21 de novembro de 2007

 

Parlamentar do PT exige investigação do monopólio do Grupo Abril

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda não tem data para avaliar o negócio que, possivelmente, formou um monopólio do setor de distribuição de revistas no Brasil. O Grupo Abril, detentor de 70% do mercado de distribuição, adquiriu, no mês de outubro, a empresa Fernando Chinaglia Distribuidora.

Preocupado com a situação, o deputado Luiz Couto (PT-PB), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, encaminhou um ofício pedindo esclarecimentos ao Cade.

O parlamentar quer saber qual a participação no mercado da distribuidora Fernando Chinaglia, até a data da venda ao grupo Abril; bem como qual a participação no mercado da Dinap (empresa do Grupo Abril), antes da compra da Fernando Chinaglia.

Além disso, o parlamentar petista questiona se, neste caso, a soma de participação no mercado ultrapassar um percentual de 70% estaria confirmada a desobediência às regras de concorrência do mercado. “Se não, quais os critérios utilizados para se configurar uma burla às leis de concorrência do mercado?”.

Luiz Couto diz ficar preocupado com esse tipo de movimento. “Isso é extremamente grave”. O deputado lembra o caso das cervejarias que, segundo ele, é parecido. Couto acha que isso é muito ruim para o país.

Caso seja confirmado o monopólio pelo órgão, o parlamentar encaminhará ao ministério público uma representação pedindo o cancelamento do negócio.
A assessoria de imprensa do Cade informou que ainda não existe data para avaliação do negócio. O site do Conselho informa que neste ano só vão acontecer duas reuniões, podendo ser convocada uma extraordinária para avaliar o negócio.

CPI Abril-Telefônica

O deputado petista, signatário da CPI da Abril-Telefônica, não se espantou com o negócio. De acordo com ele, outros problemas de natureza “parecida” já foram registrados. É o caso da venda da empresa TVA – do Grupo Abril – ao grupo espanhol Telefônica. “Nós precisamos que esses fatos sejam esclarecidos”. Ele exige que a verdade seja elucidada nos dois casos.

O congressista paraibano lamenta que a CPI Abril-Telefônica não tenha sido instalada. Couto lembra que o número de assinaturas foi suficiente e existiu fato determinado. “A não instalação da CPI é um grande problema”.

“Posso até dizer que fui procurado para retirar assinatura e disse que não retiraria. Então quando acontecem essas questões, com certeza se demostra que podem ter interesses outros por trás”.

Fonte Portal Vermelho

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