18 de novembro de 2006
Não se pode levar a revista Veja a sério
Passei os olhos no exemplar da Veja de 15 de novembro, aquela da capa do Bush nu. É um festival de besteiras. Para vender anúncio de café, o editor executivo Márcio Aith pilotou reportagem sobre o hábito de consumo da bebida. Não passa de anúncio disfarçado da rede Starbuck, que começa a chegar ao Brasil.
Na sessão de cartas, o editor seleciona as dos leitores antilula, naturalmente. Chegam a ser ridículas. Tem até carta do governador mineiro Aécio Neves, escrita pela assessoria de imprensa, se solidarizando oportunisticamente com jornalistas suspeitos de envolvimento com o crime. O oba-oba pró Aécio Neves não evita a repetição do oba-oba mais adiante. Muito parecido com as armações midiáticas de Collor (à época o superCollor) a Veja publica foto do governador mineiro fantasiado de motociclista. Uau.
Pela segunda vez a revista planta notinha citando o governador eleito da Bahia Jaques Wagner. Na semana anterior, Lauro Jardim acatou nota plantada a favor (ou contra?) Antônio Imbassahy, que seria secretariável do PSDB baiano. Nesta semana, do Bush, acata uma notinha vacinando contra uma reivindicação antiga do povo baiano, que é a volta do nome do Aeroporto Dois de Julho, rebatizado pelo soba ACM de ALEM – Aeroporto Luis Eduardo Magalhães. O PT da Bahia tem mais o que fazer. Mas esta é uma velha reclamação que mais cedo ou mais tarde terá que ser atendida pela Câmara dos Deputados. A mudança do nome foi uma violência cultural contra os baianos.
Tem uma notinha hostilizando o apresentador, agora eleito deputado federal, Clodovil, que tem a língua solta. A nota afirma que imunidade parlamentar vai garantir as aprontações do apresentador. A imunidade parlamentar, como se sabe, se limita ao que um parlamentar afirma da tribuna, nunca na mídia. É uma desinformação consciente.
Há outra notinha caluniosa contra o PT da Bahia, que afirma que prefeitos do PFL iriam para o PT, de olho nas verbas estaduais. Bobagem política, como qualquer vivente sabe. Até porque o PFL deixou terra arrasada, a Bahia tem muita dívida, isso sim.
A reportagem sobre o PMDB é visivelmente carta-marcada. Sem credibilidade. Mas a pior é do jornalista Policarpo Júnior sobre a Polícia Federal. Policarpo é aquele que escreveu duas reportagens inventadas sobre o falso envolvimento de petistas na suposta sabotagem do cacau da Bahia, através da disseminação da praga vassoura-de-bruxa.
A “fonte” era um rapaz visivelmente deficiente mental, como revelou a CPI do Cacau. Aliás, o inquérito policial foi arquivado por absoluta falta de materialidade e provas. Era apenas uma peça de ficção política, gestada nos subterrâneos do PFL, com o objetivo final de atingir a candidatura Lula. Não deu certo.
Há, sim, suspeitas de rios de dinheiro correndo na operação. Mas o jornalista Policarpo Júnior fugiu de seu dever cidadão e se recusou a comparecer à CPI do Cacau. Ficou com medo do quê? Pois este mesmo jornalista afirma que os números dos telefones grampeados legalmente de jornalistas da Folha de São Paulo eram de jornalistas que “estavam no cumprimento do dever”.
Como é que ele sabe que estavam no “cumprimento do dever”? Também grampeou os telefones dos jornalistas para ter tanta certeza? Certamente, quando este Policarpo Júnior andou por Itabuna para montar a farsa das duas reportagens sobre a sabotagem do cacau por petistas, também estava “no cumprimento do dever”.
Daria tudo para saber quanto custou aos marqueteiros baianos do PFL essa armação que felizmente não foi levada a sério. A principal vítima, Geraldo Simões, acabou eleito deputado federal, com quase 90 mil votos. Quem pode levar a revista Veja a sério?
