22 de agosto de 2007
Por que resgatar a memória de Teófilo Benedito Ottoni
Fonte: Blog Bicentenário de Teófilo Benedito Ottoni
http://www.teofilootoni.blogspot.com/
No final de novembro, dia 27, deste ano será comemorado o bicentenário de nascimento de Teófilo Benedito Otoni em várias cidades de Minas Gerais, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Teófilo Ottoni lutou, por toda sua vida, pela República, pelo desenvolvimento econômico, social, cultural e político do país.
Resgatar sua história, seu exemplo, contribui para estimular a cidadania ativa, ética e participativa das gerações presentes e futuras.
Com 19 anos, entrou para a Escola da Marinha no Rio de Janeiro, onde se relacionou com os círculos maçons clandestinos, ligados a Evaristo da Veiga e Rodrigues Torres, fazendo parte do Clube de Amigos Unidos, sociedade secreta.
Em 1830, percebendo-se cerceado na Marinha pelas suas idéias, volta ao Serro onde funda o jornal “SENTINELLA DO SERRO”, porta-voz de suas propostas de vanguarda, fechado em 1932 por determinação de Feijó. No Serro funda a “Sociedade Promotora do Bem Público”.
Em 1933 lidera o batalhão de voluntários para lutar contra a sedição militar dos Conservadores em Vila Rica: VAI ÀS ARMAS pela primeira vez. Foi vereador, deputado provincial à Assembléia Legislativa em 1835/1838 e 1839/1842. Em 1838, foi eleito para a Assembléia Geral (Câmara dos Deputados) no Rio de Janeiro. Em 1845, é eleito novamente deputado geral, sendo reeleito em 1848. Em 1861, volta ao parlamento federal e é novamente reeleito em 1864.
Combativo, inquieto, culto, com o dom da palavra, Teófilo Ottoni entra em colisão com os conservadores e o poder quando da “Lei de Interpretação do Ato Adicional”, retrocesso ante as conquistas liberais em 1834. Em 1840, os liberais vencem as eleições defendendo a antecipação da maioridade de Pedro II e combatendo o retrocesso.
No ano seguinte as eleições são anuladas e os liberais resolvem ir ÀS ARMAS. Em agosto de 1842, Teófilo Ottoni é derrotado em Santa Luzia pelo Duque de Caxias, preso levado à Vila Rica.
Faz sua própria defesa; edita com pseudônimo, desde a prisão, “O ITACOLOMI” onde critica o governo imperial e defende os revolucionários “luzias”. Em 1843 é julgado e absolvido em Mariana.
Desencantado com a cooptação dos liberais, volta-se para o empreendedorismo. Abre uma casa comercial na rua Direita no Rio, em 1844. Em 1847, funda a Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri. Em 1853, inicia a construção de Filadélfia (“cidade do Amor Fraterno”).
A escolha do nome denota a influencia de Thomas Jefferson. Ao invés do extermínio, alcança acordo com os indígenas. Traz 100 chineses para a construção da estrada até Santa Clara.
Em 1856, chegam os alemães e também imigrantes holandeses, belgas, suíços, portugueses, espanhóis. Em 1857, Filadélfia vira distrito e é INAUGURADA A PRIMEIRA ESTRADA de rodagem do Brasil, com 170 quilômetros e mais de 50 pontes.
Em Filadélfia (posteriormente Teófilo Otoni) abre escola de esperanto, um jornal, igreja católica e luterana, estimula a agricultura e a pecuária. Contra sua vontade, a Cia. do Mucuri é encampada em 1860.
Fisicamente fragilizado pelas repetidas crises de impaludismo, contraídas nas matas do Mucuri, Teófilo Ottoni retoma suas atividades políticas na capital do país, retomando a liderança dos liberais, e luta pelo federalismo, pela República e pelo desenvolvimento.
ÍDOLO POPULAR, lidera as manifestações contra os ingleses na Questão Christie e ante a ameaça de bombardeio do Rio por canhoneiras inglesas.
De 1853 a 1857 foi diretor do Banco do Brasil, refundado por Mauá após a proibição do tráfico de escravos, para canalizar os capitais daí para outros empreendimentos. Seus escritos e discursos, as dezenas de publicações sobre sua história, idéias e feitos mostram o republicano, um homem futurista, defensor da indústria, da agricultura diversificada, da construção de estradas, ferrovias, da navegação fluvial, de uma cultura nacional.
