16 de dezembro de 2007
Não dou a mínima para a greve de fome do bispo
A chantagem da inusitada greve de fome do bispo de Barra (BA), dom Luiz Cappio, contra as obras da transposição das águas do rio São Francisco, não está funcionando. O presidente Lula, eleito por mais de 60% dos votos dos brasileiros, não pode se curvar à vontade de um homem só. Não aceito a convocação dos padres da CNBB. Não vou me unir a este ato de fanatismo religioso. Quando estávamos presos por fazer oposição à ditadura militar, fizemos greve de fome contra a tortura, a ameaça à vida de companheiros, à censura dos cárceres que nos queria calar. Fizemos greve de fome, mas estávamos presos, não havia alternativas. Não aceito a banalização de uma forma de luta tão importante. Neste domingo, vou procurar o restaurante mais caro da Bahia, vou convidar meus amigos, filhos e netos, vou dar um banquete. Vou comemorar a posição firme do presidente Lula, mas, antes, vou passar pela Orla Marítima e visitar a Feira da Economia Solidária, organizada com apoio do governo Wagner e do Governo Lula. Não dou a mínima para a greve de fome deste padre fanático.