30 de dezembro de 2006
Emiliano (PT-BA) se despede da Assembléia Legislativa
O deputado Emiliano José (PT) se despediu da Assembléia Legislativa da Bahia, num emocionado discurso (27/12/06). Foi homenageado por muitos deputados de vários partidos. Até do PFL que ele combateu com muita garra. Emiliano fez uma viagem ao tempo, desde a ditadura que o prendeu por quatro anos, as lutas pela redemocratização, pelo Governo Waldir Pires em 1986 quando foi deputado, até a vitória de Jaques Wagner depois de 16 governos sucessivos do carlismo.
O discurso com a trajetória de Emiliano está em seu site:
www.emilianojose.com.br
O discurso com a trajetória de Emiliano está em seu site:
www.emilianojose.com.br
PT não cede à chantagem e Berzoini volta à presidência
A Agência Estado (AE) repassou a notícia ao estilo do velho jornal Estadão. Ao noticiar a volta do deputado Ricardo Berzoini à presidência do PT o chama de “chefe dos arapongas”, mesmo que a Polícia Federal o tenha isentado de qualquer responsabilidade pela tentativa de compra do dossiê que incriminava o tucano José Serra no escândalo das ambulâncias que ficou conhecido como Máfia das Sanguessugas. Berzoini estava licenciado desde 6 de outubro do comando do PT. O PT não cedeu à chantagem da mídia, não substituiu Berzoini e nem antecipou as eleições internas para escolha de nova direção. O mandato de Berzoini vai até 2008.
29 de dezembro de 2006
Carlista quando não caga na entrada...
Carlista quando não caga na entrada caga na saída. O dito popular pode ser grosseiro e de mau gosto, mas é a pura verdade. O povo sabe o que diz. Eu andava muito desconfiado do bom-mocismo do governador carlista derrotado Paulo Souto (PFL). A transição do desgoverno do PFL para o Governo Wagner parecia pacífica e sem armadilhas. Pura ilusão.
1) Paulo Souto deixa uma dívida de mais de R$ 400 milhões. É o povo da Bahia que terá que pagar.
2) A falida EBAL/Cesta do Povo, caixa dois e cabide de emprego do carlismo, deixa uma dívida de mais de R$ 80 milhões com fornecedores e um passivo trabalhista de mais de R$ 160 milhões.
3) No apagar das luzes Paulo Souto promove 206 oficiais da PM e deixa o pepino da conta para Wagner.
4) Também patrocinou uma farra de R$ 600 mil para cinco coronéis da PM.
4) Na calada da noite Paulo Souto autoriza a construção e manutenção de um emissário submarino de Salvador, com um contrato no valor de R$ 200 milhões.
5) Não satisfeito, de uma só canetada, Souto convoca às pressas 2.356 professores concursados.
No melhor estilo carlista, o governador do PFL se vinga da derrota, deixando bombas armadas como herança maldita.
Carlista é como o escorpião, a picada é por instinto. Inevitável. Jaques Wagner que se cuide.
1) Paulo Souto deixa uma dívida de mais de R$ 400 milhões. É o povo da Bahia que terá que pagar.
2) A falida EBAL/Cesta do Povo, caixa dois e cabide de emprego do carlismo, deixa uma dívida de mais de R$ 80 milhões com fornecedores e um passivo trabalhista de mais de R$ 160 milhões.
3) No apagar das luzes Paulo Souto promove 206 oficiais da PM e deixa o pepino da conta para Wagner.
4) Também patrocinou uma farra de R$ 600 mil para cinco coronéis da PM.
4) Na calada da noite Paulo Souto autoriza a construção e manutenção de um emissário submarino de Salvador, com um contrato no valor de R$ 200 milhões.
5) Não satisfeito, de uma só canetada, Souto convoca às pressas 2.356 professores concursados.
No melhor estilo carlista, o governador do PFL se vinga da derrota, deixando bombas armadas como herança maldita.
Carlista é como o escorpião, a picada é por instinto. Inevitável. Jaques Wagner que se cuide.
