28 de outubro de 2011
Continua a luta contra a doença falciforme
Fiquei feliz em saber, pelo boletim da vereadora Marta Rodrigues (PT) que a luta por políticas públicas para tratamento das doenças falciformes continua. Um seminário, presidido pelo deputado estadual Bira Coroa (PT), acaba de acontecer em Salvador.
A anemia falciforme é endêmica na Bahia e afeta basicamente a população negra. Poderia estar sendo combatida desde 2003, se o deputado médico Luis de Deus, do então PFL, não tivesse dado parecer contrário ao Projeto de Lei 13.286/2003 apresentado na Assembléia Legislativa pelo então deputado Emiliano José (PT).
O PFL baiano atrasou as políticas públicas pela má política. Como aprovar, na época, um projeto de lei de um parlamentar de oposição? A ironia é que o Parecer negativo foi assinado por um deputado médico, Luis de Deus.
A anemia falciforme é uma doença hereditária, sem cura, que causa má formação das hemácias - as células do sangue que transportam oxigênio e gás carbônico aos tecidos. As hemoglobinas que compõem as hemácias são normalmente redondas e maleáveis, mas, nos portadores da doença, elas são rígidas e em forma de foice (falciforme), o que dificulta a passagem das hemácias pelos vasos sanguíneos. Daí decorrem fadiga, respiração curta, crescimento lento, agravamento das infecções, complicações osteoarticulares, oculares e cardiovasculares, necrose de tecidos.
Assessorado pela Associação Baiana dos Portadores de Anemia Falciforme (ABADFAL) o então deputado estadual Emiliano José (PT), hoje deputado federal, propôs a criação de um Programa Estadual de Prevenção, Diagnóstico, Assistência Médica Integral e Orientação aos Portadores de Doenças Falciformes e Outras Hemoglobinopatias. Por irresponsabilidade criminosa, o PFL baiano vetou.
O seminário foi realizado na manhã desta quinta-feira (27 de outubro de 2011). As políticas públicas estaduais poderiam ter sido aprovadas desde 2003. Sendo a Bahia o estado de maior incidência da Doença Falciforme no Brasil (a enfermidade genética é identificada em um a cada 650 nascimentos no estado), é de vital necessidade que a população baiana tenha atendimento especializado e acesso qualificado ao serviço de saúde.
PREFEITO OMISSO
Para a vereadora Marta Rodrigues, no caso do município de Salvador, onde a mudança de gestores municipais de saúde tem sido constante, a descontinuidade da gestão compromete o programa. “É difícil alcançar resultados sem essa continuidade. Cada um dos secretários quer deixar a sua marca”, afirmou a vereadora.
De acordo com Marta, a baixa cobertura da atenção básica no município de Salvador, que é a porta de entrada do SUS e o racismo institucional são duas das vertentes que devem ser prioritariamente trabalhadas. “Para viabilizar e concretizar as ações temos que diminuir ou acabar com a rotatividade de secretários e com a falta de compromisso dos gestores”, concluiu Marta.
A vereadora abordou ainda a invisibilidade histórica que a doença enfrenta em nosso país. “A anemia falciforme foi descoberta há apenas 101 anos, pois nesses 500 anos de Brasil o poder público só teve olhos para uma classe social. Muitos negros e negras morreram sem um diagnóstico”, contou.
Tem coisas na Bahia que a gente nunca esquece. Leia o Projeto de Emiliano em 2003.
http://www.emilianojose.com.br/index.cfm?event=Site.dspNoticiaDetalhe¬icia_id=117
A anemia falciforme é endêmica na Bahia e afeta basicamente a população negra. Poderia estar sendo combatida desde 2003, se o deputado médico Luis de Deus, do então PFL, não tivesse dado parecer contrário ao Projeto de Lei 13.286/2003 apresentado na Assembléia Legislativa pelo então deputado Emiliano José (PT).
O PFL baiano atrasou as políticas públicas pela má política. Como aprovar, na época, um projeto de lei de um parlamentar de oposição? A ironia é que o Parecer negativo foi assinado por um deputado médico, Luis de Deus.
A anemia falciforme é uma doença hereditária, sem cura, que causa má formação das hemácias - as células do sangue que transportam oxigênio e gás carbônico aos tecidos. As hemoglobinas que compõem as hemácias são normalmente redondas e maleáveis, mas, nos portadores da doença, elas são rígidas e em forma de foice (falciforme), o que dificulta a passagem das hemácias pelos vasos sanguíneos. Daí decorrem fadiga, respiração curta, crescimento lento, agravamento das infecções, complicações osteoarticulares, oculares e cardiovasculares, necrose de tecidos.
Assessorado pela Associação Baiana dos Portadores de Anemia Falciforme (ABADFAL) o então deputado estadual Emiliano José (PT), hoje deputado federal, propôs a criação de um Programa Estadual de Prevenção, Diagnóstico, Assistência Médica Integral e Orientação aos Portadores de Doenças Falciformes e Outras Hemoglobinopatias. Por irresponsabilidade criminosa, o PFL baiano vetou.
O seminário foi realizado na manhã desta quinta-feira (27 de outubro de 2011). As políticas públicas estaduais poderiam ter sido aprovadas desde 2003. Sendo a Bahia o estado de maior incidência da Doença Falciforme no Brasil (a enfermidade genética é identificada em um a cada 650 nascimentos no estado), é de vital necessidade que a população baiana tenha atendimento especializado e acesso qualificado ao serviço de saúde.
PREFEITO OMISSO
Para a vereadora Marta Rodrigues, no caso do município de Salvador, onde a mudança de gestores municipais de saúde tem sido constante, a descontinuidade da gestão compromete o programa. “É difícil alcançar resultados sem essa continuidade. Cada um dos secretários quer deixar a sua marca”, afirmou a vereadora.
De acordo com Marta, a baixa cobertura da atenção básica no município de Salvador, que é a porta de entrada do SUS e o racismo institucional são duas das vertentes que devem ser prioritariamente trabalhadas. “Para viabilizar e concretizar as ações temos que diminuir ou acabar com a rotatividade de secretários e com a falta de compromisso dos gestores”, concluiu Marta.
A vereadora abordou ainda a invisibilidade histórica que a doença enfrenta em nosso país. “A anemia falciforme foi descoberta há apenas 101 anos, pois nesses 500 anos de Brasil o poder público só teve olhos para uma classe social. Muitos negros e negras morreram sem um diagnóstico”, contou.
Tem coisas na Bahia que a gente nunca esquece. Leia o Projeto de Emiliano em 2003.
http://www.emilianojose.com.br/index.cfm?event=Site.dspNoticiaDetalhe¬icia_id=117