10 de fevereiro de 2010

 

Demissão de general não encerra o assunto da tortura não

O chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército, general Maynard Marques de Santa Rosa, foi exonerado do posto pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, hoje, quarta-feira (10), depois de fazer críticas à terceira edição do Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH) em uma carta que circula na internet atribuída a ele.

A decisão foi anunciada pelo próprio ministro quarta-feira (10), durante a cerimônia de despedida do ministro da Justiça, Tarso Genro, do cargo, que transmitiu o posto para o secretário-executivo da pasta, Luiz Paulo Barreto. “Acabei de encaminhar ao presidente da República a exoneração da chefia do Departamento Geral de Pessoal e deixei a sua colocação à disposição do Exército.

O assunto está encerrado”, afirmou Jobim.

Aí é que ele se engana. Assunto encerrado coisa nenhuma.

Se um general do Exército se manifesta publicamente contra o Plano Nacional dos Direitos Humanos, muito provavelmente ele defende a impunidade aos torturadores, assassinos e criminosos de lesa-humanidade que atuaram nos porões da ditadura militar.

Pior. O general pode defender a perpetuação da tortura na grade escolar dos oficiais do Exército. Essa é uma história sem fim.

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