16 de novembro de 2007
Sobre a parte boa da Folha de S. Paulo
Na cobertura política, a Folha de S. Paulo deixou há muito de ser referência, desde que radicalizou seu anti-petismo, seu anti-lulismo, ao lado de uma estranha simpatia pelo tucanato paulista e uma perigosa ojeriza pelos políticos. Mas, tudo tem dois lados. A Folha Ilustrada, por exemplo, ainda é um lugar de leitura.
Outro dia mesmo, li matéria sobre produtos gastronômicos ameaçados de extinção. Minha ignorância sobre o assunto era quase total. Existe uma Associação Slow Food que identifica produtos em risco de desaparecimento. A coisa é grave no Brasil. Das 750 espécies ameaçadas de extinção, no mundo, 23 são do Brasil. A Slow Food apóia projetos chamados de Fortalezas que visam à produção sustentável. Assim, há a Fortaleza do Umbu, fruta nativa da caatinga, mas de grande ocorrência no semi-árido baiano de Uauá, Curaçá e Canudos.
A Fortaleza do Umbu apóia projetos que preservem o umbu e o transformem em doces e geléias. Nos três municípios baianos foram implantas mini-fábricas de doces, geléias e polpa pasteurizada. Da produção 55% vai para a merenda escolar, aquecendo a economia local, 30% vai para o exterior, como França e Áustria, 10% é vendida em feiras e exposições e 5% fica no mercado regional.
Exportar dá mais resultado para os trabalhadores da ecogastronomia, pela intervenção da Associação Comércio Justo que deposita 50% antecipadamente, Aqui, no Brasil, os supermercados da “livre iniciativa” e da “mão invisível” paga apenas 60 dias depois, sem participar em nada da produção. Uma imoralidade própria da natureza do comércio capitalista.
O catálogo organizado chama-se Arca do Gosto, numa óbvia alusão à Arca de Noé. Já são sete os produtos brasileiros transformados em Fortalezas: Néctar de abelhas nativas, feijão canapu, guaraná Sateré-Maué, palmito Juçara, castanha-de-baru, arroz vermelho e, claro, o umbu. Mas a lista inclui o peixe pirarucu, o coco babaçu e o marmelo. Vocês já notaram como a marmelada desapareceu?
Mais informações em www.slowfoodbrasil.com
Outro dia mesmo, li matéria sobre produtos gastronômicos ameaçados de extinção. Minha ignorância sobre o assunto era quase total. Existe uma Associação Slow Food que identifica produtos em risco de desaparecimento. A coisa é grave no Brasil. Das 750 espécies ameaçadas de extinção, no mundo, 23 são do Brasil. A Slow Food apóia projetos chamados de Fortalezas que visam à produção sustentável. Assim, há a Fortaleza do Umbu, fruta nativa da caatinga, mas de grande ocorrência no semi-árido baiano de Uauá, Curaçá e Canudos.
A Fortaleza do Umbu apóia projetos que preservem o umbu e o transformem em doces e geléias. Nos três municípios baianos foram implantas mini-fábricas de doces, geléias e polpa pasteurizada. Da produção 55% vai para a merenda escolar, aquecendo a economia local, 30% vai para o exterior, como França e Áustria, 10% é vendida em feiras e exposições e 5% fica no mercado regional.
Exportar dá mais resultado para os trabalhadores da ecogastronomia, pela intervenção da Associação Comércio Justo que deposita 50% antecipadamente, Aqui, no Brasil, os supermercados da “livre iniciativa” e da “mão invisível” paga apenas 60 dias depois, sem participar em nada da produção. Uma imoralidade própria da natureza do comércio capitalista.
O catálogo organizado chama-se Arca do Gosto, numa óbvia alusão à Arca de Noé. Já são sete os produtos brasileiros transformados em Fortalezas: Néctar de abelhas nativas, feijão canapu, guaraná Sateré-Maué, palmito Juçara, castanha-de-baru, arroz vermelho e, claro, o umbu. Mas a lista inclui o peixe pirarucu, o coco babaçu e o marmelo. Vocês já notaram como a marmelada desapareceu?
Mais informações em www.slowfoodbrasil.com