27 de julho de 2012
Erenice Guerra foi vítima da revista Veja e da Folha de S. Paulo
Em plena campanha eleitoral, ela foi derrubada por reporcagem da revista Veja que dizia que funcionários do Planalto recebiam propina dentro da Casa Civil e por outra reporcagem da Folha de S. Paulo que apontava um suposto lobby em favor de um estranho personagem chamado Rubnei Quícoli; era tudo mentira.
Tida como braço direito e “irmã” da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi alvo de um tiroteio pesado durante a campanha presidencial de 2010. Contra ela, havia canhões apontados pela revista Veja e pela Folha de S. Paulo.
Da Editora Abril, partiu uma das mais estranhas reportagens da história recente. Chamava-se “Caraca, que dinheiro é esse?” e relatava entregas de pacotes de até R$ 200 mil, dentro da Casa Civil, que era comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de relatos em off. Eurípedes Alcântara, publicou até um editorial chamado “O dever de publicar”, em que afirmava que o papel da imprensa era ter coragem de noticiar – mesmo que pudesse vir a ser acusada de tentar influir em resultados eleitorais.
Mais recentemente, soube-se que Veja engavetou uma entrevista com José Roberto Arruda, também no período eleitoral, porque o ex-governador do Distrito Federal acusava o ex-senador Demóstenes Torres de tentar obter vantagens no GDF.
Da Folha, as acusações também foram inacreditáveis. Um sujeito que se apresentava como consultor, chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário no BNDES para uma empresa de fundo de quintal.
Para evitar danos maiores à campanha presidencial, Erenice Guerra foi demitida, ainda que as acusações fossem totalmente inconsistentes.
Nesta quarta-feira, no entanto, a mesma Folha que ajudou a derrubá-la noticia que o inquérito foi arquivado pela Justiça Federal. O motivo: falta de provas.
Este caso chegou até a ser abordado pelo ex-presidente Lula, numa crítica recente ao comportamento eleitoral de parte da imprensa. “Erenice foi execrada, acusada de tudo quanto é coisa”, disse ele. “Quando terminou a campanha, o acusador em Campinas retirou a acusação na primeira audiência e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à companheira Erenice”.
Na reportagem desta quarta-feira (25), a Folha reconhece que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.
Tida como braço direito e “irmã” da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, foi alvo de um tiroteio pesado durante a campanha presidencial de 2010. Contra ela, havia canhões apontados pela revista Veja e pela Folha de S. Paulo.
Da Editora Abril, partiu uma das mais estranhas reportagens da história recente. Chamava-se “Caraca, que dinheiro é esse?” e relatava entregas de pacotes de até R$ 200 mil, dentro da Casa Civil, que era comandada por Erenice Guerra. Tudo a partir de relatos em off. Eurípedes Alcântara, publicou até um editorial chamado “O dever de publicar”, em que afirmava que o papel da imprensa era ter coragem de noticiar – mesmo que pudesse vir a ser acusada de tentar influir em resultados eleitorais.
Mais recentemente, soube-se que Veja engavetou uma entrevista com José Roberto Arruda, também no período eleitoral, porque o ex-governador do Distrito Federal acusava o ex-senador Demóstenes Torres de tentar obter vantagens no GDF.
Da Folha, as acusações também foram inacreditáveis. Um sujeito que se apresentava como consultor, chamado Rubnei Quícoli, mas tinha extensa ficha criminal, afirmava que o filho de Erenice lhe cobrava uma propina de 5% para liberar um empréstimo bilionário no BNDES para uma empresa de fundo de quintal.
Para evitar danos maiores à campanha presidencial, Erenice Guerra foi demitida, ainda que as acusações fossem totalmente inconsistentes.
Nesta quarta-feira, no entanto, a mesma Folha que ajudou a derrubá-la noticia que o inquérito foi arquivado pela Justiça Federal. O motivo: falta de provas.
Este caso chegou até a ser abordado pelo ex-presidente Lula, numa crítica recente ao comportamento eleitoral de parte da imprensa. “Erenice foi execrada, acusada de tudo quanto é coisa”, disse ele. “Quando terminou a campanha, o acusador em Campinas retirou a acusação na primeira audiência e a imprensa, que a massacrou, não teve coragem sequer de pedir desculpas à companheira Erenice”.
Na reportagem desta quarta-feira (25), a Folha reconhece que “o escândalo tirou votos de Dilma e acabou contribuindo para levar a eleição ao segundo turno”.
