8 de agosto de 2010
Por que Dilma vai ganhar a eleição presidencial, no primeiro turno
Dilma é a franca favorita para vencer a eleição de 2010, já no primeiro turno. O favoritismo de Dilma tem base estatística consistente. Quem gosta de estatística gosta de História. A História mostra que todos os governantes bem-avaliados fizeram seu sucessor. É simples. Quem avalia o governo como bom e ótimo, tende a votar no candidato do governo. O governo Lula está muito bem-avaliado e por isso a grande favorita a ser eleita é Dilma - a candidata de Lula. Esta é a conclusão de Alberto Carlos Almeida, autor de “A cabeça do eleitor”. Trata-se, claro, de probabilidade, mas, de uma alta probabilidade.
Consulte a página 31 do livro “A cabeça do eleitor”. Em 1994, o governo Itamar Franco estava bem-avaliado e Fernando Henrique, seu ministro da Fazenda, foi eleito; em 1998, o governo Fernando Henrique estava bem-avaliado e o próprio Fernando Henrique foi reeleito; em 2002, o governo Fernando Henrique estava mal-avaliado e seu opositor Lula foi eleito; em 2006, o governo Lula estava bem-avaliado e o presidente Lula foi reeleito.
Há outros exemplos. Marconi Perillo foi duas vezes governador de Goiás. No fim de seu segundo mandato estava bem-avaliado e elegeu Alcides Rodrigues; o mesmo aconteceu no Pará quando Almir Gabriel completou seu segundo mandato e foi eleito Simão Jatene. O mesmo fenômeno acontecia antes do golpe da reeleição. Foi assim com Quércia e Fleury; com Maluf e Pitta; com César Maia e Conde. Em todos estes exemplos a avaliação positiva dos governos era bem menor do que ocorre hoje com o governo Lula.
O sociólogo Alberto Carlos Almeida (no artigo "Semelhanças entre 1994 e 2010", publicado na revista Valor) considera avaliação positiva a soma dos percentuais de ótimo e bom, o que no caso do governo Lula fica entre 75% e 80% a depender da pesquisa. Em 1994, cerca de 60% dos eleitores que avaliaram o governo Itamar como ótimo e bom votaram em Fernando Henrique. Itamar tinha 37% de avaliação positiva. Multiplicando-se 60 por 37 tem-se 22. Ou seja, 22 pontos percentuais dos votos que Fernando Henrique obteve vieram de quem avaliara Itamar como ótimo e bom.
Aplique o raciocínio neste cenário de Dilma em 2010. Dilma terá, entre os que avaliam positivamente o governo Lula, 45 pontos percentuais de votos, o que, somado a quem avalia Lula como regular, daria a vitória a Dilma, já no primeiro turno. 45 pontos percentuais é o resultado que se obtém quando se multiplica 60 por 75%, que é a soma de ótimo e bom do governo Lula.
1 - Não há nada que indique que Dilma não obtenha a mesma proporção de votos junto a esse eleitorado que Fernando Henrique teve com os admiradores de Itamar. Se Fernando Henrique teve 60% de votos junto à avaliação positiva de Itamar, por que Dilma não teria o mesmo junto àqueles que têm a mesma avaliação de Lula?
2 – Itamar não fez campanha para Fernando Henrique, Lula fará, faz, e já vem fazendo campanha para Dilma, o que aumenta a probabilidade de Dilma ganhar no primeiro turno.
3 – O voto em Fernando Henrique foi o voto em quem baixou a inflação, o Plano Real. O eleitor votou no portador do Plano Real.
4 – Em 2010, o Plano Real tem outro nome, chama-se Governo Lula. Votar no “Plano Real” de 2010 é votar em Dilma, o que torna altamente provável sua vitória no primeiro turno.
A última pesquisa IBOPE já aponta a probabilidade alta, com Dilma abrindo 5 pontos percentuais de vantagem, ao passo que Marina tem 7%. Dilma está bem perto de ganhar no primeiro turno.
