28 de fevereiro de 2008

 

"Se porrada educasse bandido sairia santo da cadeia"

A frase acima é do presidente Lula que, implicitamente, denunciou o regime de tortura e porrada imperante nas delegacias e prisões brasileiras. A polícia baiana pensa diferente do presidente Lula. Agora mesmo, por determinação da Justiça, o delegado titular da 1ª Circunscrição Policial de Porto Seguro, Robério Farias Reis, e os agentes policiais Jorge Alves dos Santos, Norma Lúcia Assis de Jesus, Wberlan Marinho Mendes e Alessandro César Carvalho, foram afsstados do cargo.

Os cinco "representantes da lei" são acusados pelo promotor de Justiça, Dioneles Leone Santana Filho, de torturar os presos "com requintes de crueldade". Segundo o representande do MP, ficou constatado que os 130 presos, dentre eles mulheres e adolescentes, foram mantidos nus durante todo o mês de janeiro, como forma de punição e diversos deles alegaram serem vítimas de espancamentos diários.

O promotor denuncia que os presos não vêm recebendo atendimento médico, nem mesmo aqueles acometidos por tuberculose. Cópia da decisão de afastamento e dos autos foi remetida para a Secretaria de Segurança Pública da Bahia para que sejam adotadas as medidas administrativas cabíveis.

Se isso for adiante, as delegacias baianas vão ficar desertas. Os integrantes tanto da polícia civil quanto da polícia militar internalizaram a ideologia da violência. Acham seriamente que "estão em guerra" contra os bandidos, "guerra contra o crime". Mas guerra pressupõe o aniquilamento físico do "inimigo". Daó o tratamento ilegal e bárbaro aos presos, daí os cadáveres levados pela PM ao IMLcom relato de supostas resistências à prisão.

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