28 de dezembro de 2006
Em São Paulo continua a caça ao PT
O pedido de indiciamento ilegal pela Polícia Federal (paulista) do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) - no relatório final sobre a tentativa de compra de um dossiê ligando o ex-ministro José Serra (PSDB) à máfia das ambulâncias – revela que o espírito de caça ao PT, da parte dos tucanos, ainda está aceso. Lá, a campanha eleitoral não acabou. É o terceiro turno.
Ora, em três meses de investigação jamais o nome do senador petista foi citado como parte do tal esquema. É provável que a Justiça Federal rejeite uma acusação de evidente natureza política. A Polícia Federal (paulista) sequer conseguiu apurar a origem do dinheiro que seria usado na compra do tal dossiê que incrimina José Serra e a quadrilha. De qualquer forma, o senador Mercadante dispõe de foto privilegiado, como parlamentar. A Polícia Federal está se prestando a jogada política e pode se desmoralizar.
Mas, afinal, por que não divulgam o conteúdo do dossiê?
Ora, em três meses de investigação jamais o nome do senador petista foi citado como parte do tal esquema. É provável que a Justiça Federal rejeite uma acusação de evidente natureza política. A Polícia Federal (paulista) sequer conseguiu apurar a origem do dinheiro que seria usado na compra do tal dossiê que incrimina José Serra e a quadrilha. De qualquer forma, o senador Mercadante dispõe de foto privilegiado, como parlamentar. A Polícia Federal está se prestando a jogada política e pode se desmoralizar.
Mas, afinal, por que não divulgam o conteúdo do dossiê?
Herança maldita dos 40 anos de carlismo na Bahia
Está nas manchetes dos principais jornais do país. Até mesmo no Correio da Bahia, o jornal da famiglia ACM, como se nada tivesse com eles. A região metropolitana de Salvador apresenta uma desigualdade de renda pior na comparação com o país.
Segundo pesquisa do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), uma morador de uma área nobre da região metropolitana ganha 25 vezes a renda do residente na localidade mais pobre da Grande Salvador. No país, essa disparidade (medida entre as unidades da Federação) é de cinco vezes.
Enquanto um morador do bairro Itaigara (próximo à orla) tem uma renda média mensal de R$ 2.135 (em valores de 2000), um habitante de Coutos (Avenida Suburbana) ganha, em média, R$ 82,94 por mês.
O dado faz parte do "Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador", preparado pelo PNUD a partir de 121 indicadores sócio-econômicos, com base nos censos de 1991 e 2000. A Grande Salvador foi dividida em 149 setores, que agrupam famílias e domicílios de perfil social e econômico semelhante, para identificar as disparidades regionais.
Segundo o PNUD, se a região metropolitana de Salvador fosse um país, teria a segunda pior distribuição de renda do planeta, atrás somente do país africano Namíbia, pelo índice de Gini, que mede essa desigualdade.
Enquanto o índice de Gini do Brasil é de 0,580, a Grande Salvador apresenta 0,660, próximo de Lesoto (0,632), outro país africano e somente melhor que o da Namíbia (0,743). No índice de Gini, que funciona em uma escala de zero a um, quanto mais próximo de um, pior a distribuição de renda.
COM UM QUADRO DESSE NÃO HÁ MILAGRE QUE O GOVERNO JAQUES WAGNER POSSA FAZER DA NOITE PARA O DIA. MAS O ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REVELA QUE NÃO HÁ SAÍDA SEM A INTERVENÇÃO DO ESTADO. O MERCADO FALHOU. AUMENTOU A POBREZA, CONCENTROU A RENDA.
Segundo pesquisa do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), uma morador de uma área nobre da região metropolitana ganha 25 vezes a renda do residente na localidade mais pobre da Grande Salvador. No país, essa disparidade (medida entre as unidades da Federação) é de cinco vezes.
Enquanto um morador do bairro Itaigara (próximo à orla) tem uma renda média mensal de R$ 2.135 (em valores de 2000), um habitante de Coutos (Avenida Suburbana) ganha, em média, R$ 82,94 por mês.
O dado faz parte do "Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador", preparado pelo PNUD a partir de 121 indicadores sócio-econômicos, com base nos censos de 1991 e 2000. A Grande Salvador foi dividida em 149 setores, que agrupam famílias e domicílios de perfil social e econômico semelhante, para identificar as disparidades regionais.
