27 de fevereiro de 2009
Protesto contra a Folha de S. Paulo
A ong “Movimento dos Sem-Mídia” está organizando um protesto público contra o jornalão da direita Folha de S. Paulo que, em editorial (17/02), relativizou a violência da ditadura militar brasileira qualificando-a de “ditabranda”. É uma vergonha. O protesto vai ocorrer em frente à sede do jornalão, à rua Barão de Limeira.
De férias, não acompanhei a cagada do editorialista da Folha. A defesa da ditadura militar provocou uma verdadeira enxurrada de e-mails criticando o jornalão da famiglia Frias. O jornalão tem reafirmado sua posição e chegou a classificar a indignação dos respeitáveis professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides como “cínica e mentirosa”
Segundo o blog Cidadania.com, entre as adesões ao protesto já constam o Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, além de professores da USP e da Unicamp.
O blog Bahia de Fato manifesta repúdio ao editorial militarista da Folha de S. Paulo.
Seguem alguns e-mails do Painel do Leitor da Folha:
DITADURA
"Lamentável o uso da palavra "ditabranda" no editorial "Limites a Chávez" (“Opinião”, 17/2) e vergonhosa a Nota da Redação à manifestação do leitor Sérgio Pinheiro Lopes ("Painel do Leitor", ontem). Quer dizer que a violência política e institucional da ditadura brasileira foi em nível "comparativamente baixo'? Que palhaçada é essa? Quanto de violência é admissível? No grande "Julgamento em Nuremberg" (1961), o personagem de Spencer Tracy diz ao juiz nazista que alegava que não sabia que o horror havia atingido o nível que atingira: "Isso aconteceu quando você condenou à morte o primeiro homem que você sabia que era inocente". A “Folha” deveria ter vergonha em relativizar a violência. Será que não é por isso que ela se manifesta de forma cada vez maior nos estádios, nas universidades e nas ruas?"
“MAURICIO CIDADE BROGGIATO” (Rio Grande, RS)
DITADÔMETRO
"Inacreditável. A Redação da “Folha” inventou um ditadômetro, que mede o grau de violência de um período de exceção. Funciona assim: se o redator foi ou teve vítimas envolvidas, será ditadura; se o contrário, será ditabranda. Nos dois casos, todos nós seremos burros."
“LUIZ SERENINI PRADO” (Goiânia, GO)
INFÂMIA
"Mas o que é isso? Que infâmia é essa de chamar os anos terríveis da repressão de "ditabranda'? Quando se trata de violação de direitos humanos, a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar "importâncias" e estatísticas. Pelo mesmo critério do editorial da Folha, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi "doce" se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala - que horror!"
“MARIA VICTORIA DE MESQUITA BENEVIDES”, professora da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)
VERGONHA
"O leitor Sérgio Pinheiro Lopes tem carradas de razão. O autor do vergonhoso editorial de 17 de fevereiro, bem como o diretor que o aprovou, deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro, cuja dignidade foi descaradamente enxovalhada. Podemos brincar com tudo, menos com o respeito devido à pessoa humana."
“FÁBIO KONDER COMPARATO”, professor universitário aposentado e advogado
(São Paulo, SP).
De férias, não acompanhei a cagada do editorialista da Folha. A defesa da ditadura militar provocou uma verdadeira enxurrada de e-mails criticando o jornalão da famiglia Frias. O jornalão tem reafirmado sua posição e chegou a classificar a indignação dos respeitáveis professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides como “cínica e mentirosa”
Segundo o blog Cidadania.com, entre as adesões ao protesto já constam o Fórum Permanente de Ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo, o Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo, além de professores da USP e da Unicamp.
O blog Bahia de Fato manifesta repúdio ao editorial militarista da Folha de S. Paulo.
Seguem alguns e-mails do Painel do Leitor da Folha:
DITADURA
"Lamentável o uso da palavra "ditabranda" no editorial "Limites a Chávez" (“Opinião”, 17/2) e vergonhosa a Nota da Redação à manifestação do leitor Sérgio Pinheiro Lopes ("Painel do Leitor", ontem). Quer dizer que a violência política e institucional da ditadura brasileira foi em nível "comparativamente baixo'? Que palhaçada é essa? Quanto de violência é admissível? No grande "Julgamento em Nuremberg" (1961), o personagem de Spencer Tracy diz ao juiz nazista que alegava que não sabia que o horror havia atingido o nível que atingira: "Isso aconteceu quando você condenou à morte o primeiro homem que você sabia que era inocente". A “Folha” deveria ter vergonha em relativizar a violência. Será que não é por isso que ela se manifesta de forma cada vez maior nos estádios, nas universidades e nas ruas?"
“MAURICIO CIDADE BROGGIATO” (Rio Grande, RS)
DITADÔMETRO
"Inacreditável. A Redação da “Folha” inventou um ditadômetro, que mede o grau de violência de um período de exceção. Funciona assim: se o redator foi ou teve vítimas envolvidas, será ditadura; se o contrário, será ditabranda. Nos dois casos, todos nós seremos burros."
“LUIZ SERENINI PRADO” (Goiânia, GO)
INFÂMIA
"Mas o que é isso? Que infâmia é essa de chamar os anos terríveis da repressão de "ditabranda'? Quando se trata de violação de direitos humanos, a medida é uma só: a dignidade de cada um e de todos, sem comparar "importâncias" e estatísticas. Pelo mesmo critério do editorial da Folha, poderíamos dizer que a escravidão no Brasil foi "doce" se comparada com a de outros países, porque aqui a casa-grande estabelecia laços íntimos com a senzala - que horror!"
“MARIA VICTORIA DE MESQUITA BENEVIDES”, professora da Faculdade de Educação da USP (São Paulo, SP)
VERGONHA
"O leitor Sérgio Pinheiro Lopes tem carradas de razão. O autor do vergonhoso editorial de 17 de fevereiro, bem como o diretor que o aprovou, deveriam ser condenados a ficar de joelhos em praça pública e pedir perdão ao povo brasileiro, cuja dignidade foi descaradamente enxovalhada. Podemos brincar com tudo, menos com o respeito devido à pessoa humana."
“FÁBIO KONDER COMPARATO”, professor universitário aposentado e advogado
(São Paulo, SP).
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A Folha tem o rabo preso. colaborou com os torturadores emprestando carros para o transporte de presos pelos milicos.Relativizando os horrores da ditadura, ela também minimiza sua colaboração.
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