8 de fevereiro de 2010

 

O PSDB decide mentir sobre o PAC como estratégia eleitoral, com cumplicidade de certa imprensa

N Bahia, o líder do PSDB, João Almeida, usa números de agosto de 2009 sobre o PAC como se fossem atuais; em São Paulo, o presidente do PSDB estadual, Mendes Thame, mente sobre os números do PAC. Está evidente que o PSDB decidiu mentir sobre o PAC como estratégia de campanha eleitoral. Em ambos os casos, com total cobertura da imprensa. Primeiro, as mentiras viram grandes manchetes, depois, vem o desmentido em letras miúdas. Falta ética aos tucanos.

Leio na Internet que “Dilma mostra e prova que o PSDB mente”. O PAC Drenagem destinou R$ 1,1 bilhão para conter enchentes em São Paulo, entretanto, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) “confunde” projetos do PAC com a MP das Enchentes e faz acusação infundada. E a mídia engole. Falta ética a certa mídia.

No caso da fraude comunicacional de João Almeida (PSDB-BA), os jornais se viram obrigados a desfazer o “equívoco”. Até o site do PSDB foi obrigado a se desmentir depois que o portal CONTAS ABERTAS explicou o uso incorreto dos números de agosto de 2009 sobre o PAC, como se fossem de fevereiro de 2010. No caso de Mendes Thame (PSDB-SP), a própria Assessoria de Imprensa da Casa Civil da Presidência da República publicou nota divulgando os números verdadeiros e desfazendo a mentira midiática.

LEIA A INFORMAÇÃO CORRETA

O governo federal destinou, desde junho do ano passado, R$ 1,1 bilhão para investimentos em obras de prevenção de enchentes em 24 municípios do Estado de São Paulo, inclusive a capital, distribuídos em 41 projetos. Foram R$ 487,2 milhões do Orçamento Geral da União, totalmente contratados, e R$ 616,1 milhões em financiamentos do FGTS e FAT/BNDES, para obras de drenagem urbana e manejo de águas pluviais no Estado.

Estes recursos fazem parte do Programa Manejo de Águas Pluviais do PAC (PAC Drenagem), que compreende R$ 4,7 bilhões de investimentos em todo o país. O anúncio dos 186 projetos selecionados para este programa foi feito pelo presidente Lula em junho de 2009, beneficiando 109 municípios de 19 estados.

Foi ao PAC Drenagem que a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, se referiu em entrevista, quinta-feira, ao descrever ações do governo federal para prevenir enchentes nas grandes cidades.

Os recursos do PAC Drenagem não se confundem com os R$ 880 milhões, previstos na Medida Provisória 463/2009, editada em maio para dar socorro emergencial a municípios afetados pelas chuvas no final de 2008 e início de 2009.

Quem se confundiu, lamentavelmente, foi o presidente do PSDB de São Paulo, deputado Mendes Thame. Em nota, o deputado refere-se aos recursos da MP 463/2009 como se fossem os investimentos do PAC Drenagem citados pela ministra Dilma Rousseff, o que não é correto. O parlamentar fez afirmações que não correspondem à verdade.

Do total de R$ 1,1 bilhão destinados pelo PAC Drenagem a cidades de São Paulo, 70% destinam-se a obras na Capital e Região Metropolitana, onde se concentram os maiores problemas relacionados às enchentes no Estado. Já foram contratados R$ 329 milhões do OGU para projetos na Capital e Região Metropolitana.

Para correta informação da população de São Paulo, eis a lista dos municípios daquele Estado com projetos aprovados no PAC Drenagem: São Paulo, Americana, Bauru, Campinas, Carapicuíba, Embu das Artes, Ferraz de Vasconcelos, Hortolândia, Itapevi, Jandira, Mauá, Nova Odessa, Osasco, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José do Rio Preto, São Vicente, Sumaré, Taboão da Serra, Tupã e Valinhos. (Assessoria de Imprensa da Casa Civil da Presidência da República).

Comments:
Oldack,


talvez voce queira ler, e reproduzir aqui, minhas opinioes sobre a Ponte para Itaparica e os ataques que sofre.

eu sou contra a Ponte - mas mais contra ainda os ataques que Joao Ubaldo et cateva fazem, demonizando e impedindo o debate.

aqui o texto: http://tiny.cc/Iu2L1

fique a vontade para republicar aqui e alhures, desde que coloque o link. Obrigado
 
Oldack,

Em países como o nosso, tanto os meios de produção material como os simbólicos pertencem à elite econômica. E, obviamente, a elite usa das ferramentas que possui para manter o status quo ou fazer com que o povo aceite o seu modelo de democracia.

Os meios de comunicação de massa são, agora mais do que nunca, armas político-ideológica em defesa dos princípios neoliberais. Em detrimento do dever de informar a sociedade, prevalecem os interesses de classe, os anseios dos patrões, dos anunciantes.

Isso certamente explica o comportamento agressivo da mídia, sobretudo neste período de crise do capitalismo, quando o sistema que permite a sua existência nesses moldes revela-se falido ou em iminente perigo.

(Trecho do artigo Mídia e ideologia: realidades políticas pelas lentes da grande imprensa brasileira, publicado no weblog Imprensa Marginal ).

Abraços!
 
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