25 de setembro de 2010

 

Sacerdote anglicano em Londres prega voto em Dilma pela luta contra a iniqüidade social

Maria das Graças Fish, baiana maravilhosa que mora há anos em Londres, enviou para Magda Rego, outra baiana maravilhosa, um vídeo-depoimento emocionante do sacerdote anglicano Joabe Cavalcanti, brasileiro, que há anos também reside em Londres. O vídeo-depoimento está no YouTube. http://www.youtube.com/watch?v=E1lw0ni7X2w

CONTRA A INIQUIDADE, VOTE DILMA, 13

“Meu nome é Joabe Cavalcanti, sou sacerdote anglicano em Londres. Desejo me manifestar sobre as eleições. Meu voto será para Dilma. Qualquer um que tenha acompanhado a trajetória de vida de Dilma, como eu acompanhei, percebe que dela todo brasileiro deve se orgulhar. Ela foi o braço direito de Lula e mostrou competência e integridade na execução de um programa voltado para os menos favorecidos.

Dilma representa a continuidade do Governo Lula, avanço e aprofundamento das políticas sociais que fazem do Brasil um país melhor. Eu me orgulho de ser brasileiro. Moro há muito anos em Londres, mas mantenho contato com a realidade brasileira, através dos jornais, da Internet, dos contatos com a família e amigos no Brasil.

Posso dizer que as transformações ocorridas no Governo Lula são muito visíveis no exterior. Aqui, as pessoas nos olham, agora, com respeito e admiração, o que não existia antes. A imagem do Brasil era a de um país de profunda pobreza e escandalosa desigualdade social. As pessoas me perguntavam: Como vocês admitem isso? Que tipo de país é este? Mas, hoje é diferente. As pessoas acompanham as notícias e ficam maravilhadas. Existe no exterior um carinho e admiração por Lula, visto como grande líder e um estadista.

E Dilma representa a continuidade de tudo isso. Dilma tem história. Ela nunca mudou de lado, sempre esteve do lado da pobreza, dos mais fracos, dos oprimidos. Alguns tentaram manchar a imagem de Dilma, dizendo que ela lutou com armas contra a ditadura militar. Ora, a ditadura matou muita gente que lutava por um Brasil livre e melhor. Outros usam até o nome de Deus para denegrir Dilma e beneficiar aqueles que durante séculos criaram essa iniqüidade social.

Eu tenho muito orgulho dessa mulher. Ela arriscou a própria vida pela democracia e liberdade, ainda quase adolescente sacrificou o conforto, viveu na clandestinidade, foi presa, torturada e ainda assim não entregou os companheiros de luta.Como disse o Mestre Jesus, “Não tem mais amor do que este, de dar a própria vida por seu povo” (CF Isaias, 5,8).

Eu me emociono só de pensar na grandeza dessa mulher. Se você quer usar seu voto contra a iniqüidade da pobreza, da opressão, contra a iniquidade social, vote em Dilma presidente, vote Dilma, 13”.

Comments:
Caríssimo e nobre blogueiro baiano, a pressão dos (e)leitores e da esquerda no DF fez o Correio Braziliense, o mais importante jornal da capital da República, abandonar a nau carcomida do rorizismo. Certamente também conta a progressiva perda de eleitores, o que fez os Diários Associados mudarem de estratégia. Recorde-se que, por incrível que pareça, o hoje demo-pefelista Ricardo Noblat era o Editor, até antes da vitória criminosa de Roriz, em 2002, do Correio, que era um bom jornal até outubro de 2002. Encaminho o editorial, para eventual publicação.
Abs.
Lafaiete Luiz.
Aracaju.


"Visão do Correio

Renúncia de Roriz é golpe

O empate na votação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a validade da Lei da Ficha Limpa nas eleições deste ano resumiu a ampla controvérsia nos meios jurídicos sobre a constitucionalidade da inovação legislativa. A questão havia sido proposta pelo candidato do Partido Social Cristão (PSC), Joaquim Roriz, ao governo do Distrito Federal. A invocação da Corte Suprema deu-se em recurso contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o inabilitou, com base na nova legislação, a disputar o pleito. O impasse no STF deixou a questão em aberto.

A reação de Roriz ao posicionamento da Suprema Corte foi ao extremo: renunciou à candidatura. Renúncia é ato unilateral que deve ser respeitado. Mas, no caso, não merece qualquer tipo de acatamento, pois não passa de trama para criar outra forma de escalar o poder. É o que fica evidente com a indicação da mulher, Weslian Roriz, para sucedê-lo na corrida ao Palácio do Buriti. Trata-se de astúcia que desborda de todos os princípios da lisura política e frauda a consciência eleitoral dos que pretendiam sufragá-lo nas urnas de 3 de outubro.

O nome da renúncia de Roriz é golpe. Golpe, explique-se, contra a moderação moral exigível dos políticos e a previsão dos eleitores, que vinculam a opção eleitoral às candidaturas. Golpe contra o modelo democrático de conquista dos cargos eletivos. O ex-governador raciocina na base de que, ausente do torneio eleitoral, basta outorgar procuração para que a esposa o represente. Se eleita, será ele mesmo quem governará. No mais, como não há tempo para mudanças, o nome de Roriz, número, retrato e partido figurarão nas urnas. Aqui há outro golpe: o de iludir a boa-fé dos que o imaginam ainda candidato.

Weslian Roriz, malgrado nada pese contra sua conduta, não exibe cabedal político para exercer o cargo de governador do Distrito Federal. Jamais ocupou função pública ou esteve na direção de programas de impacto administrativo. Se lhe falta histórico sobre envolvimento em questões governamentais, não está preparada para atender às cruciais demandas da sociedade. Jamais se apresentou para disputar postos eletivos.

Na América Latina, a única mulher que substituiu o marido no mando político foi Maria Estela Martinez de Perón, mais conhecida como Isabelita. Com a morte do general Juan Domingo Perón, em 1974, ela assumiu a Presidência da República argentina, na condição de vice-presidente eleita na chapa do caudilho. Outra coisa bem diferente é a ousadia de Roriz de mobilizar para substituí-lo no pleito a esposa, pessoa à margem de comando político e desprovida dos atributos que definem o administrador público.

É indispensável que o eleitor brasiliense esteja atento ao novo cenário eleitoral. O Distrito Federal ainda experimenta os efeitos nefastos dos esquemas de suborno e outras falcatruas que o abalaram este ano. Precisa resgatar a imagem que sempre o distinguiu no conjunto da Federação. Necessita, pois, de gestores conscientes dos problemas da população e comprometidos com a moralidade pública."
Correio Braziliense, 25.09.10
 
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