24 de dezembro de 2010
2010 foi o ano em que a mídia se desmascarou
Li no Observatório da Imprensa um lúcido e esclarecedor balanço da mídia em 2010, da autoria do jornalista Luciano Martins Costa: “Um ano muito revelador” é o título.
Foi um ano de muitas lições para quem ama a democracia. Sabemos agora que a imprensa se alinha ao conservadorismo na sociedade hipermediada, como está a escancarar a perseguição ao WikiLeaks. O jornalismo faz parte dos jogos de poder, quando seleciona notícias. Lula deixa o governo com uma popularidade nunca antes vista, mas, contraditoriamente, o mesmo Lula deixa o governo sob incessante crítica da mídia tradicional.
Os arquivos mostram que os jornais se esforçaram para que Lula não fosse eleito. Empossado, eles apostaram no seu fracasso. Para relativizar o sucesso dos dois governos de Lula, os jornais passaram a defender que Lula recebeu um Brasil em “excelentes” condições. O que, como sabemos, não é verdade.
Os números desmentiram as manchetes. “A imprensa precisa ser crítica, mas deve perseguir a verdade. Não para espancá-la, mas para se servir dela”.
Nas eleições, surgiram dois grupos. Um, que vê em cada linha de notícia uma conspiração do Partido da Imprensa Golpista (PIG), outro, que imagina que toda crítica à imprensa é militância lulo-petista. Raros comentaristas conseguiram escapar dessa lógica de guerra, que teve episódios grotescos como o da “bolinha de papel” na testa do candidato Serra. Tudo desapareceu após as eleições. Serra passou ao arquivo morto da mídia.
Na verdade, a mídia conservadora já tem outro herói. Rei morto, rei posto.
O novo rei da velha imprensa chama-se Aécio Neves da Cunha. Já foi FHC, depois Collor. Palatável para a imprensa é o herói da direita, ou da centro-direita. Tudo vale para bloquear a chegada do PT ao poder.
Acho ingenuidade esperar que a imprensa nos brinde com um olhar isento e profundo sobre a história e as liberdades democráticas.
LEIA NA ÍNTEGRA EM OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA
Foi um ano de muitas lições para quem ama a democracia. Sabemos agora que a imprensa se alinha ao conservadorismo na sociedade hipermediada, como está a escancarar a perseguição ao WikiLeaks. O jornalismo faz parte dos jogos de poder, quando seleciona notícias. Lula deixa o governo com uma popularidade nunca antes vista, mas, contraditoriamente, o mesmo Lula deixa o governo sob incessante crítica da mídia tradicional.
Os arquivos mostram que os jornais se esforçaram para que Lula não fosse eleito. Empossado, eles apostaram no seu fracasso. Para relativizar o sucesso dos dois governos de Lula, os jornais passaram a defender que Lula recebeu um Brasil em “excelentes” condições. O que, como sabemos, não é verdade.
Os números desmentiram as manchetes. “A imprensa precisa ser crítica, mas deve perseguir a verdade. Não para espancá-la, mas para se servir dela”.
Nas eleições, surgiram dois grupos. Um, que vê em cada linha de notícia uma conspiração do Partido da Imprensa Golpista (PIG), outro, que imagina que toda crítica à imprensa é militância lulo-petista. Raros comentaristas conseguiram escapar dessa lógica de guerra, que teve episódios grotescos como o da “bolinha de papel” na testa do candidato Serra. Tudo desapareceu após as eleições. Serra passou ao arquivo morto da mídia.
Na verdade, a mídia conservadora já tem outro herói. Rei morto, rei posto.
O novo rei da velha imprensa chama-se Aécio Neves da Cunha. Já foi FHC, depois Collor. Palatável para a imprensa é o herói da direita, ou da centro-direita. Tudo vale para bloquear a chegada do PT ao poder.
Acho ingenuidade esperar que a imprensa nos brinde com um olhar isento e profundo sobre a história e as liberdades democráticas.
LEIA NA ÍNTEGRA EM OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA