3 de junho de 2007

 

Carta Capital mostra mídia partidarizada e expõe as vísceras da RCTV golpista da Venezuela, felizmente fora do ar

A edição da Carta Capital que chegou às bancas neste domingo (3) discute a “partidarização” da mídia no mundo inteiro. O Brasil é um exemplo exuberante dessa mídia que deixou de ser objetiva para mergulhar no processo político sempre pela direita conservadora.

Carta Capital discute a mídia brasileira a partir do episódio Renan Calheiro, da mídia americana, que “pegou em armas” para invadir o Iraque, da mídia francesa, que ajudou a eleger Sarkozy e, por fim, a RCTV da Venezuela que protagonizou o golpe de Estado fracassado contra Chávez.

A Carta Capital pergunta quem manda mais: Os governantes, os líderes políticos ou os donos da mídia?

A recomendação foi feita pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu site conversa Afiada.

O fato é que se Chávez é ameaça à livre expressão, os oligopólios da informação também o são muito mais.

A mídia, ao criticar Chávez por suspender a concessão da golpista Rádio Caracas Television (RCTV), invariavelmente esconde que a rede não só financiou como participou da organização do golpe militar que depôs Hugo Chávez por 48 horas em 2002. O golpe só foi abortado porque o povo foi às ruas.

Na Venezuela, a ameaça à democracia é a própria mídia, e não Hugo Chávez, eleito legitimamente em eleições acompanhadas de perto por órgãos internacionais, delegações de países do mundo inteiro, inclusive a ONU.

Não há como criticar Chávez por supostamente querer o monopólio da informação na Venezuela, simplesmente porque o monopólio da informação já existia e não era estatal, era privado.

O que é mesmo espantoso é que a RCTV tenha tido permissão de transmitir por cinco anos após o golpe e que o governo Chávez tenha esperado pelo fim da licença para lhe tirar a permissão de usar o espectro público.

Nestes cinco anos, a RCTV voltou a pregar abertamente o golpe militar. Há poucos dias mostrou cenas de uma manifestação contra o assassinato de um jornalista no México como se fossem cenas de protestos contra o fechamento da RCTV na Venezuela.

Da Flórida, os “democratas” da RCTV, aliados à CIA, colocaram no ar (Canal 22) o ator Orlando Urdaneta pedindo o assassinato de Chávez “com um rifle de mira telescópica”.

Tem gente que devia estar na cadeia e não dirigindo Rede de TV. Aqui como lá.

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