7 de dezembro de 2010
MP denuncia quatro policiais por homicídio, seis por extorsão e um por tortura
O Ministério Público da Bahia, através do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial (Gacep) denunciou à Justiça quatro policiais militares envolvidos no assassinato de Alisson Silva Nunes, em 2009, na invasão Nova Divinéia (bairro IAPI de Salvador). A promotora de Justiça Kárita Conceição Cardim de Lima denunciou também seis policiais civis acusados de extorsão e um investigador da Polícia Civil da Bahia que torturou o cidadão Manoel Raimundo Bittencourt Neto em 2009.
O Ministério Público acusa de homicídio qualificado o capitão da PM Fábio Luiz Magalhães Ferreira, os soldados PM Ivanilson Fereira da Silva, Edmárcio Silva Santos e Gilmar Ribeiro Santos. Os policiais da Rondesp (Rondas Especiais)), abordaram Alisson Nunes e quando a vítima, que estava acompanhada de um adolescente e de um menor de idade, saiu correndo em direção à residência da avó, os policiais promoveram um disparo de arma de fogo. Mesmo dominado, o comandante da guarnição aproximou-se de Alisson e com uma submetralhadora automática atirou atingindo o rosto do rapaz.
A versão baiana da Tropa de Elite impediu que parentes prestassem socorro à vítima.
TORTURA NA POLÍCIA CIVIL
O “investigador” da Polícia Civil Cleber de Oliveira Silva, acompanhado de mais dois colegas não identificados, abordou Manoel Raimundo Bittencourt Neto, em frente à Escola Ieda Barradas (Simões Filho – BA).
Apontando arma de fogo para a cabeça do rapaz, o policial obrigou Manoel a entrar no veículo e o levou para a estrada do CIA. Durante o trajeto, o rapaz foi agredido física e psicologicamente, levando tapas e socos para que confessasse a localização certa de uma máquina que clonava cartão e fabricava moeda falsa, a qual ele supostamente saberia onde estava.
Após a sessão de tortura, como não conseguiram descobrir a localização das supostas máquinas, os agressores conduziram a vítima ao bairro de Pirajá, relata a denúncia, destacando que lá mandaram Manoel descer do carro sem olhar pra trás, senão atirariam nele.
EXTORSÃO NA POLÍCIA CIVIL
O Ministério Público acusou e crimes de extorsão os policiais civis Raimundo Pereira dos Santos, Hamilton Lins de Albuquerque Filho, Luiz Alberto Peneluca, Altino José do Espírito Santo Clementino, Carlos Aciole Godinho da Encarnação e Ozaná Teixeira de Oliveira.
Está no inquérito. Os três primeiros abordaram Adriano Farias da Silva em outubro de 2009, na Liberdade, algemaram-no e o colocaram no banco de trás do veículo que conduziam. A vítima foi levada para o Largo de Santo Antônio, no Pelourinho, onde os policiais passaram a exigir que ele lhes entregasse R$ 5 mil, informa a denúncia, assinalando que isso sob ameaça de que, senão entregasse o dinheiro, droga seria “plantada” na sua casa para incriminar a sua esposa.
Os policiais queriam dinheiro para que o detido não sofresse fragrante.
EXTORSÃO E ROUBO NA POLÍCIA CIVIL
Os policiais civis Altino Clementino, Carlos da Encarnação e Ozaná Oliveira entraram armados na loja de distribuição de Wilson da Silva Júnior, Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba. Exigiram o alvará de funcionamento e notas fiscais dos produtos expostos à venda, tendo a vítima apresentado toda a documentação.
Ainda assim os policiais “apreenderam” três aparelhos celulares porque alegaram que as notas dos aparelhos eram frias e que os demais documentos apresentados eram falsificados. Levaram também perfume, tênis, roupas e relógio. Obrigaram a vítima a entrar na viatura e ficaram circulando com Wilson pela cidade enquanto o ameaçavam de autuá-lo em flagrante delito pela prática de crime de contrabando.
Os policiais chegaram a exigir que Wilson lhes entregasse R$ 5 mil para que fosse posto em liberdade, mas a vítima informou que não tinha a quantia, o que levou os policiais a exigirem dela R$ 2 mil, que foi retirado num banco da própria Avenida Manoel Dias. Ao receberam o dinheiro, eles libertaram o comerciante e foram embora com os aparelhos celulares, devolvendo os objetos pessoais, o que fez com que a representante do MP os denunciasse por extorsão e roubo.
Tudo isso está no inquérito e na denúncia do MP à Justiça.
