17 de março de 2011

 

Totalmente idiota o patrulhamento contra brilhante projeto cultural de Maria Bethânia

O cineasta Andrucha Waddington, diretor do projeto “O mundo precisa de poesia”, da cantora Maria Bethânia, considerou um “patrulhamento idiota” os ataques na mídia contra o projeto cultural. Em entrevista ao jornalista Cláudio Leal, na revista digital Terra Magazine, o cineasta esclarece tudo. Os incentivos à cultura são para todos. Afinal, quem colocaria dinheiro para fazer um produto com 365 vídeos de poesias? O projeto é excelente, e tem muita gente com inveja e má-fé. Leia matéria na íntegra:

Andrucha ataca "patrulhamento idiota" contra Maria Bethania

Claudio Leal

"É um patrulhamento idiota". Diretor do projeto "O mundo precisa de poesia", da cantora Maria Bethânia, o cineasta Andrucha Waddington reage, indignado e em voz alta, aos ataques à artista, que sofre críticas por ter conseguido a autorização do Ministério da Cultura (MinC) para arrecadar R$1,3 milhão através da lei de incentivo.
O debate sobre o blog esteve no topo dos assuntos mais comentados no Twitter, nesta quarta-feira (16), e abriu uma nova polêmica com o MinC.

"As leis de incentivo à cultura são para todos. Quem colocaria dinheiro para fazer um produto comercial com 365 vídeos de poesias? Esses projetos precisam de leis de incentivo è cultura, porque senão jamais serão feitos", argumenta Andrucha, em conversa com Terra Magazine. Sócio da Conspiração Filmes e diretor de "Eu Tu Eles", ele diz que cada vídeo custará R$ 3.562.

- É uma equipe que vai ter fotógrafo, produtor, maquiador, figurinista, equipamentos... Cada programa está custando R$ 3.562. São 365 programas. Um programa por dia. Trabalho de um ano. A gente vai produzir mais de 600 minutos - ou seja, o equivalente a cinco longas-metragens. No Brasil, um longa-metragem está custando entre quatro e sete, oito milhões de reais, tirando "Tropa de Elite" - afirma.
Para Andrucha, a mídia deveria falar justamente dos méritos do projeto. O cineasta insiste: há um patrulhamento contra a cantora.


- É um projeto absolutamente lindo, não entendo porque existe esse patrulhamento em cima de nomes como a Bethânia. Ela foi absolutamente atacada hoje por ser ter sido autorizada a captar (recursos) para um projeto do qual ela faz parte. Tem muita gente envolvida.

Ele afirma que não se trata apenas de "um blog". Haverá postagens no YouTube e a divulgação do material, de junho de 2011 a junho de 2012.

- Não vejo cabimento. Esse é um projeto que não tem caráter comercial, é absolutamente cultural. É ambicioso porque é um volume de conteúdo muito grande, para trazer pro público os maiores poetas de língua portuguesa.

Nos pequenos filmes, a cantora pretende misturar música e poesia, num prolongamento da turnê do espetáculo "Bethânia e as palavras", financiado pela Icatu Seguros.

Entre os autores selecionados, o padre Antônio Vieira, Cecília Meireles, Guimarães Rosa, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen, o moçambicano José Craveirinha, Ferreira Gullar e Caetano Veloso. Bethânia gravaria também canções como "Dança da Solidão", de Paulinho da Viola, e "Estranha forma de vida", de Amália Rodrigues.

Nas gravações de cerca de dois minutos, Andrucha usará a fita beta analógica. O roteirista do blog será o antropólogo Hermano Vianna, que participou da única incursão do compositor Caetano Veloso pela blogosfera, no "Obra em progresso", de 2008. Viana e Elias Andreato colaboram com a artista nos espetáculos poéticos.

"Bethânia e as palavras" - o gérmen do projeto polêmico - será apresentado em mais quatro capitais: Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e Curitiba. Quem levar um livro em bom estado de conservação, terá direito a meia-entrada. As obras e 5% da renda serão doados para instituições de ensino. Há alguns anos, Bethânia realiza visitas a escolas públicas para recitar seus poetas preferidos e divulgar textos em língua portuguesa.

Fonte: Terra Magazine

Comments:
Carcarás

Como se sabe, a cultura brasileira sobrevive de incentivo fiscal. Com autorização do governo federal, as empresas podem direcionar parte do dinheiro destinado a tributos para os projetos de sua preferência. Todo mundo usa esse instrumento há anos. Todo mundo mesmo: de filmes com atores globais a livros de fotografia, de circos famosos a shows de estrelas sertanejas.
Mas então por que de repente surgiram reclamações contra o projeto de Maria Bethania e Andrucha Waddington?
Primeiro porque boa parte da blogosfera dita “progressista” continua se deixando pautar pela imprensa corporativa. Em vez de questionar certas incongruências do noticiário cultural, tão afeito a lobbies e mistificações, esses comentaristas não apenas engolem suas besteiras mas, pior, ecoam-nas como se tivessem nascido de espírito investigativo desapegado e imparcial.
Em segundo lugar porque existe uma campanha midiática para derrubar a ministra Ana de Hollanda. E não é razoável supor que certa intelectualidade de esquerda, tão sagaz em identificar e denunciar seus inimigos, desconheça os interesses aos quais se alinha nesse tipo chinfrim de polêmica.
Não se trata, portanto, de uma discussão sobre a Lei Rouanet (que, aliás, precisa ser redimensionada urgentemente), mas de uma disputa política do pior tipo: aquele que usa bodes expiatórios para dissimular suas verdadeiras motivações.

http://guilhermescalzilli.blogspot.com/
 
Maria Bethânia que banque a zorra dela e não o nosso dinheiro
 
É muito caro, a net é um veículo que presa pela "simplicidade". O que faz sucesso aqui são os vídeos com muita imaginação e baixo custo.
 
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