9 de maio de 2011

 

O programa Bolsa Família não tem volta

Bolsa Família. Esta grande realização dos governos do presidente Lula tornou-se programa de Estado, um direito adquirido do povo brasileiro. Não existe “porta de saída”, “inclusão produtiva” ou “expansão das oportunidades” para quem foi jogado na miséria por responsabilidade da sociedade brasileira que, afinal, manteve suas elites predatórias no poder por tanto tempo. Aceito até falar de “condicionalidade”, ou seja, a obrigação de manter os filhos na escola.

Como falar em “inserção produtiva” para quem foi mantido na miséria, analfabeto, semianalfabeto, sem-terra, sem-teto? A expressão mais cínica que já ouvi e li até agora foi aquela do “dar o peixe não, ensinar a pescar sim”. A segunda expressão mais cínica, geralmente saída da boca de ruralistas estúpidos, é aquela que argumenta que quem recebe o Bolsa Família “não quer mais trabalhar, não aceita emprego, porque o que recebe do programa já está bom”.

O que os cínicos da classe média alta e do meio ruralista não entendem, ou fingem não entender, é que o programa Bolsa Família tornou o pobre mais exigente, ou, no jargão do economês, elevou o “salário de reserva” do mercado brasileiro. É simples. O preço da mão de obra antes baratíssima ficou mais caro. Este é o segundo grande efeito do Bolsa Família no Nordeste. Primeiro, tira o sujeito da extrema pobreza, garantindo sua comida. Segundo, o sujeito que saiu da extrema pobreza já não aceita trabalhar por três tostões. Aos latifundiários acostumados com trabalho semiescravo só há um caminho: aumentar o salário. O terceiro efeito é conhecido: melhora a educação e a saúde da próxima geração, a única porta de saída.

A presidenta Dilma Rousseff tem por meta erradicar a pobreza e a pobreza extrema. Então, eu apoio a presidenta Dilma Rousseff. A meta é erradicar a pobreza extrema que resta e começar a combater a pobreza, que continua alta no Brasil. O programa de inclusão produtiva não pode destruir o programa Bolsa Família. Não dá para tomar o dinheiro do sujeito que recebe o Bolsa Família porque ele começou a produzir alguma renda.

O Bolsa Família não tem mesmo “porta de saída”. O programa “Inclusão produtiva” ou “Inserção Produtiva” ou que nome lhe dêem é um novo programa, adicional ao Bolsa Família.

Senti firmeza no economista Ricardo Paes de Barros (PUC-RJ) que assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República. Ele pensa assim. Foi a leitura que fiz da entrevista que ele deu ao jornalista Chico Santos, no Valor – Especial Rumos da Economia (01/05/2011). Formatar um programa que desperte o desejo de o sujeito andar com as próprias pernas, sem risco de perder a justa ajuda que o governo lhe dá. É isso.

Comments:
o rico mete a boca dizendo que este dinheirinho deixa o povo prequisozo é que eles não achão mais o pião pra roçar o pasto atroco da comida como era antes do bolsa familia hoje se quizeres alquem para limpar seu pasto voce tem que pagar um absurdo isto é culpa do governo que fica tratando de vagabundo assim dizem os ricos destew país eu quero é que eles vão limpar seus pastos quem sabe assim darão mais valor ao trabalhador braçal
 
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