30 de julho de 2010

 

Serra, o candidato do PSDB/DEM, foge do debate como o diabo foge da cruz.

Está em curso a estratégia eleitoral do medo. O candidato Serra (PSDB/DEM) é seu patrono. Essa história idiotizante de tentar vincular o PT e, por tabela, a candidata à presidência Dilma, à guerrilha, ao narcotráfico e ao banditismo, tenta substituir o debate político por acusações esdrúxulas. O serviço sujo inicial coube ao candidato a vice de Serra, mas, logo em seguida Serra e todo o comando de campanha embarcou neste discurso despolitizante.

O que Serra quer esconder?

Serra quer evitar com a estratégia do medo (FARCS, guerrilha, aborto, comando vermelho e outras acusações absurdas) que os oito anos do presidente Lula sejam comparados aos oito anos de Fernando Henrique Cardoso. Dilma é o projeto de Lula, Serra é o projeto de FHC. São dois projetos antagônicos.

O caso da Petrobrás é bastante ilustrativo. No governo FHC – do qual Serra participou e liderou – por muito pouco a Petrobrás não se transformou em Petrobrax.

Não se tratava apenas de mudança de marca. Simbolizava o primeiro passo para a entrega da estatal às multinacionais do petróleo. O risco foi afastado com a vitória de Lula e a posse em 2003. Com Lula, o sucateamento da Petrobrás foi encerrado. Começou então o processo de investimento, valorização da empresa e de seu quadro técnico, que redundou na descoberta do pré-sal.

Ou seja, FHC e Serra queriam privatizar a Petrobrás. Se Lula não ganha hoje o país estaria nas mãos de empresas estrangeiras de petróleo.

O que Serra quer esconder?

Que o programa Bolsa Família se transformou no maior programa de transferência de renda da história do Brasil, passando a ser referência mundial. Antes Serra era contra, chamava o Bolsa Família de Bolsa-Esmola. Em plena campanha eleitoral decidiu anunciar que “dobraria” o Bolsa Família.
Com a estratégia do medo, Serra quer evitar o debate sobre o Bolsa Família. Mais do que um programa de assistência social, significa o rompimento com a exclusão, sendo responsável pelo crescimento econômico ao incluir no mercado consumidor mais de 44 milhões de brasileiros.

O Bolsa Família aumentou o consumo, o comércio vendeu mais, as fábricas e a agricultura expandiram a produção e contrataram trabalhadores. Mais renda, mais emprego, mais impostos arrecadados, mais benefícios sociais.

Para o bem do Brasil, Serra não pode ganhar.

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