10 de junho de 2012

 

O “assessor de crédito” é a saída para o microcrédito

Está no jornal Valor (sexta,8), página C5. Título: “Mascate de crédito desbrava periferia no Nordeste”. O assunto foca o microcrédito produtivo que avança sobre o microcrédito para consumo. A matéria assinada pelo jornalista Murillo Camarotto, em Salvador, Bahia, afirma que começa a proliferar no Nordeste um novo tipo de “mascate”, um profissional que vai de porta em porta, mais conhecido como assessor de crédito.

Na verdade, este é o nome adotado pelo BNB para o agente de crédito, nomenclatura adota por outras entidades públicas e não-governamentais. De acordo com o Banco Central, o microcrédito produtivo está em franco crescimento, 45,8% a mais que o ano anterior. O jornalista ignora as agências de fomento que trabalham com microcrédito e se refere apenas ao BNB, que responde por cerca de 80% dos trabalhadores atendidos no país.

O jornalista do jornal Valor foi ao Cabula, bairro de Salvador, e entrevistou Lucas Barbosa da Silva, “um dos dois mil assessores de crédito que têm a missão de captar novos clientes para o BNB”. Ele trabalha de porta em porta e oferece aos pequenos comerciantes e trabalhadores autônomos o Crediamigo, que vai de R$ 100 (cem reais) a R$ 15 mil reais (quinze mil reais). Lucas ganha R$ 700 reais por mês. O BNB preenche o vazio deixado pelos grandes bancos comerciais, que só visam ao lucro. Isso gera uma demanda reprimida no Nordeste de 8 milhões de pessoas que desejam trabalhar com um pequeno empréstimo.

Acho sacanagem chamar o agente de crédito de “mascate” do crédito ou “assessor do crédito”. Cheira a preconceito. Mas, o resultado é maior que o preconceito.


Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?