O Ministério Público acusa de homicídio qualificado o capitão da PM Fábio Luiz Magalhães Ferreira, os soldados PM Ivanilson Fereira da Silva, Edmárcio Silva Santos e Gilmar Ribeiro Santos. Os policiais da Rondesp (Rondas Especiais)), abordaram Alisson Nunes e quando a vítima, que estava acompanhada de um adolescente e de um menor de idade, saiu correndo em direção à residência da avó, os policiais promoveram um disparo de arma de fogo. Mesmo dominado, o comandante da guarnição aproximou-se de Alisson e com uma submetralhadora automática atirou atingindo o rosto do rapaz.
A versão baiana da Tropa de Elite impediu que parentes prestassem socorro à vítima.
TORTURA NA POLÍCIA CIVIL
O “investigador” da Polícia Civil Cleber de Oliveira Silva, acompanhado de mais dois colegas não identificados, abordou Manoel Raimundo Bittencourt Neto, em frente à Escola Ieda Barradas (Simões Filho – BA).
Apontando arma de fogo para a cabeça do rapaz, o policial obrigou Manoel a entrar no veículo e o levou para a estrada do CIA. Durante o trajeto, o rapaz foi agredido física e psicologicamente, levando tapas e socos para que confessasse a localização certa de uma máquina que clonava cartão e fabricava moeda falsa, a qual ele supostamente saberia onde estava.
Após a sessão de tortura, como não conseguiram descobrir a localização das supostas máquinas, os agressores conduziram a vítima ao bairro de Pirajá, relata a denúncia, destacando que lá mandaram Manoel descer do carro sem olhar pra trás, senão atirariam nele.
EXTORSÃO NA POLÍCIA CIVIL
O Ministério Público acusou e crimes de extorsão os policiais civis Raimundo Pereira dos Santos, Hamilton Lins de Albuquerque Filho, Luiz Alberto Peneluca, Altino José do Espírito Santo Clementino, Carlos Aciole Godinho da Encarnação e Ozaná Teixeira de Oliveira.
Está no inquérito. Os três primeiros abordaram Adriano Farias da Silva em outubro de 2009, na Liberdade, algemaram-no e o colocaram no banco de trás do veículo que conduziam. A vítima foi levada para o Largo de Santo Antônio, no Pelourinho, onde os policiais passaram a exigir que ele lhes entregasse R$ 5 mil, informa a denúncia, assinalando que isso sob ameaça de que, senão entregasse o dinheiro, droga seria “plantada” na sua casa para incriminar a sua esposa.
Os policiais queriam dinheiro para que o detido não sofresse fragrante.
EXTORSÃO E ROUBO NA POLÍCIA CIVIL
Os policiais civis Altino Clementino, Carlos da Encarnação e Ozaná Oliveira entraram armados na loja de distribuição de Wilson da Silva Júnior, Avenida Manoel Dias da Silva, na Pituba. Exigiram o alvará de funcionamento e notas fiscais dos produtos expostos à venda, tendo a vítima apresentado toda a documentação.
Ainda assim os policiais “apreenderam” três aparelhos celulares porque alegaram que as notas dos aparelhos eram frias e que os demais documentos apresentados eram falsificados. Levaram também perfume, tênis, roupas e relógio. Obrigaram a vítima a entrar na viatura e ficaram circulando com Wilson pela cidade enquanto o ameaçavam de autuá-lo em flagrante delito pela prática de crime de contrabando.
Os policiais chegaram a exigir que Wilson lhes entregasse R$ 5 mil para que fosse posto em liberdade, mas a vítima informou que não tinha a quantia, o que levou os policiais a exigirem dela R$ 2 mil, que foi retirado num banco da própria Avenida Manoel Dias. Ao receberam o dinheiro, eles libertaram o comerciante e foram embora com os aparelhos celulares, devolvendo os objetos pessoais, o que fez com que a representante do MP os denunciasse por extorsão e roubo.
Tudo isso está no inquérito e na denúncia do MP à Justiça.
Comments:
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Pior é que isto é comum. Mês passado, um colega meu estava num bairro do subúrbio de Salvador abastecendo sua moto num posto de gasolina quando dois policiais o abordaram. Checaram todos os documentos (da moto e do rapaz), viram que estava tudo ok, mas, mesmo assim, o levaram para Delegacia. Disseram a ele que iriam autuá-lo por algo que não me recordo agora. Ele deve ter dar R$100,00 para ser liberado (e olha que este rapaz é amigo de policiais civis e militares que o "socorreram" na delegacia contra a extorsão; mas não teve jeito). A polícia baiana é complicada... bem complicada.
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