20 de dezembro de 2011
Revista Caros Amigos, que está nas bancas, publica artigo sobre Carlos Marighella
A revista Caros Amigos de dezembro está nas bancas. A nova edição tem reportagem especial sobre a Vale, que duplica ferrovia e aumenta a devastação; tem denúncias contra o uso descontrolado de agrotóxicos, tem análise sobre o problemão que é a Colômbia, que cresce, mas, não ganha da guerrilha. Tem também um perfil de Carlos Mariguella, à página 30, assinado pelo jornalista, escritor e deputado federal Emiliano José (PT-Ba), antigo colaborador da revista, autor do livro “Marighella, o inimigo número um da ditadura militar”.
Emiliano José começa seu substancial texto pelo poema de José Carlos Capinan (maio, 1994) intitulado “Vai Carlos, ser Marighella na vida”.
O poema é lindo. Lá vai um trecho:
Quem gracilianamente deságua desta vida seca agrária
Ou na solidão urbana sonha a vida humana solidária
Quem na cartilha suburbana soletra o nome fulo
Quem nasce de negra índia ou branco
E sobe ligeiro ou manco as ladeiras do Pelô
Quem descasca uma banana
E se consome no sonho da grande mesa comum
Para a imensa toda fome
Quem assim vive não morre
Vai virando jacarandá ou poesia pau-brasil
Virando samba e cachaça
Se torna gol de Garrincha
Se torna mel de cabaça
Se torna ponta de lança do esporte clube da raça
Se torna gente embora gente nem nascida
Mas (quem sabe?) pode ser
Um dia gauche na vida
Se torna nossa aquarela
Torna-se Carlos Marighella
Um anjo doce na morte
Que os homens tortos quiseram
Sem que te matassem ainda.
Emiliano José começa seu substancial texto pelo poema de José Carlos Capinan (maio, 1994) intitulado “Vai Carlos, ser Marighella na vida”.
O poema é lindo. Lá vai um trecho:
Quem gracilianamente deságua desta vida seca agrária
Ou na solidão urbana sonha a vida humana solidária
Quem na cartilha suburbana soletra o nome fulo
Quem nasce de negra índia ou branco
E sobe ligeiro ou manco as ladeiras do Pelô
Quem descasca uma banana
E se consome no sonho da grande mesa comum
Para a imensa toda fome
Quem assim vive não morre
Vai virando jacarandá ou poesia pau-brasil
Virando samba e cachaça
Se torna gol de Garrincha
Se torna mel de cabaça
Se torna ponta de lança do esporte clube da raça
Se torna gente embora gente nem nascida
Mas (quem sabe?) pode ser
Um dia gauche na vida
Se torna nossa aquarela
Torna-se Carlos Marighella
Um anjo doce na morte
Que os homens tortos quiseram
Sem que te matassem ainda.