17 de junho de 2006
Franklin Martins afirma que a “Veja” pagará caro
Depois de ser demitido da Globo num estranho episódio, Franklin Martins vai para a Rede Band, mas antes faz um balanço dos erros da mídia, que já está sendo julgada pelos leitores
Agência Carta Maior – 14 de junho de 2006
ENTREVISTA - FRANKLIN MARTINS
A MÍDIA ESTÁ SENDO JULGADA PELOS LEITORES E “VEJA”PAGARÁ O PREÇO PELA PERDA DE CREDIBILIDADE
Afastado da Rede Globo após quase uma década de trabalho, um dos mais conhecidos comentaristas políticos do país analisa a chamada “crise do mensalão” e avalia que a imprensa foi longe demais no episódio. Publicaram coisas gravíssimas sem qualquer prova, como os casos dos dólares de Cuba ou das contas externas de membros do governo. Depois sentaram em cima do assunto, como se não fosse com eles. A “Veja” pagará o preço pela perda de credibilidade. Não entendo até agora porque a “Veja” faz isso com a “Veja”. Vai levar muito tempo para que ela recupere a credibilidade. Fizeram várias denúncias sem qualquer base, sem checar as informações. A imprensa não pode achar que pega o povo pelo nariz e o leva para lá e para cá. A mídia está sendo julgada pelos leitores.
SÃO PAULO - Há trinta anos, não havia Franklin Martins. Existia Luís Antonio Tovar, sujeito que fazia de tudo para passar desapercebido por onde andasse. A tarefa era um tanto difícil, pois era duro disfarçar seus mais de 1,90 m de altura e um gesticular largo a sublinhar cada frase proferida. Como dirigente de uma organização clandestina, Tovar vivia em um bairro operário da zona norte de São Paulo.
Os textos de sua autoria, editados em pequenas publicações clandestinas, como “Unidade Proletária” e Brasil Socialista”, destacavam-se por evitar o fraseado característico da esquerda. Tinham humor e estilo. No currículo do autor, havia uma curta passagem pela imprensa e um mergulho na militância revolucionária, após 1966. A dedicação levou-o a fundar uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro – o MR 8 –, a ser um dos líderes da passeata dos 100 mil, em 1968, no Rio de Janeiro, e a participar do seqüestro do embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick, em 1969. Após um longo período de exílio e clandestinidade, Franklin Martins abandonou o nome frio, voltou à vida legal e iniciou uma destacada carreira na imprensa.
Mesmo que quisesse, Franklin jamais conseguiria voltar a ser Tovar. Não haveria como disfarçar um dos rostos mais conhecidos do jornalismo brasileiro para os rigores de uma hipotética clandestinidade.
Aos 57 anos, este capixaba criado no Rio de Janeiro enfrentou mais uma batalha. Acusado por Diogo Manardi, colunista de “Veja”, de ter favorecido familiares junto ao governo, por conta de sua influência, Franklin Martins fez um desafio público ao acusador, pedindo provas de tais atos. Apesar de não ter obtido resposta, Franklin, ao mesmo tempo, não teve renovado seu contrato de comentarista político na Rede Globo. “Até hoje não conheço as razões de tal fato”, alega ele.
POUCO ANTES DE SUA ESTRÉIA NO JORNALISMO DA REDE BANDEIRANTES, FRANKLIN MARTINS CONCEDEU A SEGUINTE ENTREVISTA À CARTA MAIOR:
Leia a entrevista completa no site de Emiliano José
Agência Carta Maior – 14 de junho de 2006
ENTREVISTA - FRANKLIN MARTINS
A MÍDIA ESTÁ SENDO JULGADA PELOS LEITORES E “VEJA”PAGARÁ O PREÇO PELA PERDA DE CREDIBILIDADE
Afastado da Rede Globo após quase uma década de trabalho, um dos mais conhecidos comentaristas políticos do país analisa a chamada “crise do mensalão” e avalia que a imprensa foi longe demais no episódio. Publicaram coisas gravíssimas sem qualquer prova, como os casos dos dólares de Cuba ou das contas externas de membros do governo. Depois sentaram em cima do assunto, como se não fosse com eles. A “Veja” pagará o preço pela perda de credibilidade. Não entendo até agora porque a “Veja” faz isso com a “Veja”. Vai levar muito tempo para que ela recupere a credibilidade. Fizeram várias denúncias sem qualquer base, sem checar as informações. A imprensa não pode achar que pega o povo pelo nariz e o leva para lá e para cá. A mídia está sendo julgada pelos leitores.
SÃO PAULO - Há trinta anos, não havia Franklin Martins. Existia Luís Antonio Tovar, sujeito que fazia de tudo para passar desapercebido por onde andasse. A tarefa era um tanto difícil, pois era duro disfarçar seus mais de 1,90 m de altura e um gesticular largo a sublinhar cada frase proferida. Como dirigente de uma organização clandestina, Tovar vivia em um bairro operário da zona norte de São Paulo.
Os textos de sua autoria, editados em pequenas publicações clandestinas, como “Unidade Proletária” e Brasil Socialista”, destacavam-se por evitar o fraseado característico da esquerda. Tinham humor e estilo. No currículo do autor, havia uma curta passagem pela imprensa e um mergulho na militância revolucionária, após 1966. A dedicação levou-o a fundar uma dissidência do Partido Comunista Brasileiro – o MR 8 –, a ser um dos líderes da passeata dos 100 mil, em 1968, no Rio de Janeiro, e a participar do seqüestro do embaixador dos EUA, Charles Burke Elbrick, em 1969. Após um longo período de exílio e clandestinidade, Franklin Martins abandonou o nome frio, voltou à vida legal e iniciou uma destacada carreira na imprensa.
Mesmo que quisesse, Franklin jamais conseguiria voltar a ser Tovar. Não haveria como disfarçar um dos rostos mais conhecidos do jornalismo brasileiro para os rigores de uma hipotética clandestinidade.
Aos 57 anos, este capixaba criado no Rio de Janeiro enfrentou mais uma batalha. Acusado por Diogo Manardi, colunista de “Veja”, de ter favorecido familiares junto ao governo, por conta de sua influência, Franklin Martins fez um desafio público ao acusador, pedindo provas de tais atos. Apesar de não ter obtido resposta, Franklin, ao mesmo tempo, não teve renovado seu contrato de comentarista político na Rede Globo. “Até hoje não conheço as razões de tal fato”, alega ele.
POUCO ANTES DE SUA ESTRÉIA NO JORNALISMO DA REDE BANDEIRANTES, FRANKLIN MARTINS CONCEDEU A SEGUINTE ENTREVISTA À CARTA MAIOR:
Leia a entrevista completa no site de Emiliano José