Segundo o PNUD, se a região metropolitana de Salvador fosse um país, teria a segunda pior distribuição de renda do planeta, atrás somente do país africano Namíbia, pelo índice de Gini, que mede essa desigualdade.
Enquanto o índice de Gini do Brasil é de 0,580, a Grande Salvador apresenta 0,660, próximo de Lesoto (0,632), outro país africano e somente melhor que o da Namíbia (0,743). No índice de Gini, que funciona em uma escala de zero a um, quanto mais próximo de um, pior a distribuição de renda.
COM UM QUADRO DESSE NÃO HÁ MILAGRE QUE O GOVERNO JAQUES WAGNER POSSA FAZER DA NOITE PARA O DIA. MAS O ATLAS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO REVELA QUE NÃO HÁ SAÍDA SEM A INTERVENÇÃO DO ESTADO. O MERCADO FALHOU. AUMENTOU A POBREZA, CONCENTROU A RENDA.
Elio Gaspari aplaude avanços sociais de Lula e do PT
Num rasgo de lucidez, o jornalista Elio Gaspari elogiou nesta quarta-feira (27/12/06), em artigo no jornal Folha de S.Paulo, a iniciativa do Governo Lula de baixar os impostos e estimular as vendas no setor de construção civil para as camadas mais pobres da população. Para Gaspari, o PSDB "tem uma certa incapacidade neurológica para absorver avanços sociais produzidos pelo PT". Um bom exemplo dessa demofobia está na incapacidade dos tucanos de reconhecer a revolução ocorrida nos transportes públicos de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy. Outro é a confusão do "puxadinho" com a favelização. São atitudes irracionais, pois enquanto houver sufrágio universal, a política de satanização do andar de baixo produzirá apenas demagogia e triunfos eleitorais de demagogos.
LEIA A ÍNTEGRA DO ARTIGO:
As liquidações dos "formiguinhas"
Começa hoje a temporada de liquidações em quase todas as grandes revendedoras de materiais de construção. Se o PSDB tivesse juízo, mandaria seus sábios visitar os grandes galpões dessas empresas. Entenderia por que perdeu a eleição e por que perderá as próximas. Um bom pedaço dos clientes dessas liquidações vem do andar de baixo.
Gente que compra uma caixa d`água de 500 litros e um novo piso para a cozinha esperando gastar R$ 200 em dez prestações, sem juros. Chama-se a esse consumidor de "formiguinha".
Abastece-se no crédito consignado e, nesse mercado, um aumento do salário mínimo de R$ 30 mensais dá para pagar o novo piso e ainda sobram uns R$ 10 para cobrir o aumento das tarifas tucano-pefelês dos ônibus do Rio e de São Paulo.
A repórter Cibele Gandolpho revelou que quatro grandes entrepostos planejam oferecer descontos de até 70%.
Com sorte, juntando-se o aumento de dois salários mínimos e mercadoria barata (talvez de uma ponta de estoque), consegue-se um novo banheiro.
Esse pedaço do Brasil é olhado com desconfiança pelo andar de cima. Quando Lula baixou os impostos sobre os materiais de construção, viu-se na providência um estímulo à favelização.
Se o problema habitacional brasileiro pudesse ser resolvido pela elevação do preço do saco de cimento, as coisas seriam muito mais fáceis. Pior: o medo descende do pavor oitocentista dos escravos livres, desorganizando os bulevares e embebedando-se pelas ruas.
Uma pesquisa patrocinada pelo sindicato da indústria, com números de 2002, ensina que as famílias com renda de até três salários mínimos consomem apenas 8% da produção nacional de cimento.
Um saco consumido numa casa situada nessa faixa de renda é parte de uma obra que muda a vida da família. A conjunção do salário mínimo com o acesso ao crédito e o interesse do comércio em vender para as faixas de menor renda estão provocando mudanças na maneira de viver (e de votar) do brasileiro.
Assim como há no andar de baixo muita gente que precisa tomar banho de loja, há no de cima quem precise de banho de entreposto. O PSDB tem uma certa incapacidade neurológica para absorver avanços sociais produzidos pelo PT.