Na célebre publicação sobre a estátua eqüestre de Pedro I (onde hoje é a praça Tiradentes, no Rio) ele reivindica para os movimentos libertários, como os “inconfidentes” e os “pernambucanos”, os méritos da independência. No entanto, esta pessoa extraordinária, exemplo de altruísmo, coragem, obstinação, superação, permanece pouco conhecida até mesmo em Minas Gerais.
http://www.teofilootoni.blogspot.com/
No final de novembro, dia 27, deste ano será comemorado o bicentenário de nascimento de Teófilo Benedito Otoni em várias cidades de Minas Gerais, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Teófilo Ottoni lutou, por toda sua vida, pela República, pelo desenvolvimento econômico, social, cultural e político do país.
Resgatar sua história, seu exemplo, contribui para estimular a cidadania ativa, ética e participativa das gerações presentes e futuras.
Com 19 anos, entrou para a Escola da Marinha no Rio de Janeiro, onde se relacionou com os círculos maçons clandestinos, ligados a Evaristo da Veiga e Rodrigues Torres, fazendo parte do Clube de Amigos Unidos, sociedade secreta.
Em 1830, percebendo-se cerceado na Marinha pelas suas idéias, volta ao Serro onde funda o jornal “SENTINELLA DO SERRO”, porta-voz de suas propostas de vanguarda, fechado em 1932 por determinação de Feijó. No Serro funda a “Sociedade Promotora do Bem Público”.
Em 1933 lidera o batalhão de voluntários para lutar contra a sedição militar dos Conservadores em Vila Rica: VAI ÀS ARMAS pela primeira vez. Foi vereador, deputado provincial à Assembléia Legislativa em 1835/1838 e 1839/1842. Em 1838, foi eleito para a Assembléia Geral (Câmara dos Deputados) no Rio de Janeiro. Em 1845, é eleito novamente deputado geral, sendo reeleito em 1848. Em 1861, volta ao parlamento federal e é novamente reeleito em 1864.
Combativo, inquieto, culto, com o dom da palavra, Teófilo Ottoni entra em colisão com os conservadores e o poder quando da “Lei de Interpretação do Ato Adicional”, retrocesso ante as conquistas liberais em 1834. Em 1840, os liberais vencem as eleições defendendo a antecipação da maioridade de Pedro II e combatendo o retrocesso.
No ano seguinte as eleições são anuladas e os liberais resolvem ir ÀS ARMAS. Em agosto de 1842, Teófilo Ottoni é derrotado em Santa Luzia pelo Duque de Caxias, preso levado à Vila Rica.
Faz sua própria defesa; edita com pseudônimo, desde a prisão, “O ITACOLOMI” onde critica o governo imperial e defende os revolucionários “luzias”. Em 1843 é julgado e absolvido em Mariana.
Desencantado com a cooptação dos liberais, volta-se para o empreendedorismo. Abre uma casa comercial na rua Direita no Rio, em 1844. Em 1847, funda a Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri. Em 1853, inicia a construção de Filadélfia (“cidade do Amor Fraterno”).
A escolha do nome denota a influencia de Thomas Jefferson. Ao invés do extermínio, alcança acordo com os indígenas. Traz 100 chineses para a construção da estrada até Santa Clara.
Em 1856, chegam os alemães e também imigrantes holandeses, belgas, suíços, portugueses, espanhóis. Em 1857, Filadélfia vira distrito e é INAUGURADA A PRIMEIRA ESTRADA de rodagem do Brasil, com 170 quilômetros e mais de 50 pontes.
Em Filadélfia (posteriormente Teófilo Otoni) abre escola de esperanto, um jornal, igreja católica e luterana, estimula a agricultura e a pecuária. Contra sua vontade, a Cia. do Mucuri é encampada em 1860.
Fisicamente fragilizado pelas repetidas crises de impaludismo, contraídas nas matas do Mucuri, Teófilo Ottoni retoma suas atividades políticas na capital do país, retomando a liderança dos liberais, e luta pelo federalismo, pela República e pelo desenvolvimento.
ÍDOLO POPULAR, lidera as manifestações contra os ingleses na Questão Christie e ante a ameaça de bombardeio do Rio por canhoneiras inglesas.
De 1853 a 1857 foi diretor do Banco do Brasil, refundado por Mauá após a proibição do tráfico de escravos, para canalizar os capitais daí para outros empreendimentos. Seus escritos e discursos, as dezenas de publicações sobre sua história, idéias e feitos mostram o republicano, um homem futurista, defensor da indústria, da agricultura diversificada, da construção de estradas, ferrovias, da navegação fluvial, de uma cultura nacional.
Na célebre publicação sobre a estátua eqüestre de Pedro I (onde hoje é a praça Tiradentes, no Rio) ele reivindica para os movimentos libertários, como os “inconfidentes” e os “pernambucanos”, os méritos da independência. No entanto, esta pessoa extraordinária, exemplo de altruísmo, coragem, obstinação, superação, permanece pouco conhecida até mesmo em Minas Gerais.