22 de novembro de 2010

 

Folha e Globo mentem sobre a heróica luta de Dilma contra a ditadura

Folha de S. Paulo, jornal O Globo (e também a revista Veja e o velho Estadão) mentem para seus leitores quando não contextualizam o envolvimento de Dilma Rousseff na luta armada contra a ditadura militar. Não são reportagens sérias, são “reporcagens” para usar o jargão que grassa na blogosfera.

Como os editores destes veículos não são ignorantes, como muitos de seus repórteres, fica evidente a má-fé.

Como bem situa o blog “Amigos do Presidente Lula”, ignorar a realidade da época “é o mesmo que publicar uma reportagem sobre o processo de D. Maria, a Louca, contra Tiradentes, e endossar as acusações tiranas de que Tiradentes seria um “traidor infame”.

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A má-fé dos dois jornais não está em publicar o conteúdo dos autos do STM, que pertencem à história, e podem ser estudados, para evitar novas tiranias, com a devida crítica (por exemplo, considerando sem valor, a princípio, informações obtidas sob tortura, sem que haja confirmação).

A má-fé está em confundir o leitor, principalmente aquele que não conhece o contexto da época, querendo atribuir caráter criminoso em ações de combate, de insurgência contra a tirania, de guerra de guerrilha (como tomada de armas do inimigo, expropriação a bancos), da mesma forma que a Coroa Portuguesa atribuiu como criminosa a insurgência política de Tiradentes.

Como a mentira tem pernas curtas, é fácil desmascarar essa imprensa corrupta: se as ações rebeldes fossem crimes comuns, porque Dilma e seus companheiros eram julgados por um Tribunal Militar, e não pela justiça civil comum?

À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares, crimes de guerra. É a prova irrefutável de que a própria ditadura reconhecia haver uma guerra de guerrilha em curso, e que as ações da guerrilha eram de combate.

O Brasil viveu uma guerra civil durante a ditadura camuflada pela censura e pelo PIG

Não foi uma guerra civil ostensiva, foi guerra de guerrilha.

Guerrilha é quando um combate se trava entre forças desproporcionais. Sem poder bélico para enfrentar um exército regular, a guerrilha precisa ficar escondida, e só apontar a cabeça em ações típicas de emboscada e sabotagens (como tomada de armas em quartéis e de policiais, expropriação a bancos, ataques a alvos da ditadura), para depois se esconder de novo. A guerrilha não pode ter quartéis visíveis, nem campos de batalha previsíveis, senão é facilmente dizimada pela inferioridade numérica e bélica.

A guerrilha não visa necessariamente vencer na força bélica. Visa criar focos de resistência, inserindo o espírito de luta (mesmo não armado) e resistência na população, na nação.

O AI-5, em dezembro de 1968, fechou as portas para qualquer atividade de oposição. A falta de resistência em 1964, que havia levado à ditadura cada vez mais atroz, explodiu em 1968, com milhares de jovens (de todas as idades) resolvendo resistir, aderindo à unica forma de resistência que ainda parecia viável: a luta armada.

Dilma não participou diretamente de ações armadas, mas não há nenhum demérito em quem participou, pelo contrário.

Foi um ato voluntário, de sacrifício e bravura, como o de qualquer soldado que combate em uma guerra. Muitos sem qualquer preparo, nem aptidão militar, acabaram sacrificando a própria vida ou em confronto com um exército e polícia bem preparada, ou torturados e executados nas masmorras da ditadura.

Fonte: Blogs “Amigos do Presidente Lula” e “Conversa Afiada”.

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