6 de junho de 2007

 

Chávez, o povo venezuelano e os cavaleiros do apocalipse

A edição de 6 de junho da revista Carta Capital (A Mídia faz Política) é de uma importância inesgotável para o atual e necessário debate sobre as relações da mídia, Estado e opinião pública.

Leiam um trecho da matéria assinada por Luiz M. C. Costa:

“(...) As concessões das tevês venezuelanas teriam sido cassadas há anos e seus dirigentes ainda estariam atrás das grades. O que teria acontecido, em qualquer país desenvolvido, com uma emissora que participasse de uma conspiração para depor o governo eleito de seu próprio país?

Segundo Patrick McElgwee, da ONG estadunidense Just Foreign Policy, “o caso da RCTV não é de censura de opinião política. Um governo, por meio de um processo falho, deixou de renovar a concessão de uma empresa que não a teria conseguido em outras democracias, inclusive os Estados Unidos.

De fato, é espantoso, francamente, que essa companhia tenha tido permissão de transmitir por cinco anos após o golpe e que o governo Chávez tenha esperado pelo fim da licença para lhe tirar a permissão de usar o espectro público”.

Nos dias que precederam o golpe de abril de 2002, as quatro principais redes – Venevisión, RCTV, Televen e Globovisión – apelidadas por Chávez de “cavaleiros do apocalipse”, trocaram a programação regular por discursos anti-chavistas e convocações aos espectadores para ocupar as ruas: “Nenhum passo atrás. Saia!Saia agora!. Esses anúncios eram patrocinados pelo PDSA, ainda controlada pela oposição, mas as emisoras o colocavam no ar como “de interesse público”.

Na noite do golpe, os conspiradores, inclusive o candidato a ditador Pedro Carmona, reuniram-se na emissora do poderoso empresário Gustavo Cisneros – a Venevisión. O presidente da Televen, Omar Camero, e a co-proprietária do Canal Metropolitano de Televisón (CMT), Albertina Petricca, foram signatários, juntamente com outros empresários, do decreto que empossou Carmona e dissolveu a Assembléia Nacional.

Os golpistas seqüestraram o presidente Chávez e as emissoras anunciaram que ele “havia renunciado”. Quando o povo e os militares reagiram, e Chávez voltou ao Palácio, as emissoras colocaram desenho animado (Tom e Jerry) no ar.

NOTA DO BLOG: E os senadores corruptos do Brasil, a mídia e alguns jornalecos de merda querem nos convencer de que Chávez é que é o ditador. “Ditadorzinho patético”, como o chamou nossa Tribuna da Bahia, de Salvador. Faltam leitura e informação aos editores. Ou é má-fé mesmo.

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