26 de maio de 2008
Folha de S. Paulo manipula noticiário para sacanear o PT
O blog Entrelinhas, do jornalista Luiz Antonio Magalhães (editor de Política do jornal DCI e editor-assistente do Observatório da Imprensa) dá uma grande contribuição à imprensa verdadeiramente livre, com seu texto "Dois pesos e duas medidas".
O jornalista analisa a matéria da Folha desta segunda-feira (26) intitulada "A cada R$ 1 (Real) doado ao PT, empresas recebem R$ 54". Esta matéria está na página A4.
Como a Folha chegou a esta relação numérica? O jornal levantou as doações legais dos 20 maiores contribuintes ao PT, cerca de R$ 8,7 milhões, e dividiu pelos R$ 473 milhões que tais empresas receberam do Governo Federal, legitimamente, porque fruto de licitaçaões públicas. É um sofisma. O jornal conclui que o Governo Federal paga às empresas 54 vezes o que doaram ao PT.
Mas então, comenta o jornalista L. A. Magaalhães, o distraído leitor vira a página e se depara com a seguinte preciosidade: "Doadoras do PSDB obtêm contratos de R$ 3,4 BILHÕES". É que as empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht ganharam licitações em Minas Gerais e São Paulo. Ora, as construtoras doaram ao todo R$ 2,4 milhões ao PSDB em 2007. Logo, a mesma divisão mostra que a cada R$ 1 (Real) doado aos tucanos as duas empresas receberam exatos R$ 1.416. O jornalão, entretanto, achou que os R$ 54 do PT merecem mais destaque que os R$ 1.417 do PSDB.
Uma manchete justa talvez fosse "Doação ao PSDB dá às empresas retorno 26 vezes maior do que doação ao PT". Poderia, se não fosse uma conta safada. Doação aos partidos nada tem a ver com licitações públicas ganhas pelas empresas. A relação numérica obviamente é falsa e visa a confundir o leitor. Trágico é que o jornalão golpista faça isso de maneira tão escancarada.
Como sugere L. A. Magalhães, "isso talvez seja assunto para Carlos Eduardo Lins da Silva, o novo e competente ombudsman da Folha".
LEIA A ÍNTEGRA
O jornalista analisa a matéria da Folha desta segunda-feira (26) intitulada "A cada R$ 1 (Real) doado ao PT, empresas recebem R$ 54". Esta matéria está na página A4.
Como a Folha chegou a esta relação numérica? O jornal levantou as doações legais dos 20 maiores contribuintes ao PT, cerca de R$ 8,7 milhões, e dividiu pelos R$ 473 milhões que tais empresas receberam do Governo Federal, legitimamente, porque fruto de licitaçaões públicas. É um sofisma. O jornal conclui que o Governo Federal paga às empresas 54 vezes o que doaram ao PT.
Mas então, comenta o jornalista L. A. Magaalhães, o distraído leitor vira a página e se depara com a seguinte preciosidade: "Doadoras do PSDB obtêm contratos de R$ 3,4 BILHÕES". É que as empresas Andrade Gutierrez e Odebrecht ganharam licitações em Minas Gerais e São Paulo. Ora, as construtoras doaram ao todo R$ 2,4 milhões ao PSDB em 2007. Logo, a mesma divisão mostra que a cada R$ 1 (Real) doado aos tucanos as duas empresas receberam exatos R$ 1.416. O jornalão, entretanto, achou que os R$ 54 do PT merecem mais destaque que os R$ 1.417 do PSDB.
Uma manchete justa talvez fosse "Doação ao PSDB dá às empresas retorno 26 vezes maior do que doação ao PT". Poderia, se não fosse uma conta safada. Doação aos partidos nada tem a ver com licitações públicas ganhas pelas empresas. A relação numérica obviamente é falsa e visa a confundir o leitor. Trágico é que o jornalão golpista faça isso de maneira tão escancarada.
Como sugere L. A. Magalhães, "isso talvez seja assunto para Carlos Eduardo Lins da Silva, o novo e competente ombudsman da Folha".
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