13 de outubro de 2008

 

De Geddel pode surgir um “carlismo” de segunda geração

São preocupantes as análises feitas pelo cientista João Augusto de Castro Neves, da Consultoria CAC, e pelo cientista social Adriano Cerqueira, da Universidade Federal de Ouro Preto, sobre o significado das eleições na Bahia. Elas estão na revista CartaCapital desta semana.

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Na Bahia, historicamente dominada pela mão pesada de ACM, a política costuma se definir do interior em direção à capital. Agora, as votações municipais confirmam o ocaso do carlismo: “O PT continua em curso ascendente no Nordeste, aumentando sua presença em diferentes perfis da região e faz isso principalmente em cima do DEM”, afirma Adriano Cerqueira.

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“O antigo PFL perdeu cerca de 300 prefeituras no Brasil, mais da metade delas na Bahia. E lá quem ganhou foi o Geddel, que é um sobrevivente e emerge como contraponto ao PT”, afirma João Augusto de Castro Neves.

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Castro Neves enxerga na situação baiana indício de uma transição entre poderes tradicionais: “É uma oligarquia, mas não com as mesmas práticas. Nesse caso as lideranças são mais jovens e talvez menos identificadas com a figura de Geddel. Ele é menos personalista, POR HORA, do que foi ACM, e exerce o poder por meio do PMDB e dos recursos federais, já que como ministro da Integração Nacional ele lida diretamente com os municípios”.

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Castro Neves ainda afirma: “O grupo de Geddel pode se transformar em um carlismo de segunda geração ou diluir-se com o PT. Tudo depende do que acontecerá em 2010”.

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Quando Wagner se elegeu no primeiro turno, o carlismo dominava 367 dos 417 municípios baianos. Desde então cerca de 280 prefeitos ligados a ACM se transferiram para partidos que apóiam o governador. O PMDB de Geddel abrigou pouco mais de 100 deles.


CONCLUSÃO - Quem luta realmente pela transformação da Bahia precisa eleger Walter Pinheiro (PT) prefeito de Salvador. Ou vem Geddel como semente de um novo “carlismo” sem ACM.

Comments:
Este é o nosso grande risco. ressurgir a figura de um coronel e retornar o caudilismo.
Nesta eleição no primeiro turno tivemos que dizer não à aquele que se apresenta como principe herdeiro do capitão-do-mato e agora temos que dizer não à aquele que quer se tornar o novo coronel da bahia.
 
Preocupante, a ascenção/encenação de Geddel, não mede as palavras, político de modos ultrapassados, tratorista mor, por ora. E ainda usando o poder conferido a Lula e a Wagner, como se ele fosse o eleito. Está indo com muita sede ao pote, e passa longe dele a capacidade política de saber o que é uma aliança.

Desinfectar o ambiente político, eleger Walter Pinheiro, é um dos modos das forças obscuras não retornarem do túmulo, levando a Bahia novamente às trevas.

O horror! The horror!
 
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