Obviamente, as coordenações das campanhas de Serra e Dilma leram “A cabeça do eleitor”. Daí o desespero de Serra em criar algum fato novo, algo imprevisível, bombástico (vide a campanha do medo), daí Dilma não se desesperar para “ganhar” o debate na TV a qualquer custo, basta colar em Lula. Se ela não errar, já está eleita.
Dilma pode mandar costurar o vestido da posse.
Consulte a página 31 do livro “A cabeça do eleitor”. Em 1994, o governo Itamar Franco estava bem-avaliado e Fernando Henrique, seu ministro da Fazenda, foi eleito; em 1998, o governo Fernando Henrique estava bem-avaliado e o próprio Fernando Henrique foi reeleito; em 2002, o governo Fernando Henrique estava mal-avaliado e seu opositor Lula foi eleito; em 2006, o governo Lula estava bem-avaliado e o presidente Lula foi reeleito.
Há outros exemplos. Marconi Perillo foi duas vezes governador de Goiás. No fim de seu segundo mandato estava bem-avaliado e elegeu Alcides Rodrigues; o mesmo aconteceu no Pará quando Almir Gabriel completou seu segundo mandato e foi eleito Simão Jatene. O mesmo fenômeno acontecia antes do golpe da reeleição. Foi assim com Quércia e Fleury; com Maluf e Pitta; com César Maia e Conde. Em todos estes exemplos a avaliação positiva dos governos era bem menor do que ocorre hoje com o governo Lula.
O sociólogo Alberto Carlos Almeida (no artigo "Semelhanças entre 1994 e 2010", publicado na revista Valor) considera avaliação positiva a soma dos percentuais de ótimo e bom, o que no caso do governo Lula fica entre 75% e 80% a depender da pesquisa. Em 1994, cerca de 60% dos eleitores que avaliaram o governo Itamar como ótimo e bom votaram em Fernando Henrique. Itamar tinha 37% de avaliação positiva. Multiplicando-se 60 por 37 tem-se 22. Ou seja, 22 pontos percentuais dos votos que Fernando Henrique obteve vieram de quem avaliara Itamar como ótimo e bom.
Aplique o raciocínio neste cenário de Dilma em 2010. Dilma terá, entre os que avaliam positivamente o governo Lula, 45 pontos percentuais de votos, o que, somado a quem avalia Lula como regular, daria a vitória a Dilma, já no primeiro turno. 45 pontos percentuais é o resultado que se obtém quando se multiplica 60 por 75%, que é a soma de ótimo e bom do governo Lula.
1 - Não há nada que indique que Dilma não obtenha a mesma proporção de votos junto a esse eleitorado que Fernando Henrique teve com os admiradores de Itamar. Se Fernando Henrique teve 60% de votos junto à avaliação positiva de Itamar, por que Dilma não teria o mesmo junto àqueles que têm a mesma avaliação de Lula?
2 – Itamar não fez campanha para Fernando Henrique, Lula fará, faz, e já vem fazendo campanha para Dilma, o que aumenta a probabilidade de Dilma ganhar no primeiro turno.
3 – O voto em Fernando Henrique foi o voto em quem baixou a inflação, o Plano Real. O eleitor votou no portador do Plano Real.
4 – Em 2010, o Plano Real tem outro nome, chama-se Governo Lula. Votar no “Plano Real” de 2010 é votar em Dilma, o que torna altamente provável sua vitória no primeiro turno.
A última pesquisa IBOPE já aponta a probabilidade alta, com Dilma abrindo 5 pontos percentuais de vantagem, ao passo que Marina tem 7%. Dilma está bem perto de ganhar no primeiro turno.
Obviamente, as coordenações das campanhas de Serra e Dilma leram “A cabeça do eleitor”. Daí o desespero de Serra em criar algum fato novo, algo imprevisível, bombástico (vide a campanha do medo), daí Dilma não se desesperar para “ganhar” o debate na TV a qualquer custo, basta colar em Lula. Se ela não errar, já está eleita.
Dilma pode mandar costurar o vestido da posse.