2 de novembro de 2010

 

A vitória de Dilma me deixou de alma lavada

Mino Carta escreveu um lúcido editorial em sua revista Carta Capital. Ele faz referência à mídia brasileira, intérprete do ódio de classe, que durante oito anos alvejou o presidente mais amado da história do Brasil.

Também lembra que aquela história do mensalão (entendido como pagamento mensal a parlamentares) nunca foi provada, para desconforto e vergonha de jornalistas, supostos formadores de opinião e donos de veículos de comunicação.

Foi essa mídia meio fascistóide, atucanada, sintonizada com um udenismo tardio, que Dilma Rousseff teve que enfrentar na campanha eleitoral. Eles chegaram a evocar o passado “guerrilheiro” e “terrorista” de Dilma, durante a ditadura militar.

Mino Carta lembra ainda que, como de hábito, apelaram para a má-fé para explorar a ignorância de um povo de baixa escolaridade, que desconhece sua própria História.

Nos porões da ditadura, Dilma foi encarcerada e brutalmente torturada, mas, para a mídia, terrorista não foi a ditadura militar, “terrorista” era a Dilma.

“Mas a hipocrisia da mídia não tem limites, com a contribuição da ferocidade que imperou na internet ao sabor da campanha de ódio nunca tão capilar e agressiva. E na moldura cabe à perfeição a questão do aborto, praticado à vontade pelas privilegiadas e, ao que se diz, pela própria esposa de José Serra, e negado às desvalidas”. Mino Carta é brilhante.

Imaginem que até o papa alemão Dilma teve que enfrentar, o cara esqueceu que o Vaticano fica na Itália, onde, aliás, o aborto foi descriminalizado há 40 anos.
É isso. Sai de alma lavada dessa eleição.

LEIA REVISTA CARTA CAPITAL QUE ESTÁ NAS BANCAS

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?