3 de setembro de 2006
ONU recomenda Fome Zero e mídia brasileira não informa
A mídia brasileira de modo geral não dá destaque, sabe lá Deus o porquê, mas o programa Fome Zero está sendo elogiado pela FAO (Organização da ONU para Agricultura e Alimentação). Segundo o Relatório da FAO, os “formadores de opinião” simplesmente desconhecem os resultados concretos. O principal braço do Fome Zero é o Bolsa Família, que já beneficiou 11,1 milhões de famílias, ou seja, 45 milhões de pessoas, 25% da população. Mas o Fome Zero é constituído ainda pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que beneficiou 36,3 milhões de alunos e pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que já beneficiou 2 milhões de pequenos produtores rurais.
Segundo o relatório da FAO, "com o lançamento do Fome Zero (...) a melhoria na segurança alimentar passou a fazer parte de um conjunto de direitos sociais que articulados e integrados em sistemas de redes contribuem para a emancipação dos pobres e o que lhes dá condições para conquistar outros direitos como cidadãos brasileiros". A FAO recomenda a implantação de programas similares em países que enfrentam o problema da fome. Uma equipe da FAO acompanha o Fome Zero desde o início, logo, a FAO tem autoridade para falar.
A FAO considera que essa visão otimista do programa não é repercutida pela mídia. "Muitos destes resultados concretos ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil. Mesmo sendo documentados por meio de vários estudos e publicações governamentais, há uma ampla incompreensão sobre o continuado crescimento dos programas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal e a percepção equivocada de que tudo se concentra numa única iniciativa - o Bolsa Família."
Em vez de noticiar com isenção, a mídia privilegia críticas, como o suposto caráter “assistencialista” do programa, a prevalência do Bolsa Família sobre os demais programas, as distorções na distribuição dos benefícios e erros nos cadastros, sem falar nas “pretensões” eleitoreiras. É óbvio que o Fome Zero ajuda a imagem do Governo Lula. Pesquisa do Datafolha do fim de maio mostrou que 25% dos entrevistados apontam os programas sociais do governo federal como motivo do voto no candidato do PT, com destaque para Bolsa Família. A revista eletrônica Terra Magazine publicou matéria com a abordagem correta.
A FAO recomenda a implantação de programas similares com as devidas adaptações às necessidades e potencialidades locais. Mesmo em países mais pobres que o Brasil, um programa de erradicação da fome como o brasileiro não comprometeria o orçamento. Os gastos do Bolsa Família, embora muito altos, R$ 8,3 bilhões em 2006, representam apenas 0,4% do PIB brasileiro estimado, justifica a organização. Isso significa dizer que, a Serra Leoa, cujo PIB é de aproximadamente US$ 1.650 conseguiria obter bons resultados com meros R$ 15 milhões.
Segundo o relatório da FAO, "com o lançamento do Fome Zero (...) a melhoria na segurança alimentar passou a fazer parte de um conjunto de direitos sociais que articulados e integrados em sistemas de redes contribuem para a emancipação dos pobres e o que lhes dá condições para conquistar outros direitos como cidadãos brasileiros". A FAO recomenda a implantação de programas similares em países que enfrentam o problema da fome. Uma equipe da FAO acompanha o Fome Zero desde o início, logo, a FAO tem autoridade para falar.
A FAO considera que essa visão otimista do programa não é repercutida pela mídia. "Muitos destes resultados concretos ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil. Mesmo sendo documentados por meio de vários estudos e publicações governamentais, há uma ampla incompreensão sobre o continuado crescimento dos programas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal e a percepção equivocada de que tudo se concentra numa única iniciativa - o Bolsa Família."
Em vez de noticiar com isenção, a mídia privilegia críticas, como o suposto caráter “assistencialista” do programa, a prevalência do Bolsa Família sobre os demais programas, as distorções na distribuição dos benefícios e erros nos cadastros, sem falar nas “pretensões” eleitoreiras. É óbvio que o Fome Zero ajuda a imagem do Governo Lula. Pesquisa do Datafolha do fim de maio mostrou que 25% dos entrevistados apontam os programas sociais do governo federal como motivo do voto no candidato do PT, com destaque para Bolsa Família. A revista eletrônica Terra Magazine publicou matéria com a abordagem correta.
A FAO recomenda a implantação de programas similares com as devidas adaptações às necessidades e potencialidades locais. Mesmo em países mais pobres que o Brasil, um programa de erradicação da fome como o brasileiro não comprometeria o orçamento. Os gastos do Bolsa Família, embora muito altos, R$ 8,3 bilhões em 2006, representam apenas 0,4% do PIB brasileiro estimado, justifica a organização. Isso significa dizer que, a Serra Leoa, cujo PIB é de aproximadamente US$ 1.650 conseguiria obter bons resultados com meros R$ 15 milhões.