8 de setembro de 2010

 

Grupo Folha não poupa da politicagem nem mesmo o Valor Econômico

O jornal Valor Econômico, do Grupo Folha, entrou na dança do noticiário contra o PT. Acaba de publicar matéria (08/09/) intitulada “Bahia perde protagonismo, mas Wagner é favorito”. A reportagem assinada pelo jornalista Raymundo Costa afirma no lead: “Quatro anos após a virada eleitoral mais espetacular de 2006, o carlismo se diluiu, o governador Jaques Wagner (PT) pode se reeleger no primeiro turno, mas a Bahia está apreensiva quanto ao futuro”.

Mas que Bahia está apreensiva quanto ao futuro cara-pálida?

Agora, qualquer jornalista se acha no direito (ou na obrigação) de falar pela Bahia, sem ter sido eleito. A Bahia estaria apreensiva, segundo o jornalista, porque “o Estado registra crescimento do PIB menor que a média do Nordeste, a violência é um flagelo, enquanto a parceria privilegiada com o governo federal não passa ainda de uma promessa...(...).

O resto do texto é um vasto repertório de comparações entre performances dos governadores do Nordeste. Parece mais relatório (ou dossiê?) para municiar o discurso da oposição a Wagner, da manchete ao texto. Aliás, o texto leva sempre à conclusão de que os programas federais salvam a Bahia. O Valor Econômico acha que a população da Bahia é imbecil, que apesar de tudo estar tão ruim a maioria vota em Wagner.

Mas nem tudo na reportagem é desgraça.

Afinal, não há como negar. Apesar da herança maldita, da falta de planejamento e investimento público dos governos carlistas, a Bahia cresceu mais que o Brasil de 2003 a 2006.

Aumentaram os postos formais de trabalho, especialmente por causa da expansão da construção civil, que contribuiu com mais da metade dos 8,1 mil empregos celetistas criados em julho.

O primeiro semestre de 2010 foi bom para a economia baiana - crescimento de 10%, puxado pela construção civil.

A Bahia reduziu significativamente sua taxa de pobreza entre 1995 e 2008, que caiu de 42% para 23,8%, segundo dados do IBGE.

Só de Bolsa Família, no último mês de agosto, o governo federal destinou 1,22 bilhão à Bahia.

O programa atende 1.634.903 de famílias, nos 417 municípios do Estado - ou seja, 5,7 milhões de pessoas (quase uma em cada três) de uma população de cerca de 14,6 milhões de alguma forma dependem do Bolsa Família.

Outro programa federal que vai bem é o Minha Casa, Minha Vida - a Bahia bate recordes. São 55.252 unidades contratas (9,14% do total de unidades contratadas no país), no valor de R$ 2,5 bilhões, até agora.

Em um Estado em que dois terços da área está localizada no semi-árido, o governador orgulha-se de já haver atendido mais de 2,5 milhões de pessoas com água e esgoto.

É uma reportagem viciada.

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