26 de julho de 2012
Para não esquecer, visitei a Galeria F da Penitenciária Lemos de Brito
Sábado (21) acompanhei a visita à Penitenciária Lemos de Brito feita pelos ex-presos políticos Theodomiro Romeiro dos Santos e Emiliano José. Theodomiro, que passou quase 9 anos dentro da cela 11, da Galeria F, é hoje juiz federal do Trabalho, em Recife. Emiliano José, que passou quatro anos na cela 13 é deputado federal pelo PT, escritor e jornalista. Já os torturadores ninguém sabe o que são. Junto estava Padre Renzo, que deu assistência aos prisioneiros, chegando a visitar 14 presídios durante a ditadura militar (1964-1985).
O prédio hoje está desativado. No Jornal da Bahia nós o chamávamos de “Maracanã da Fossa”, por causa de sua forma oval. As celas estão vazias, muitas com restos de gravações e rabiscos nas paredes. Numa parceria TVE e TV Brasil, a produtora Santo Guerreiro está produzindo um documentário sobre a vida de Padre Renzo. A equipe já foi à Itália, em Firenze. Agora, Padre Renzo veio à Bahia, percorreu a Galeria F, e sua antiga Paróquia em Capelinha de São Caetano, onde concedeu novos depoimentos. O documentário é inspirado no livro de Emiliano José “As Asas Invisíveis do Padre Renzo”. A biografia do padre, impressa em português e italiano, se transforma agora em imagens.
Emiliano José é uma fortaleza. Há 40 anos chegou ali arrebentado pelas torturas, e Theodomiro Romeiro dos Santos, além de arrebentado, juramentado de morte. Foi o primeiro prisioneiro da ditadura militar a ser condenado à morte. Pouco antes da Lei da Anistia, desconfiando da violência dos militares torturadores, Padre Renzo e uma rede de amigos patrocinaram a fuga de Theodomiro, que acabou vivendo 10 anos na França, de onde só retornou em 1985. Estudou Direito, tornou Juiz.
Almoçamos na Churrascaria Rodeio, que ninguém é de ferro. À tarde, retomamos os trabalhos. Na Igreja da Capelinha de São Caetano, Jorge Felipi e seus produtores colheram o depoimento de outro preso político, Benjamim Ferreira de Souza, que era integrante do Grupo de Jovens da Paróquia. Da visita do Padre Renzo ao militante da esquerda católica, na cadeia, surgiu a idéia de visitar os demais presos políticos e depois nos demais presídios.
Li no site de Emiliano José: “Para Emiliano, idealizador do projeto, "a viagem do padre Renzo Rossi pelas prisões brasileiras foi um exercício de amor e terror, pois viu a morte, a tortura, o desespero de homens, mulheres e crianças submetidas a uma ditadura cruel, que não conhecia limites". Durante a ditadura, o religioso visitou 14 presídios de todo o país, tornando-se amigos deles. Um cristão que nunca tentou converter ninguém, ao contrário, se converteu no sentido de ampliar sua visão de humanidade no contato com materialistas cheios de esperança. Só na unidade prisional baiana, 20, das suas 176 celas foram destinadas aos combatentes contra o regime militar.
Os depoimentos, dirigidos por Emiliano José, Henrique Andrade e Jorge Felippi, da Santo Guerreiro, começaram a ser gravados em Florença, na Itália, cidade onde Rossi nasceu. Além da Bahia, o roteiro inclui entrevistas em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde vivem atualmente Amélia e Criméia Teles e sua filha, Janaína, além de Paulo Vannuchi, entre outros parentes, amigos e pessoas que estiveram presas durante o regime ditatorial. A previsão é de que o documentário seja assistido pelos telespectadores brasileiros em 2013.
O documentário vem em boa hora. O Governo da Bahia pretende implodir a PLB e construir no lugar uma nova e moderna penitenciária.
O prédio hoje está desativado. No Jornal da Bahia nós o chamávamos de “Maracanã da Fossa”, por causa de sua forma oval. As celas estão vazias, muitas com restos de gravações e rabiscos nas paredes. Numa parceria TVE e TV Brasil, a produtora Santo Guerreiro está produzindo um documentário sobre a vida de Padre Renzo. A equipe já foi à Itália, em Firenze. Agora, Padre Renzo veio à Bahia, percorreu a Galeria F, e sua antiga Paróquia em Capelinha de São Caetano, onde concedeu novos depoimentos. O documentário é inspirado no livro de Emiliano José “As Asas Invisíveis do Padre Renzo”. A biografia do padre, impressa em português e italiano, se transforma agora em imagens.
