27 de agosto de 2010

 

Ex-menina de rua estuda Medicina em Cuba e conta como deu a volta por cima

A carta de Gisele Antunes Rodrigues, 23 anos, ex-menina de rua de São Paulo, que deu a volta por cima na vida e atualmente estuda Medicina em Cuba, emociona. O blog Balaio do Kotscho publicou a carta. A menina praticamente não conheceu o pai, alcoólatra. Apanhava da mãe e fugiu de casa. Foi parar entre meninos e meninas de rua Na Praça da República. Começou a cheirar cola, depois maconha. Aos 13 anos foi encaminhada para o abrigo Sol e Vida. E depois para o Instituto Dom Bosco Bom Retiro, onde ficou até os 17 anos. Deixou as drogas e recuperou a saúde.

Aos 16 anos Gisele arranjou emprego na Ericsson e a empresa financiou seu curso de auxiliar de enfermagem. Ao completar 17 anos, por imposição da lei, teve que sair do abrigo. Foi morar numa república onde ficou até os 21 anos. Foi informada do processo seletivo para estudar medicina em Cuba, e passou. Desde 2007 está em Cuba.

Ela escreveu na carta: “(...)Li muitas reportagens negativas sobre Cuba, mas não foi o que vi. Em Cuba, todos têm direito a educação, saúde, cultura, lazer e o básico para sobreviver. (...)Li em muitas revistas que Fidel Castro é um ditador e descobri que ele é amado e idolatrado pelos cubanos. Escrevem que Cuba é um país da miséria. Mas, de que miséria eles falam? Miséria eu passei em minha infância, em casa não tinha água encanada, luz, comida”.

Gisele faz uma pergunta: “Se Cuba é um país miserável e tem todos os direitos a saúde, educação, moradia, lazer e alimento, como podemos denominar o Brasil?”. E completa: “Eu queria que o Brasil fosse miserável como Cuba”.

LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA EM BALAIO DO KOTSCHO

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