Um bom exemplo dessa demofobia está na incapacidade dos tucanos de reconhecer a revolução ocorrida nos transportes públicos de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy. Outro é a confusão do "puxadinho" com a favelização.
São atitudes irracionais, pois enquanto houver sufrágio universal, a política de satanização do andar de baixo produzirá apenas demagogia e triunfos eleitorais de demagogos.
É nesse sentido que faria bem ao cardinalato tucano passar uma tarde num entreposto de materiais de construção.
Descobrirão o que pensam e como agem os trabalhadores que planejam ampliar sua casas com algumas centenas de reais, a boa vontade dos vizinhos e a ajuda dos parentes.
Vivem naquele pedaço do Brasil onde os ônibus atrasam, são inseguros e maltratam os passageiros, mas ninguém quer ouvir falar disso. Em 2008, eles vão votar de novo.
Fonte: Equipe Informes
LEIA A ÍNTEGRA DO ARTIGO:
As liquidações dos "formiguinhas"
Começa hoje a temporada de liquidações em quase todas as grandes revendedoras de materiais de construção. Se o PSDB tivesse juízo, mandaria seus sábios visitar os grandes galpões dessas empresas. Entenderia por que perdeu a eleição e por que perderá as próximas. Um bom pedaço dos clientes dessas liquidações vem do andar de baixo.
Gente que compra uma caixa d`água de 500 litros e um novo piso para a cozinha esperando gastar R$ 200 em dez prestações, sem juros. Chama-se a esse consumidor de "formiguinha".
Abastece-se no crédito consignado e, nesse mercado, um aumento do salário mínimo de R$ 30 mensais dá para pagar o novo piso e ainda sobram uns R$ 10 para cobrir o aumento das tarifas tucano-pefelês dos ônibus do Rio e de São Paulo.
A repórter Cibele Gandolpho revelou que quatro grandes entrepostos planejam oferecer descontos de até 70%.
Com sorte, juntando-se o aumento de dois salários mínimos e mercadoria barata (talvez de uma ponta de estoque), consegue-se um novo banheiro.
Esse pedaço do Brasil é olhado com desconfiança pelo andar de cima. Quando Lula baixou os impostos sobre os materiais de construção, viu-se na providência um estímulo à favelização.
Se o problema habitacional brasileiro pudesse ser resolvido pela elevação do preço do saco de cimento, as coisas seriam muito mais fáceis. Pior: o medo descende do pavor oitocentista dos escravos livres, desorganizando os bulevares e embebedando-se pelas ruas.
Uma pesquisa patrocinada pelo sindicato da indústria, com números de 2002, ensina que as famílias com renda de até três salários mínimos consomem apenas 8% da produção nacional de cimento.
Um saco consumido numa casa situada nessa faixa de renda é parte de uma obra que muda a vida da família. A conjunção do salário mínimo com o acesso ao crédito e o interesse do comércio em vender para as faixas de menor renda estão provocando mudanças na maneira de viver (e de votar) do brasileiro.
Assim como há no andar de baixo muita gente que precisa tomar banho de loja, há no de cima quem precise de banho de entreposto. O PSDB tem uma certa incapacidade neurológica para absorver avanços sociais produzidos pelo PT.
Um bom exemplo dessa demofobia está na incapacidade dos tucanos de reconhecer a revolução ocorrida nos transportes públicos de São Paulo durante a gestão de Marta Suplicy. Outro é a confusão do "puxadinho" com a favelização.
São atitudes irracionais, pois enquanto houver sufrágio universal, a política de satanização do andar de baixo produzirá apenas demagogia e triunfos eleitorais de demagogos.
É nesse sentido que faria bem ao cardinalato tucano passar uma tarde num entreposto de materiais de construção.
Descobrirão o que pensam e como agem os trabalhadores que planejam ampliar sua casas com algumas centenas de reais, a boa vontade dos vizinhos e a ajuda dos parentes.
Vivem naquele pedaço do Brasil onde os ônibus atrasam, são inseguros e maltratam os passageiros, mas ninguém quer ouvir falar disso. Em 2008, eles vão votar de novo.
Fonte: Equipe Informes