17 de setembro de 2008

 

"Vacina" contra burrice não funciona com mentira

Levi Vasconcelos, na coluna Tempo Presente do jornal A Tarde (17) com o título “Neto e a “vacina da surra” comenta:

Há muito ACM Neto sabe do potencial destruidor do que é brigar com Lula numa campanha. Tem “em casa” o exemplo de Paulo Souto. Agora, em 2008, tenta evitar o inevitável, aparecer como o anti-Lula.

Neto fugiu de embates com Lula e Wagner como o diabo da cruz desde o início. Mas até por liderar pesquisas, a evocação do passado recente, os idos de 2005, no auge da crise do mensalão, quando ameaçou dar uma “uma surra” em Lula, era inevitável, e ele sabia que o episódio fatalmente viria à cena.

Tentou precaver-se, criando aquilo que no marketing político chama “vacina” (no caso, a história de que ele, Heloísa Helena – então senadora do PSOL – e Arthur Virgílio – ainda senador – estavam sendo seguidos, ou investigados, por agentes da ABIN).

Mas a força do ataque parece ter sido bem mais virulenta do que a eficácia do antídoto. Os marqueteiros reforçaram a dose. O Neto que aparece na TV agora é outro. Se diz mais “amadurecido” e faz mea culpa sobre a história da “surra” em Lula.

- Talvez a reação (sobre a ABIN) tenha sido exagerada. Hoje eu não faria um discurso daquele.

Convence?

É como diria o médico ao paciente aflito: “fiz o que pude. Agora é esperar”. E rezar, claro.

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Faltou dizer que mentira tem pernas curtas. Que perseguição que nada. ACM Neto na crise do suposto mensalão se aproveitava das telas de TV para radicalizar a oposição ao presidente Lula e ao PT. Só faltava babar. E inventou a historinha fajuta de perseguição, para justificar a estúpida declaração de que iria “dar uma surra” no presidente Lula.

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