30 de setembro de 2008

 

Governador Wagner afirma que João Henrique é confuso

Está fazendo furor, na Bahia, a entrevista que o governador Jaques Wagner deu hoje ao jornal Valor Econômico (30/09/08). “Popularidade de Lula não é capaz de eleger postes”, diz o governador. A entrevista está circulando na Internet. Wagner afirma que um ponto de conflito com Geddel Vieira Lima foi produzido por alguém (João Henrique) que nem sequer era do PMDB. Foi eleito pelo PDT com vice do PSDB. Eu até gosto dele, não é um mau caráter, não é um larápio, mas é um cara confuso. Confuso na política e confuso na gestão.

VALOR: O senhor e o ministro Geddel saem como entraram nessa eleição?

WAGNER: Temos um ponto de conflito que foi produzido por alguém que não era meu nem dele, que é o prefeito atual, que foi eleito pelo PDT, com vice do PSDB, e baixíssima participação do PMDB, que não tinha nem interesse em ficar no governo. Tinha lá uma secretaria marginal. De repente, quando o cidadão viu que estava com problemas de sobrevivência política, ele teve de sair de um partido pequeno e procurar um partido maior para se abrigar. Ele é muito midiático. Eu até gosto dele, não é um mau caráter, não é um larápio, mas é um cara confuso. Confuso na política e confuso na gestão. Ele precisava de tempo de televisão. Quis vir para o meu partido, coisa que eu recomendei.

VALOR: Mas o PT não quis?

WAGNER: O vício do cachimbo deixa a boca torta. A gente vai amadurecendo mas alguns vícios vez por outra aparecem. Então apesar de o governador dizer: 'rapaz, põe o cara pra dentro. A gente já está no governo, põe logo o cara no PT', o meu partido não acolheu a minha sugestão, o pedido de seu governador. E ele acabou indo para o PMDB. Ao ir para o PMDB gerou então um pólo de tensão. Não por culpa dele, por culpa da conjuntura.

Geddel e o PMDB receberam esse presente - tinham pouquíssima coisa em Salvador e ganharam um prefeito e uma prefeitura, como máquina política para fazer a operação da política, no bom sentido. É óbvio que gostariam de ter todo mundo em torno deles. Então lutaram por isso.

Eu defendi a tese da minha base de sustentação (um candidato só), pelo menos na capital. As pessoas não se convenceram. Até porque diziam que ele é ruim de compromisso. O pessoal de pesquisa dizia que ele tinha dificuldade de ir até para o segundo turno. O argumento é que era melhor não jogarmos com uma hipótese só e perdermos para o PFL.

A outra hipótese era o Imbassahy, com quem eu tenho relação. Mas isso não animava muita gente exatamente porque era um alinhamento com o PSDB nacional e as pessoas aqui não tinham interesse óbvio nessa aproximação. Quando acabar a eleição tem um rescaldo a ser tratado. E eu tenho que ficar administrando esse conjunto todo.

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