21 de novembro de 2010

 

O DEM da Bahia contra o povo do semi-árido

Está no jornal A Tarde (21/11). O DEM acusa o governo Wagner (PT) de liberar irregularmente recursos durante campanha eleitoral. Uma acusação muito constrangedora. O DEM acusa o governo de ter liberado mais de R$ 36,7 milhões para 248 associações comunitárias construírem cisternas e sanitários residenciais nas zonas rurais de 132 municípios durante a época de campanha eleitoral (julho a setembro).

Cisternas e sanitários residenciais são instalados pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) com recursos do Banco Mundial (80%) e governo (30%). Segundo a representação jurídica do DEM, que pediu liminar para suspensão dos repasses no final de setembro, o ato desequilibrou a votação nos grotões no Estado, caso até para cassação do diploma do governador, segundo palpite do advogado Ademir Ismerin.

A CAR afirma que não há ilegalidade no ato. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) questionou a competência sobre quem deveria julgar o processo – se o juiz corregedor ou auxiliar – e enviou o caso ao Tribunal Superior Eleitoral.

Passado o pleito que reelegeu o governador Jaques Wagner (PT) com 4,1 milhões de votos, a Justiça Eleitoral ainda tem pelo menos essa pendência a resolver. Mas que é constrangedor para o DEM, isso é. Cisternas e sanitários, com distribuição pré-programada com recursos do banco Mundial, não deveriam ter impedimento de distribuição diante da realidade social do semi-árido baiano.

Mas essa gente nunca se importou mesmo com a pobreza do semi-árido baiano.

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