11 de novembro de 2008

 

Até que enfim leio uma informação consistente sobre o fisco baiano. Foi preciso pagar um “Informe Publicitário”.

Como jornalista, eu me considero suficientemente alfabetizado e relativamente bem-informado. Digo relativamente porque a imprensa mente muito. Evitei me manifestar sobre a pendenga entre alguns servidores do fisco e o secretário da Fazenda, Carlos Martins, porque não estava entendendo nada. Os jornais somente davam a versão dos servidores. Agora me surpreendo com um “Informe Publicitário” no jornal A Tarde (11.11). Finalmente, leio alguma coisa que faz sentido. Lamentável que tenha sido necessário pagar por um esclarecimento.

O “Informe Publicitário” é assinado pelo Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia (Sindifaz). Fiquei sabendo que a Secretaria da Fazenda vai reestruturar as carreiras do fisco estadual e discute com o Sindifaz as modificações propostas. As mudanças contam com apoio de 90% dos fiscais da Fazenda e são aguardadas há 18 anos pela categoria.

O que vem prevalecendo na imprensa é a versão de um pequeno grupo elitista que sempre ocupou cargos de mando na Secretaria da Fazenda. Este grupo quer impedir, por interesse próprio, que se avance para uma carreira moderna e justa. A Bahia precisa saber que as mentiras repetidas pelo pequeno grupo elitista que atua no Fisco têm um motivo: manter privilégios individuais.

Falam até num inexistente “trem da alegria”. É falso. A proposta do governo NÃO prevê que agentes de tributos sejam transformados em auditores fiscais. A proposta NÃO prevê novos janeleiros, não permite que se repita o que aconteceu em 1989, quando Analistas Administrativos se transformaram em Auditores, sem concurso público, beneficiando alguns dos estridentes que protestam - falsos defensores de concurso e da moralidade.

Os que gritam contra as propostas da Secretaria da Fazenda são os mesmos que em 2006 aprovaram a carreira única no Fisco. À época, isso lhes era conveniente. Hoje, mudaram de posição e estão contra algo que é inferior ao que aprovaram quase que por unanimidade há dois anos.

O secretário Carlos Martins está tendo a coragem de enfrentar o atraso e fará a Bahia se igualar aos demais 25 estados da Federação, que já promoveram as mudanças nas carreiras do Fisco. As propostas do governo merecem aplauso de Auditores Fiscais, Agentes de Tributos e da sociedade em geral, pois vão adequar as atribuições dos cargos do Fisco às práticas efetivas de fiscalização existentes há décadas e ainda às mais recentes reformas tributárias.

A imprensa baiana tem que se mancar e parar de repetir mentiras de um pequeno grupo de servidores que só enxerga... seu próprio umbigo.

Comments:
Parabéns pelo texto. É a pura verdade o que foi dito e o cidadão brasileiro precisava saber.

Fiquei emocionado quando lí o texto; sou analista-tributário da Receita Federal e por aqui acontece a mesma coisa. Fiscais elitistas junto a um sindicato retrógado (Unafisco)fazem de tudo pra garantir privilégios e atribuições das mais genéricas no intuito de impedir avanços na legislação tributária por parte de categorias que realmente trabalham em prol do bom serviço público.
Agnelo Regis
 
Oldack, prezado, bom dia
Não serei palmatória do muindo ou adv=ogado do diabo, e sequer pretendo adentrar a caixa preta da arrecadação estadual -e olhe q, para matérias econômicas, não foi mais de uma vez q tentei deslindá-la.
Como servidor, q tbém ainda sou, pergunto: Pq alguns são tão mais iguais q outros, a exemplo dos serventuários e fazendários, q se não estão inteiramente bem, financeiramente, afastam-se anos luz acima dos míseros assalariados comuns, q prestam, igualmente, serviços públicos relevantes ??? A Lata agradece sua atenção e nossa eficiente parceria
abs
alf
 
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