Emiliano José é uma fortaleza. Há 40 anos chegou ali arrebentado pelas torturas, e Theodomiro Romeiro dos Santos, além de arrebentado, juramentado de morte. Foi o primeiro prisioneiro da ditadura militar a ser condenado à morte. Pouco antes da Lei da Anistia, desconfiando da violência dos militares torturadores, Padre Renzo e uma rede de amigos patrocinaram a fuga de Theodomiro, que acabou vivendo 10 anos na França, de onde só retornou em 1985. Estudou Direito, tornou Juiz.
Almoçamos na Churrascaria Rodeio, que ninguém é de ferro. À tarde, retomamos os trabalhos. Na Igreja da Capelinha de São Caetano, Jorge Felipi e seus produtores colheram o depoimento de outro preso político, Benjamim Ferreira de Souza, que era integrante do Grupo de Jovens da Paróquia. Da visita do Padre Renzo ao militante da esquerda católica, na cadeia, surgiu a idéia de visitar os demais presos políticos e depois nos demais presídios.
Li no site de Emiliano José: “Para Emiliano, idealizador do projeto, "a viagem do padre Renzo Rossi pelas prisões brasileiras foi um exercício de amor e terror, pois viu a morte, a tortura, o desespero de homens, mulheres e crianças submetidas a uma ditadura cruel, que não conhecia limites". Durante a ditadura, o religioso visitou 14 presídios de todo o país, tornando-se amigos deles. Um cristão que nunca tentou converter ninguém, ao contrário, se converteu no sentido de ampliar sua visão de humanidade no contato com materialistas cheios de esperança. Só na unidade prisional baiana, 20, das suas 176 celas foram destinadas aos combatentes contra o regime militar.
Os depoimentos, dirigidos por Emiliano José, Henrique Andrade e Jorge Felippi, da Santo Guerreiro, começaram a ser gravados em Florença, na Itália, cidade onde Rossi nasceu. Além da Bahia, o roteiro inclui entrevistas em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde vivem atualmente Amélia e Criméia Teles e sua filha, Janaína, além de Paulo Vannuchi, entre outros parentes, amigos e pessoas que estiveram presas durante o regime ditatorial. A previsão é de que o documentário seja assistido pelos telespectadores brasileiros em 2013.
O documentário vem em boa hora. O Governo da Bahia pretende implodir a PLB e construir no lugar uma nova e moderna penitenciária.
A mídia apodreceu, nem mensalão, nem nada contra Erenice Guerra
Cada dia fica mais patente que não houve mensalão. O que houve foi caixa 2 para cumprimento de acordos eleitorais. José Dirceu, cassado por um fato que não existiu, sempre negou o factóide. Quanto ao Caixa 2, o tesoureito do PT, Delúbio Soares, assumiu a culpa desde o início. O fato é que até hoje não se comprovou a suposta compra de votos no Congresso nacional para que parlamentares apoiassem o governo. O mensalão não passou de uma fantasia criada pelo deputado Roberto Jefferson e repisada pela revista Veja e quase toda a mídia nacional. A mídia brasileira está podre.
Agora vem o caso de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, também derrubada por denúncias da mídia podre. O inquérito aberto para apurar as denúncias foi arquivado pela Justiça Federal, sob a conclusão de que não ficou comprovada a prática de qualquer ilícito. Não houve tráfico de influência de parte da ex-ministra Erenice Guerra. Para o assunto não morrer, a Polícia Federal já está anunciando “novos” indícios de sonegação. Assim, alguém da Polícia Federal, alimenta o factóide em plena campanha eleitoral.
Como se sabe, a Polícia Federal é muito politizada, no mal sentido. Há uma PF tucana e há uma Polícia Federal petista. Resta a Justiça. Na decisão que determinou o arquivamento, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília explicou que, por força de lei, a Justiça deve arquivar o inquérito após pedido do Ministério Público Federal.
As mentiras da revista Veja, mais uma vez, provocaram queda de ministro. Primeiro José Dirceu, depois Erenice Guerra. E assim será até que o país tome consciência de que a mídia está podre.
Agora vem o caso de Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil, também derrubada por denúncias da mídia podre. O inquérito aberto para apurar as denúncias foi arquivado pela Justiça Federal, sob a conclusão de que não ficou comprovada a prática de qualquer ilícito. Não houve tráfico de influência de parte da ex-ministra Erenice Guerra. Para o assunto não morrer, a Polícia Federal já está anunciando “novos” indícios de sonegação. Assim, alguém da Polícia Federal, alimenta o factóide em plena campanha eleitoral.
