17 de novembro de 2009
Memórias da ditadura continuam encobertas, pelo menos na Bahia
O jornal A Tarde (14.11.09) publicou boa reportagem de Patrícia França sobre os arquivos da repressão na Bahia, que continuam desaparecidos. Na verdade, muito se avançou neste quesito. O governo da Bahia criou uma Comissão Especial de Memórias Reveladas, em abril. Estão pensando o que? Não fizemos uma revolução no Brasil. Fizemos apenas uma redemocratização, nos limites da democracia representativa burguesa, para usar uma terminologia fora de moda. Lula é presidente, mas os trabalhadores como classe não estão no poder. Por isso é que digo que já se fez muito.
Como era previsível, o Exército, Marinha, Aeronáutica, as forças armadas fizeram a opção pela proteção dos torturadores. Nos quartéis imperam os mesmos ensinamentos da ditadura militar. A diferença é que eles não podem colocá-los em prática. Mas, de vez em quando os ecos de alguma tortura se fazem ouvir.
Por enquanto, a Comissão de Memórias Reveladas pode ouvir e documentar os relatos dos ex-presos políticos. Os torturadores estão identificados. Pelo menos os chefes. Os militares dificilmente mudam de idéias. Nossos militares são reacionários, entreguistas, seguidores das ideologias de quartéis dos EEUU. Não quero desanimar ninguém, vamos trabalhar, mas, não podemos nos iludir.
Sempre que leio sobre esse tema, eu me lembro de Felinto Muller, torturador da ditadura Vargas, que virou senador da República e acabou morrendo em acidente de avião ao aterissar em Paris. Nada mudou.
Por que não procuram na casa do coronel Luiz Artur de Carvalho? Era um torturador. Hoje é nome de rua na Pituba.
Como era previsível, o Exército, Marinha, Aeronáutica, as forças armadas fizeram a opção pela proteção dos torturadores. Nos quartéis imperam os mesmos ensinamentos da ditadura militar. A diferença é que eles não podem colocá-los em prática. Mas, de vez em quando os ecos de alguma tortura se fazem ouvir.
Por enquanto, a Comissão de Memórias Reveladas pode ouvir e documentar os relatos dos ex-presos políticos. Os torturadores estão identificados. Pelo menos os chefes. Os militares dificilmente mudam de idéias. Nossos militares são reacionários, entreguistas, seguidores das ideologias de quartéis dos EEUU. Não quero desanimar ninguém, vamos trabalhar, mas, não podemos nos iludir.
Sempre que leio sobre esse tema, eu me lembro de Felinto Muller, torturador da ditadura Vargas, que virou senador da República e acabou morrendo em acidente de avião ao aterissar em Paris. Nada mudou.
Por que não procuram na casa do coronel Luiz Artur de Carvalho? Era um torturador. Hoje é nome de rua na Pituba.
Comments:
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Oldack,
Parece um pouco complicado nos livrarmos das malditas homenagens do grupo carlista aos fantasmas do mais sombrio período da história brasileira e baiana. Elas estão gravadas, além das memórias vivas e publicações que contornaram os censores, em cada cada canto da Bahia. São ruas, avenidas, escolas e tantas outras edificações...
Há um colégio estadual chamado Emílio Garrastazú Médice, um dos piores ditadores do regime militar. Os anos de seu governo é conhecido como "Os Anos de Chumbo.
Não sei o que anda sendo feito pelo governo Wagner acerca desse assunto. Imagino que seja pouco ou quase nada. Caso contrário, o galinheiro não estaria tão calmo.
Acho muito difícil que a realidade seja outra, quando este governo não se mostra preocupado com tal situação. Prova disso, o governo Wagner, para a vergonha de quem votou pela mudança, manteve quadros carlistas na Segurança Pública. O resultado, suponho que eu não o precise comentar.
Mas só para lembra, somente neste final de semana foram 37 assassinatos no estado.
Apoio este governo, mas não posso fechar meus olhos para a realidade. Adoraria de saber de mudanças políticas quanto à Segurança Pública.
Abraços!
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Parece um pouco complicado nos livrarmos das malditas homenagens do grupo carlista aos fantasmas do mais sombrio período da história brasileira e baiana. Elas estão gravadas, além das memórias vivas e publicações que contornaram os censores, em cada cada canto da Bahia. São ruas, avenidas, escolas e tantas outras edificações...
Há um colégio estadual chamado Emílio Garrastazú Médice, um dos piores ditadores do regime militar. Os anos de seu governo é conhecido como "Os Anos de Chumbo.
Não sei o que anda sendo feito pelo governo Wagner acerca desse assunto. Imagino que seja pouco ou quase nada. Caso contrário, o galinheiro não estaria tão calmo.
Acho muito difícil que a realidade seja outra, quando este governo não se mostra preocupado com tal situação. Prova disso, o governo Wagner, para a vergonha de quem votou pela mudança, manteve quadros carlistas na Segurança Pública. O resultado, suponho que eu não o precise comentar.
Mas só para lembra, somente neste final de semana foram 37 assassinatos no estado.
Apoio este governo, mas não posso fechar meus olhos para a realidade. Adoraria de saber de mudanças políticas quanto à Segurança Pública.
Abraços!
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