Por último, o Diogo Mainardi está cada dia mais pândego. Me divirto muito com seus textos. Esse do “Lula entende de Matisse” é uma choradeira danada. Parece que a Editora Abril quer todo o dinheiro do mundo só para ela e para reclamar soltou o Mainardi para a representar. É, não dá mesmo para levar a revista a sério.
Na sessão de cartas, o editor seleciona as dos leitores antilula, naturalmente. Chegam a ser ridículas. Tem até carta do governador mineiro Aécio Neves, escrita pela assessoria de imprensa, se solidarizando oportunisticamente com jornalistas suspeitos de envolvimento com o crime. O oba-oba pró Aécio Neves não evita a repetição do oba-oba mais adiante. Muito parecido com as armações midiáticas de Collor (à época o superCollor) a Veja publica foto do governador mineiro fantasiado de motociclista. Uau.
Pela segunda vez a revista planta notinha citando o governador eleito da Bahia Jaques Wagner. Na semana anterior, Lauro Jardim acatou nota plantada a favor (ou contra?) Antônio Imbassahy, que seria secretariável do PSDB baiano. Nesta semana, do Bush, acata uma notinha vacinando contra uma reivindicação antiga do povo baiano, que é a volta do nome do Aeroporto Dois de Julho, rebatizado pelo soba ACM de ALEM – Aeroporto Luis Eduardo Magalhães. O PT da Bahia tem mais o que fazer. Mas esta é uma velha reclamação que mais cedo ou mais tarde terá que ser atendida pela Câmara dos Deputados. A mudança do nome foi uma violência cultural contra os baianos.
Tem uma notinha hostilizando o apresentador, agora eleito deputado federal, Clodovil, que tem a língua solta. A nota afirma que imunidade parlamentar vai garantir as aprontações do apresentador. A imunidade parlamentar, como se sabe, se limita ao que um parlamentar afirma da tribuna, nunca na mídia. É uma desinformação consciente.
Há outra notinha caluniosa contra o PT da Bahia, que afirma que prefeitos do PFL iriam para o PT, de olho nas verbas estaduais. Bobagem política, como qualquer vivente sabe. Até porque o PFL deixou terra arrasada, a Bahia tem muita dívida, isso sim.
A reportagem sobre o PMDB é visivelmente carta-marcada. Sem credibilidade. Mas a pior é do jornalista Policarpo Júnior sobre a Polícia Federal. Policarpo é aquele que escreveu duas reportagens inventadas sobre o falso envolvimento de petistas na suposta sabotagem do cacau da Bahia, através da disseminação da praga vassoura-de-bruxa.
A “fonte” era um rapaz visivelmente deficiente mental, como revelou a CPI do Cacau. Aliás, o inquérito policial foi arquivado por absoluta falta de materialidade e provas. Era apenas uma peça de ficção política, gestada nos subterrâneos do PFL, com o objetivo final de atingir a candidatura Lula. Não deu certo.
Há, sim, suspeitas de rios de dinheiro correndo na operação. Mas o jornalista Policarpo Júnior fugiu de seu dever cidadão e se recusou a comparecer à CPI do Cacau. Ficou com medo do quê? Pois este mesmo jornalista afirma que os números dos telefones grampeados legalmente de jornalistas da Folha de São Paulo eram de jornalistas que “estavam no cumprimento do dever”.
Como é que ele sabe que estavam no “cumprimento do dever”? Também grampeou os telefones dos jornalistas para ter tanta certeza? Certamente, quando este Policarpo Júnior andou por Itabuna para montar a farsa das duas reportagens sobre a sabotagem do cacau por petistas, também estava “no cumprimento do dever”.
Daria tudo para saber quanto custou aos marqueteiros baianos do PFL essa armação que felizmente não foi levada a sério. A principal vítima, Geraldo Simões, acabou eleito deputado federal, com quase 90 mil votos. Quem pode levar a revista Veja a sério?
Por último, o Diogo Mainardi está cada dia mais pândego. Me divirto muito com seus textos. Esse do “Lula entende de Matisse” é uma choradeira danada. Parece que a Editora Abril quer todo o dinheiro do mundo só para ela e para reclamar soltou o Mainardi para a representar. É, não dá mesmo para levar a revista a sério.