Como se sabe, a Polícia Federal é muito politizada, no mal sentido. Há uma PF tucana e há uma Polícia Federal petista. Resta a Justiça. Na decisão que determinou o arquivamento, o juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília explicou que, por força de lei, a Justiça deve arquivar o inquérito após pedido do Ministério Público Federal.
As mentiras da revista Veja, mais uma vez, provocaram queda de ministro. Primeiro José Dirceu, depois Erenice Guerra. E assim será até que o país tome consciência de que a mídia está podre.
24 de julho de 2012
A Folha de S. Paulo continua a fazer malabarismo em lugar de jornalismo
Parece matéria encomendada. Não tenho nenhuma simpatia por Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo. Mas, me deixar enganar pela Folha de S. Paulo não dá. A edição de domingo (22/07) lasca a manchete: “Eleitores dão nota 4,4 para Kassab, a pior de 6 capitais”. A pior de 6 capitais? Mas o Brasil tem 26 capitais, tirando o Distrito Federal. Assim, a verdadeira posição de Kassab não é ruim. Ele ocupa o sexto lugar num total de 26 capitais.
Na verdade, a Folha de São Paulo elegeu fazer pesquisa em apenas seis capitais, quando temos 26 capitais. E o Datafolha se presta a este malabarismo jornalístico. Oh! Em 6 capitais Kassab é o último colocado. Vão plantar batatinha. O pior é que o “primeiro” colocado está com uma nota de 6,4 e o pior colocado tem nota de 4,4. Não é grande informação, não é seus patetas? Esse tipo de "notícia" vai parar na cesta do lixo.
Na verdade, a Folha de São Paulo elegeu fazer pesquisa em apenas seis capitais, quando temos 26 capitais. E o Datafolha se presta a este malabarismo jornalístico. Oh! Em 6 capitais Kassab é o último colocado. Vão plantar batatinha. O pior é que o “primeiro” colocado está com uma nota de 6,4 e o pior colocado tem nota de 4,4. Não é grande informação, não é seus patetas? Esse tipo de "notícia" vai parar na cesta do lixo.
Impugnar candidato Waldir Pires é golpe na democracia
Só faltava esta. A Tribuna da Bahia anuncia que “Waldir Pires é o mais novo candidato na berlinda”. O Tribunal Regional Eleitoral se acha no direito, não de solicitar documentações, papéis, que por ventura faltem, mas fala de impugnações. A jornalista classifica o candidato a vereador Waldir Pires como “petista histórico”. Péssima classificação, pois Waldir Pires é muito mais que isso. Waldir Pires é personagem da História do Brasil, tem uma impecável vida política que vem lá de trás, muito antes do PT existir. Waldir Pires é um cidadão histórico, um político histórico, um democrata histórico. Impugnar a candidatura dele a vereador por causa de um papel que falta seria um golpe na democracia. Quanta estupidez.
Com pedido de impugnação ou não vamos continuar a campanha de Waldir Pires vereador. Salvador merece.
Com pedido de impugnação ou não vamos continuar a campanha de Waldir Pires vereador. Salvador merece.
Marcelino Galo (PT), um mandato parlamentar popular
Estava me sentindo meio órfão de deputado na Assembléia Legislativa da Bahia. Mas, Marcelino Galo (PT) foi se firmando e exercendo um bom mandato parlamentar, voltado para os interesses do povo. Agora mesmo, apresentou um projeto de lei que determina a obrigatoriedade de galpões de limpeza de bairro, equipamentos sociais destinados aos catadores de material reciclados, nas concentrações urbanas da Bahia.
A proposta se destina à coleta e reciclagem de lixo, para beneficiar os catadores em 100% das áreas territoriais dos municípios. Os galpões seriam repassados às entidades da sociedade civil organizada diretamente pelos catadores que tenham como objeto a atividade de reciclagem. Ele prevê apoio financeiro e técnico e até acesso à Internet. O deputado sugere que a Desenbahia abra linhas de crédito para financiamento de projetos de galpões.
A proposta se destina à coleta e reciclagem de lixo, para beneficiar os catadores em 100% das áreas territoriais dos municípios. Os galpões seriam repassados às entidades da sociedade civil organizada diretamente pelos catadores que tenham como objeto a atividade de reciclagem. Ele prevê apoio financeiro e técnico e até acesso à Internet. O deputado sugere que a Desenbahia abra linhas de crédito para financiamento de projetos de galpões.