7 de setembro de 2010

 

Emiliano - um deputado a serviço da causa negra

13 de janeiro de 2010. Neste dia, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) promoveu uma reunião entre representantes do candomblé da Bahia e o Secretário da Segurança Pública. Na pauta, o combate à intolerância religiosa e prevenção a atos de violência contra o candomblé.

Emiliano se rebelou contra os ataques vindos da Prefeitura Municipal de Salvador e de pequenos grupos de evangélicos. “São ecos da escravidão”.

Na Câmara Federal, Emiliano se manifestou. Candomblé é território da paz, de agregação da comunidade, não está em guerra com ninguém. Pais e Mães de Santo são lideranças do diálogo. Candomblé é religião de muitos preceitos, um deles é o profundo respeito e amor pela natureza.

A defesa de Emiliano vem de longe. Em 1989, como deputado estadual constituinte, inseriu na Constituição da Bahia o artigo 275 fixando, como dever legal do Estado, a garantia da integridade, preservação e respeito aos valores da religião e da cultura afro-brasileira. Hoje parece banal, mas na Bahia, até 1975, o candomblé ainda era considerado caso de polícia. Para cumprir preceitos tinha-se que requerer autorização nas delegacias “Ecos da escravidão” .

Em 2006, lideranças religiosas promoveram uma importante reunião em Salvador. O tema era “As relações da política e das eleições com a liberdade de religião e a valorização do candomblé”. Emiliano estava lá e recebeu homenagem pelo forte vínculo de sua ação parlamentar com a causa negra.

Como vereador de Salvador, Emiliano deu prioridade à luta contra o racismo escancarado da sociedade baiana. Mais tarde, como deputado estadual, foi indicado para presidir a Comissão Especial para Assuntos da Comunidade Afrodescendente – CECAD. Combateu a intolerância religiosa, solidarizou-se com terreiros atacados por fanáticos, promoveu audiências públicas e denunciou a discriminação racial.

Em 2008, publicou na revista Carta Capital, um artigo intitulado “Candomblé e autoridade feminina”. Deputado, jornalista, escritor, Emiliano destacava a impressionante presença da autoridade da mulher no candomblé. Mães de santo, sacerdotisas sempre presentes, superando os códigos dominantes, ultrapassando o machismo, com autoridade, sem autoritarismo.

Ainda em 2010, Emiliano publicou artigo no jornal A Tarde. Protestava contra agressão aos terreiros, por parte de funcionários da Prefeitura de Salvador. Por que tanta má vontade? “Ecos da escravidão”, dizia Emiliano, fazendo notar que as recaídas surgem sempre contra as religiões de matriz africana.

E terminava assim seu escrito: Viva a liberdade religiosa.

EMILIANO - DEPUTADO FEDERAL 1331

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