8 de agosto de 2006

 

O mundo exige respeito à soberania de Cuba

Mais de 400 personalidades de todo o mundo, entre eles oito prêmios Nobel, assinaram um manifesto no qual exigem que os Estados Unidos respeitem a soberania de Cuba. O texto condena também as crescentes ameaças contra a integridade territorial da ilha.

Entre as personalidades estão os brasileiros Chico Buarque, Frei Betto e Oscar Niemayer, além de nomes como Eduardo Galeano, José Saramago, Ignacio Ramonet, Miguel Bonasso, Rigoberta Menchú, Desmond Tutu, Mario Benedetti e Noam Chomsky.

O documento, intitulado ''A soberania de Cuba deve ser respeitada'', critica com firmeza a postura de Washington diante do problema de saúde do presidente Fidel Castro, afastado há uma semana do poder para se recuperar de uma cirurgia abdominal.

''Devemos impedir a todo custo uma nova agressão'', defende o documento, levando em conta a crescente militarização da política externa norte-americana. Ao final, há o endereço de uma página na internet criada especialmente para propagar o manifesto e conquistar mais adesões.

Confira abaixo a íntegra do manifesto:

A SOBERANIA DE CUBA DEVE SER RESPEITADA

Desde que foi comunicado o estado de saúde de Fidel Castro e a delegação provisória de seus cargos, altos funcionários norte-americanos têm formulado declarações cada vez mais explícitas acerca do futuro imediato de Cuba. O secretário de Comércio Carlos Gutiérrez opinou que ''chegou o momento de uma verdadeira transição até uma verdadeira democracia'' e o porta-voz da Casa Branca Tony Snow disse que seu governo está ''pronto e ansioso para outorgar assistência humanitária, econômica e de outra natureza ao povo de Cuba'', o que acaba de ser reiterado pelo presidente Bush.

Já a ''Comissão por uma Cuba Livre'', presidida pela secretária de Estado Condoleezza Rice, havia destacado um informe em meados de junho ''a urgência de trabalhar hoje para garantir que a estratégia de sucessão do regime de Castro não tenha êxito'' e o presidente Bush sinalizou que este documento ''demonstra que estamos trabalhando ativamente por uma mudança de Cuba, não simplesmente esperando que isso ocorra''. O Departamento de Estado destacou que o plano inclui medidas que permanecerão secretas ''por razões de segurança nacional'' e para assegurar sua ''efetiva realização''.

Não é difícil imaginar o caráter de tais medidas e da ''assistência'' anunciada se tem-se conta da militarização da política exterior da atual administração estadunidense e sua atuação no Iraque.
Ante essa ameaça crescente contra a integridade de uma nação, a paz e a segurança na América Latina e no mundo, os abaixo-assinados exigimos que o governo dos Estados Unidos respeite a soberania de Cuba. Devemos impedir a todo custo uma nova agressão

PARA ADESÕES: www.porcuba.org

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