21 de agosto de 2010

 

Consultor de empresas comenta a despolitização da campanha

Francisco Viana, jornalista e afamado consultor de empresas, assina o artigo “Nessa eleição, exclusão social foi posta de lado”, publicado na revista digital Terra Magazine. Ele se diz perplexo com o esforço para desqualificar a candidata Dilma Roussef.

“A ideia chave é transformá-la numa personagem artificial, produzida pelo marketing. Não sorria, passou a sorrir. Era briguenta, passou a ser leve. Era radical, tornou-se contraditória. Seus únicos méritos: ter o presidente Lula como cabo eleitoral e dispor de maior tempo no horário político na televisão”.

“É como se ela não tivesse uma trajetória política construída passo a passo, tendo sido ministra das Minas e Energia e ministra da Casa Civil, entre outros cargos públicos, sem que jamais seu nome estivesse envolvido num escândalo ou contra ela pesasse alguma acusação de descaso, mínimo que fosse, interesse público”.

“E o que é pior: Dilma e tratada como vilã por ter pegado em armas contra a ditadura, quando este é justamente um elemento enriquecedor da sua biografia. É uma situação em que o noticiário procura criar uma ilusão enganosa de distanciamento, outorgando imunidade aos adversários do PT e descredenciando a candidata Dilma Rousseff como sendo incompatível com as funções. É o recurso ao éter da ilusão para sublimar o medo da mudança”.

Ele comenta a despolitização da campanha. Deixará o eleitor se seduzir pelo que a mídia diz? “No fundo, mais do que votar está em jogo separar o ar que se respira do éter da ilusão-manipulação dos fatos.

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