30 de outubro de 2009
Marighella, o inimigo número um da ditadura militar
O jornalista e escritor Emiliano José, atualmente exercendo o mandato de deputado federal (PT-Ba) escreveu “Marighella, o inimigo número um da ditadura militar” em 1997.
Em setembro de 1998, o professor Jorge Nóvoa, do Departamento e Mestrado de História da Universidade Federal da Bahia, assinou importante resenha sobre a obra, para o Caderno do CEAS.
Os anos se passaram e as observações do professor continuam atuais. Mais do que uma biografia, o livro de Emiliano foi um libelo contra a ditadura militar que se implantou no Brasil em 1964. Mesmo depois de morto, “Marigha” continuou a incomodar os donos do poder. Foi dureza reconhecer a responsabilidade do Estado na execução de Marighella, na gestão FHC.
(...) Na verdade, a maior parte do livro se concentra na reconstituição da complexa rede de fatos e relações que explicam como Marighella foi emboscado e assassinado pelos agentes repressivos comandados pelo tragicamente célebre Sergio Paranhos Fleury. Detentor de um aparelho repressivo dentro do aparelho maior, Fleury, como argumentou Emiliano, disputa com seus "outros" colegas as "honras" de assassinar o anjo doce do poema de Capinan.
(...) Debruçando-se sobre a história recente do Brasil, Emiliano não capitula diante de argumentos tais como o historiador não pode tomar partido.
(...) Marighella foi um furor de determinação. Após a sua captura pelos agentes dos golpistas em um cinema no Rio de Janeiro, em 1964, havia jurado que jamais seria preso ou torturado novamente.
(...) Emiliano procura construir sua narrativa partindo da conjuntura do assassinato de Marighella. O leitor é arrebatado pelo clima tenso daquele contexto e, como se estivesse lendo um romance policial, dificilmente largará o livro antes de vencer o primeiro capítulo. É o capítulo da morte. São os contatos na clandestinidade, as questões de segurança nas organizações, os esquemas dos pontos de encontros dos militantes, os cercos da polícia, os furos a estes, as fugas, os tiroteios, as prisões, o terror das torturas, a capacidade de resistir de alguns e as fraquezas de outros.
LEIA RESENHA NA ÍNTEGRA
Em setembro de 1998, o professor Jorge Nóvoa, do Departamento e Mestrado de História da Universidade Federal da Bahia, assinou importante resenha sobre a obra, para o Caderno do CEAS.
Os anos se passaram e as observações do professor continuam atuais. Mais do que uma biografia, o livro de Emiliano foi um libelo contra a ditadura militar que se implantou no Brasil em 1964. Mesmo depois de morto, “Marigha” continuou a incomodar os donos do poder. Foi dureza reconhecer a responsabilidade do Estado na execução de Marighella, na gestão FHC.
(...) Na verdade, a maior parte do livro se concentra na reconstituição da complexa rede de fatos e relações que explicam como Marighella foi emboscado e assassinado pelos agentes repressivos comandados pelo tragicamente célebre Sergio Paranhos Fleury. Detentor de um aparelho repressivo dentro do aparelho maior, Fleury, como argumentou Emiliano, disputa com seus "outros" colegas as "honras" de assassinar o anjo doce do poema de Capinan.
(...) Debruçando-se sobre a história recente do Brasil, Emiliano não capitula diante de argumentos tais como o historiador não pode tomar partido.
(...) Marighella foi um furor de determinação. Após a sua captura pelos agentes dos golpistas em um cinema no Rio de Janeiro, em 1964, havia jurado que jamais seria preso ou torturado novamente.
(...) Emiliano procura construir sua narrativa partindo da conjuntura do assassinato de Marighella. O leitor é arrebatado pelo clima tenso daquele contexto e, como se estivesse lendo um romance policial, dificilmente largará o livro antes de vencer o primeiro capítulo. É o capítulo da morte. São os contatos na clandestinidade, as questões de segurança nas organizações, os esquemas dos pontos de encontros dos militantes, os cercos da polícia, os furos a estes, as fugas, os tiroteios, as prisões, o terror das torturas, a capacidade de resistir de alguns e as fraquezas de outros.
LEIA RESENHA NA ÍNTEGRA