22 de fevereiro de 2007

 

A volta de José Dirceu é inevitável, apesar dos jornalistas de aluguel

O primeiro passo foi a decisão pessoal de José Dirceu. A idéia é a de que movimentos populares recolham 1,5 milhão de assinaturas propondo o retorno do ex-ministro Chefe da Casa Civil ao mundo político.

Embora o jornal Estadão e seus jornalistas de aluguel não queiram admitir, a cassação do mandato parlamentar de José Dirceu foi um ato de força, baixado por um Congresso fraco e acuado pela mídia. No Estadão, até hoje a notícia é condimentada com uma leve sugestão de “escândalo”.

O último artigo foi do jornalista José Nêumane. A verdade é que Zé Dirceu foi cassado por meras suspeitas de envolvimento no equivocadamente chamado escândalo do mensalão. Foi cassado politicamente, sem provas, numa inversão das normas universais do Direito, segundo as quais aos acusadores cabe o ônus da prova e o acusado, até prova em contrário, se beneficia da presunção da inocência. Para os 300 picaretas do Congresso Nacional bastou a presunção da culpa.

Um novo passo pela anistia de Zé Dirceu foi dado quando o Assessor EspeciaL para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio, defendeu abertamente a idéia. “Quando o projeto vier é claro que apóio”, afirmou Marco Aurélio recentemente em São Paulo.

A mídia conservadora, jornalistas de aluguel, do tipo que povoam as redações da Folha de S. Paulo, Estadão e jornais associados como Jornal da Tarde, tentaram confundir a opinião pública misturando a agenda da reunião do PT em Salvador, com a agenda do cidadão e político José Dirceu. Foram desmentidos pelos fatos.

A posição do jornalista José Nêumane é muito estúpida. No Espaço Aberto do Estado de S. Paulo (21/02/207) ele manifesta sua pequenez no artigo intitulado “A Quem Importa a Anistia de José Dirceu?”.

Ele afirma que o assunto não é de interesse público e sim meramente pessoal, restrito a um grupo de aliados, amigos, apadrinhados que têm interesses nas fatias de poder. Chega a ser ridículo o argumento, porque este seria o caminho mais complicado para se chegar a tais “benefícios”. Não cola, cara, não cola.

Nêumane acha que não interessa se a questão é justa ou não. E argumenta que Dirceu foi cassado legalmente, teve amplo direito de defesa. Está obviamente mentindo. Nada provaram contra José Dirceu e até hoje o STF não se pronunciou. E, para justificar o aleijão jurídico dos picaretas do Congresso, lembra que Collor também foi cassado sem provas. Está novamente mentindo o jornalista.

No final, José Nêumane admite que o pleito pode até ser justo, mas, é um pleito exclusivamente dele, Dirceu. Se isso fosse verdade, já bastaria para legitimar o pleito, ou seja, o direito de todo cidadão pleitear justiça.

Nêumane tenta reduzir a liderança política de Dirceu a um grupo de amigos interesseiros. É evidente a má fé. Mesmo sendo jornalista de aluguel – escreve editoriais para seus patrões – não há como desconhecer que José Dirceu exerce enorme influência no mundo político e na sociedade.

Não há como desconhecer quando ele faz declarações públicas ou quando as registra em seu blog. Não se trata de veneração política como quer impor o editorialista de direita.

Muito menos ideologia, como pretende confundir ao vincular Dirceu às ditaduras estalinistas. Esse discurso envelhecido do Estadão não convence mais. Está desmoralizado. Quando os comunistas cassavam seus dissidentes, esse tipo de mídia protestava. Quando os capitalistas do Congresso Nacional cassam politicamente e sem provas eles estão certos?

Nem conheço pessoalmente José Dirceu. Sou a favor de sua anistia. E não leio o Estadão, quando leio, não leio seus editoriais e quando leio seus editoriais não dou a menor importância.

ANISTIA PARA JOSÉ DIRCEU


Comments:
venho acompanhando com atenção seus comentários sobre a volta do Dirceu,e logo que comecem as assinaturas quero ser a primeira a assinar pois nunca acreditei nos fatos imputados a ele.Excelentes comentários sou sua fã.Nancy
 
Octávio Gomes, coordenador do Colégio de Presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil, também ouvido pelo Consultor Jurídico, assinalou:

"O José Dirceu, do mesmo modo que o candidato dele, o Lula, está fomentando a luta de classes, o que é um retrocesso. Ele não tem porque reclamar do Judiciário, que na verdade é até benevolente com o governo deles. O Zé Dirceu tinha mais era de explicar o Valerioduto, o Delubio Soares, o Silvinho Pereira, tinha mais era que explicar de onde veio o dinheiro para comprar o dossiê. Ele sonha com os tempos da ditadura, quando tinha motivos para se passar por vítima. Ele tem o ranço do guerrilheiro, não sabe viver em democracia e tem saudades dos tempos em que viveu em Cuba".
 
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