19 de agosto de 2009
Crise, democracia e política
Em artigo publicado (13/08) no site da revista CartaCapital, o deputado federal Emiliano José (PT-BA) faz uma reflexão sobre “crise, democracia e política” a partir dos acontecimentos envolvendo o Senado.
A crise é a ponta do iceberg. Espraia-se um acentuado descrédito em relação à política. E um profundo desprezo pela democracia representativa. Há um perigoso silêncio dos intelectuais. Há razões para o descrédito. A democracia enfrenta uma acentuada crise no mundo. Os parlamentares confundem o público e o privado.
No caso do Senado, os atos secretos são indefensáveis. Tudo acaba vindo à tona sob os holofotes da imprensa. E é bom que seja assim. A mídia destaca alguns problemas, silencia sobre outros. Realça defeitos de uns, esconde de outros. Ainda assim, nos casos de desvio de dinheiro público, reitera-se que a política deve ser feita à luz do dia.
Também a sociedade tem suas responsabilidades. Fora da política não há saída. E nos dias atuais torna-se necessário combinar democracia representativa e democracia direta. Colocar-se à margem nada resolve sendo esta atitude em si uma posição política, mesmo através da negação.
Tal posição acaba fortalecendo os que fazem da política um meio de se dar bem na vida, favorece os piores. Não podemos fazer da crise do Senado um instrumento para desacreditar o Estado democrático. É preciso o envolvimento dos melhores para mudar as instituições e reafirmar a dignidade da política.
LEIA NA ÍNTEGRA
A crise é a ponta do iceberg. Espraia-se um acentuado descrédito em relação à política. E um profundo desprezo pela democracia representativa. Há um perigoso silêncio dos intelectuais. Há razões para o descrédito. A democracia enfrenta uma acentuada crise no mundo. Os parlamentares confundem o público e o privado.
No caso do Senado, os atos secretos são indefensáveis. Tudo acaba vindo à tona sob os holofotes da imprensa. E é bom que seja assim. A mídia destaca alguns problemas, silencia sobre outros. Realça defeitos de uns, esconde de outros. Ainda assim, nos casos de desvio de dinheiro público, reitera-se que a política deve ser feita à luz do dia.
Também a sociedade tem suas responsabilidades. Fora da política não há saída. E nos dias atuais torna-se necessário combinar democracia representativa e democracia direta. Colocar-se à margem nada resolve sendo esta atitude em si uma posição política, mesmo através da negação.
Tal posição acaba fortalecendo os que fazem da política um meio de se dar bem na vida, favorece os piores. Não podemos fazer da crise do Senado um instrumento para desacreditar o Estado democrático. É preciso o envolvimento dos melhores para mudar as instituições e reafirmar a dignidade da política.
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