4 de outubro de 2009

 

Militantes do PT resgatam memória da extinta organização revolucionária POLOP, 50 anos depois

Nesta quinta-feira, 20h, o Centro de Estudos Victor Meyer (CVM) estará promovendo no Bar Santa Maria, Pinta e Nina, no Rio Vermelho, Salvador, o lançamento de livro “POLOP – Uma trajetória de luta pela organização independente da classe operária no Brasil”. Trata-se de coletânea de textos elaborados pela organização revolucionária durante as lutas sociais do País entre as décadas de 60 a 80. Pery Falcon, Ivan Braga, Orlando Miranda e Tânia Miranda são alguns dos organizadores. Eles antecipam, assim, a comemoração dos 50 anos de fundação da Organização Revolucionária Marxista – Política Operária, que ficou conhecida como POLOP.

Há cerca de quarenta e oito anos, entre 16 e 19 de janeiro de 1961, um grupo de jovens militantes revolucionários reuniu-se em Jundiaí-SP para fundar a POLOP. O ato foi o coroamento de uma série de debates entre quadros políticos e intelectuais que então militavam em pequenas organizações políticas ou se articulavam em torno de publicações marxistas. O agrupamento foi pioneiro na crítica à burocracia e ao stalinismo da então URSS.

Um conjunto de idéias básicas unia o grupo:

A condenação à política de colaboração de classe à época comandada pelo PCB, PSB e PTB; a defesa do caráter socialista de qualquer futura revolução no Brasil; o reconhecimento do papel da classe operária como força aglutinadora de uma frente dos trabalhadores da cidade e do campo; a defesa da construção de um partido representativo da classe operária, em oposição aos partidos burgueses e reformistas; crítica às deformações burocráticas dos Estados do então campo socialista, mas solidariedade a esses paises em seus conflitos com o sistema imperialista.

A influência da organização na esquerda brasileira foi profunda. Pode-se dizer que a Polop catalisou as lutas internas que envolveram o PCB nos anos que se seguiram ao golpe de 1964. Todas as organizações políticas que vieram a se formar na fase da ditadura militar mantiveram algum tipo de relacionamento com a Polop, cujas análises e propaganda política atuaram como um pólo irradiador de proposições revolucionárias.

Mas as condições gerais do período que se seguiu, marcadas pela consolidação da ditadura militar, pela depressão política do movimento operário e pela clandestinidade – aliadas à onda voluntarista que terminou prevalecendo na esquerda brasileira – selaram o destino da Organização. O cerco repressivo, as prisões, o exílio forçado, provocaram a desintegração do seu núcleo dirigente ao longo dos anos 70 e o fracionamento dos quadros remanescentes.

Com a anistia, verifica-se um movimento no sentido de reaglutinação da Organização. Tarde demais, pois o contingente de militantes disponíveis era demasiadamente reduzido e isolado do centro dinâmico das lutas sociais brasileiras: vivia-se uma conjuntura marcada pela retomada das greves operárias, pelo surgimento do PT e pela gestação da CUT. Reconhecendo a importância política própria do PT naquele momento – e sem deixar de entender os seus limites – a Polop aderiu ao novo Partido, terminando por dispersar-se no seu interior no início dos anos 80.

Mais informações: Pery Falcon – cvmbahia@gmail.com

Comments:
Pedimos ajuda na divulgação do Hino do PT.

Varios blogs estão cooperando e o Hino já atinge 2500 exibições em sua terceira semana.

Seu blog é importante para o nosso publico e poisso contamos com sua ajuda.



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Agradecemos sua colaboração sempre na seguinte perspecticva,. Além de um militancia aguerrida, uma bandeira maravilhosa, agora o PT tb tem um hino para deixar um tucano P da vida e um Demo de chifre em pé! (brincadeira)



Agradecemos de coração.

Obrigado;

PT Saudações.
 
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