de ACM. Não mais haverá fraude, como a que tirou o mandato de senador de Waldir Pires.