30 de setembro de 2008

 

Imprensa séria rejeita molecagem do IBOPE em Salvador

A pesquisa do IBOPE/TV Bahia, na contramão de todos os demais institutos que mostram a disputa eleitoral empatada, caiu como uma bomba de napalm em cima dos eleitores. A reação da imprensa revela desconfiança.

A Tribuna da Bahia, no alto da primeira página, deu a manchete: “IBOPE revela uma intrigante dança dos números”. O texto é irônico, “como se o eleitor de Salvador não soubesse o que quer”. O jornal A Tarde deu importância menor em chamada na primeira página, mas na parte de baixo. A manchete foi “Pesquisa indica empate entre João e Pinheiro”. Assim, A Tarde se recusou a fazer o jogo do IBOPE. Já O Correio, de propriedade do candidato ACM Neto (DEM), pela primeira vez, desde que mudou de cara, acabou traindo sua origem e tascou a chamada “IBOPE aponta liderança de ACM Neto e empate entre João e Pinheiro no segundo lugar”.

Não dá mesmo para levar a sério. Como levar a sério uma pesquisa que dá 28% para ACM Neto (DEM) contra 20% para os candidatos João e Pinheiro? Na coluna Tempo Presente (jornal A Tarde) o jornalista Levi Vasconcelos escreveu: “Seja como for, tais números (do Ibope) pouco devem significar, se comparados com os do próprio IBOPE divulgados em 2004, em 23 de setembro, a dez dias das eleições.

A simulação de segundo turno previa que César Borges perderia para todos, mas de pouco: de 44 a 41 com Lídice; de 44 a 42 para Pelegrino e de 54 a 32 para João Henrique. Como todos sabem, deu João no segundo turno.

No final, nem a pesquisa da boca-de-urna do Ibope bateu. E o jornalista arremata: “Na ocasião o Datafolha não fez pesquisa em Salvador. Nem os outros. Hoje, o Ibope não está só. Ainda bem”.

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