30 de junho de 2010

 

Câmara Municipal celebra 50 anos de resistência da mulher negra do Ilê Axé Oxumaré

Por iniciativa do vereador de Salvador, Henrique Carballal (PT), a Câmara Municipal realizou Sessão Especial (26/06) com o tema: “Odum Adotá - 50 anos de luta e resistência da mulher negra em defesa do patrimônio histórico e cultural do Ilê Axé Oxumaré”. Foi uma celebração em homenagem aos 50 anos de iniciação religiosa no candomblé de seis abás do terreiro Ilê Axé Oxumaré. Estavam presentes dois representantes do PT: Emiliano José, candidato a deputado federal e Rosemberg Pinto, candidato a deputado estadual.

Emiliano José (PT) tem uma longa tradição de apoio às religiões de matriz africana. Em 1989, como deputado estadual constituinte, propôs e aprovou um artigo na Constituição da Bahia consagrando o candomblé como religião com direito à proteção constitucional. Na celebração, Emiliano José ressaltou que o candomblé é “uma religião de paz, de acolhimento, de solidariedade, que não pergunta de onde você vem, por isso tenho respeito e admiração profundo pelas religiões de matriz africana”.

Para o assessor especial da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Carlos Alves Moura, esse foi “um momento de respeito à nossa ancestralidade”. As abás, ou egbomis, como ressaltou Moura, “resgatam a tradição, a fé e a ancestralidade, preservando as origens africanas. A partir das experiências, das lições delas, é que nós levamos mensagens de amor, de mediação de conflitos, de solidariedade, de fraternidade”.

No evento que lotou o auditório do Centro Cultural da Câmara foram homenageadas Mãe Cotinha de Oxalá, Ya Edelzuíta de Omolú e as egbomis Elza de Oxossi, Ana de Ogum, Valquíria de Oxum e Bete de Oxalá. O vereador Henrique Carballal se disse emocionado por ter a oportunidade de celebrar “o Odum Adotá dessas mulheres, que garantem a preservação da história de lutas e conquistas da religião de matriz africana”.

A sessão foi aberta pelo historiador Marcos Rezende, ogan do Ilê Axé Oxumaré, que falou sobre a importância de celebrar o Odum Adotá. “Elas (as egbomis) são exemplos para todos nós, jovens do candomblé”, frisou, explicando que a história de luta do terreiro foi iniciada em 1875. A partir de 1988, passou a funcionar também a Associação Cultural e Religiosa São Salvador – Terreiro de Candomblé Ilê Axé Oxumaré, responsável pela realização de projetos sociais voltados para as comunidades da Vasco da Gama e Federação.

Além dos petistas Emiliano José e Rosemberg Pinto, a mesa da Sessão Especial foi composta pela juíza Luislinda Valois; Almiro Sena, promotor do Ministério Público; Ailton Ferreira, secretário municipal da Reparação, que representou o prefeito João Henrique; Marlene Coelho, do Fórum de Religiões de Matriz Africana; Fabíola Mansur, vice-presidente do Instituto Sócrates Guanaes; Babá PC de Oxumaré, da Associação Cultural do Ilê Axé Oxumaré. A Orquestra AfroSinfônica, regida pelo maestro Ubiratan Marques, se apresentou no coquetel que encerrou o evento. (Com informações do site da Câmara Municipal de Salvador).

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