10 de fevereiro de 2011
Jornalistas de A Tarde acusam jornal de demitir repórter por pressão de empreiteiras
Deu no Portal Comunique-se, especializado em notícias sobre a imprensa
Profissionais do jornal A Tarde acusam o veículo de ter demitido o repórter Aguirre Peixoto após uma matéria que prejudicou grandes empreiteiras, algumas anunciantes do jornal. Segundo os jornalistas, que divulgaram uma carta aberta nas redes sociais, o veículo cedeu à pressão de anunciantes.
“Aguirre Peixoto teve a cabeça entregue em uma bandeja de prata a empresas do mercado imobiliário em uma tentativa de atração/reaproximação com anunciantes deste setor. Tentativa esta que pode dar certo ou não”, diz a carta-aberta escrita pelos colegas do jornalista.
Denúncias de crimes ambientais
Peixoto, que trabalhava há três anos no jornal, publicou a matéria “Tecnovia é denunciada por crime ambiental na Paralela” no dia 02/2 e foi demitido no dia 8/2. Em agosto do ano passado, Peixoto foi alvo de ações judiciais, criminais e cíveis, por uma série de reportagens sobre crimes ambientais na construção do Centro Tecnológico do Governo do Estado da Bahia.
Na última semana, Aguirre foi pautado para dar sequência à série e falar da liminar concedida pela 10ª Vara Federal, que cassava multa aplicada ao empreendimento pelo Ibama.
No dia seguinte, a Tribuna da Bahia divulgou que a liminar acabava com o processo criminal contra o empreendimento. No entanto, A Tarde ouviu o MPF e mostrou que havia dois processos diferentes. O da multa, que foi cassada liminarmente, e o criminal, que continuava em tramitação normal. “Essa foi a razão suficiente para o repórter ter a cabeça entregue como prêmio a possíveis anunciantes”, diz a carta-aberta.
Fim de anúncios
De acordo com Peixoto, após a série de reportagens, as construtoras deixaram de anunciar seus empreendimentos no jornal. No entanto, A Tarde não deu explicações para o jornalista sobre a demissão. “Um dos diretores disse que era contra minha demissão, mas que era uma decisão da empresa”, afirmou Peixoto.
O Comunique-se tentou contato com a direção do jornal, mas ainda não teve resposta. Por meio do Facebook, o superintendente de A Tarde, Renato Simões Filho, defendeu o jornal “A quem interessa achincalhar A Tarde? Com que objetivo”? E continuou. “Se a empresa toma uma atitude de acordo com seu julgamento, que se ouçam os argumentos antes de condená-la à execração. Os incendiários e indignados, por favor, se acalmem e venham para o entendimento”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia protestou contra a demissão do jornalista
Fonte: Comunique-se
Profissionais do jornal A Tarde acusam o veículo de ter demitido o repórter Aguirre Peixoto após uma matéria que prejudicou grandes empreiteiras, algumas anunciantes do jornal. Segundo os jornalistas, que divulgaram uma carta aberta nas redes sociais, o veículo cedeu à pressão de anunciantes.
“Aguirre Peixoto teve a cabeça entregue em uma bandeja de prata a empresas do mercado imobiliário em uma tentativa de atração/reaproximação com anunciantes deste setor. Tentativa esta que pode dar certo ou não”, diz a carta-aberta escrita pelos colegas do jornalista.
Denúncias de crimes ambientais
Peixoto, que trabalhava há três anos no jornal, publicou a matéria “Tecnovia é denunciada por crime ambiental na Paralela” no dia 02/2 e foi demitido no dia 8/2. Em agosto do ano passado, Peixoto foi alvo de ações judiciais, criminais e cíveis, por uma série de reportagens sobre crimes ambientais na construção do Centro Tecnológico do Governo do Estado da Bahia.
Na última semana, Aguirre foi pautado para dar sequência à série e falar da liminar concedida pela 10ª Vara Federal, que cassava multa aplicada ao empreendimento pelo Ibama.
No dia seguinte, a Tribuna da Bahia divulgou que a liminar acabava com o processo criminal contra o empreendimento. No entanto, A Tarde ouviu o MPF e mostrou que havia dois processos diferentes. O da multa, que foi cassada liminarmente, e o criminal, que continuava em tramitação normal. “Essa foi a razão suficiente para o repórter ter a cabeça entregue como prêmio a possíveis anunciantes”, diz a carta-aberta.
Fim de anúncios
De acordo com Peixoto, após a série de reportagens, as construtoras deixaram de anunciar seus empreendimentos no jornal. No entanto, A Tarde não deu explicações para o jornalista sobre a demissão. “Um dos diretores disse que era contra minha demissão, mas que era uma decisão da empresa”, afirmou Peixoto.
O Comunique-se tentou contato com a direção do jornal, mas ainda não teve resposta. Por meio do Facebook, o superintendente de A Tarde, Renato Simões Filho, defendeu o jornal “A quem interessa achincalhar A Tarde? Com que objetivo”? E continuou. “Se a empresa toma uma atitude de acordo com seu julgamento, que se ouçam os argumentos antes de condená-la à execração. Os incendiários e indignados, por favor, se acalmem e venham para o entendimento”.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Bahia protestou contra a demissão do jornalista
Fonte: Comunique-se